A CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), negociada com o ticker (CBAV3), apresentou na noite de segunda-feira (08) seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2021. Impulsionada pela forte alta do preço do alumínio, a receita da companhia atingiu R$ 2,3 bilhões, um recorde trimestral. Porém, a alta dos custos no período comprimiu suas margens.
O volume de vendas de alumínio manteve-se praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado, mas com uma maior representatividade do alumínio transformado (+10%), que possui maior valor agregado, e menor do alumínio primário (-4%).
Já a receita líquida teve um aumento de 55% em relação ao 3T20 e de 20% em relação ao 2T21, beneficiada pela alta no preço do alumínio na Bolsa de Metal de Londres (LME), que teve um preço médio de US$ 2.648 neste trimestre.
O custo dos produtos vendidos sofreu um forte aumento (+53% a/a), impactado pela inflação de custos na indústria global, decorrente da crise energética, stress das cadeias produtivas e aumento dos custos logísticos. O custo de energia também teve um forte aumento (+74%), por conta da necessidade de efetuar compras no mercado, agravadas pela crise hídrica. Com isso, a margem bruta do trimestre foi de 13,5% vs 20,2% no 2T21.
Já o Ebitda ajustado da companhia teve uma redução de 13,5% vs 2T21 (margem Ebitda de 13,7% vs 19%), por conta principalmente do aumento no custo de produção e do maior volume de trading de lingote e alumina, que possuem menor margem. Também houve um impacto negativo de R$ 228 milhões decorrentes do hedge estratégico adotado pela companhia.
E Eu Com Isso
Apesar do forte aumento da receita no trimestre, a compressão das margens decorrente do aumento do custo falou mais alto.
Dessa forma, esperamos um impacto levemente negativo nas ações da companhia (CBAV3) no curto prazo.
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