Na terça-feira (21), a Gol anunciou que assinou um protocolo de intenção não-vinculante com a Avolon, empresa de leasing de aeronaves, em conjunto com o Grupo Comporte, para aquisição de 250 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL).
Segundo o comunicado, o acordo assume que as aeronaves sejam certificadas até 2024 e que as entregas aconteçam com sucesso até a data estabelecida.
Realizada as entregas, estima-se que se iniciem as operações com uma malha aérea brasileira usando os veículos VA-X4. A companhia projeta que, após a certificação e o sucesso nos testes, a operação tenha início em meados de 2025.
O Grupo Comporte irá disponibilizar os recursos requeridos para investimento no projeto e utilizará a expertise da Gol em aviação para desenvolver a malha aérea das aeronaves elétricas.
Ademais, os modelos foram criados por uma empresa britânica chamada Vertical Aerospace, e são considerados como parte dos taxis aéreos mais avançados tecnologicamente em desenvolvimento.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a Gol. O acordo com a Avolon e o Grupo Comporte faz parte da estratégia comercial da companhia de expandir gradativamente seus negócios no mercado de transporte aéreo regional, abrindo novas rotas para mercados domésticos pouco atendidos.
Nesse sentido, esperamos uma reação positiva no preço das ações da companhia (GOLL4) para o curto prazo.
Esse movimento também está em linha com a aquisição realizada pela Gol da MAP Transportes Aéreos, a quinta maior empresa aérea doméstica do Brasil, possuindo uma frota de ATRs com 70 assentos (aeronave comercial bimotora e de propulsão por hélice).
A empresa opera na região amazônica, a partir do aeroporto de Manaus, e nas regiões Sul e Sudeste, a partir do Aeroporto de Congonhas.
Por fim, como perspectivas para o setor, vemos as empresas aéreas brasileiras cada vez mais encomendando modelos eVTOLs para sua operação.
A título de exemplo, podemos citar a Azul, que recentemente anunciou um investimento de US$ 1 bilhão na compra de 220 veículos da fabricante alemã Lilium, e a Embraer, uma das líderes no segmento de eVTOLs através da Eve, sua subsidiária.
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