Segundo informações de mercado, a Apple (AAPL) está passando por dificuldades operacionais em uma das suas fábricas contratadas para produzir Iphones na Índia – o segundo maior mercado de smartphones do mundo. O motivo é o aumento no número de funcionários que testaram positivo para o vírus da Covid-19.
A fábrica pertence à Foxconn, uma companhia listada na bolsa de Taiwan, localizada no estado de Tamil Nadu, um dos epicentros da doença no país no momento. Informações preliminares indicam que aproximadamente 50 por cento da produção está parada.
A Índia se beneficiou da transferência de algumas unidades de produção e contratos originalmente da China para outros locais por conta da guerra comercial entre os países.
E Eu Com Isso?
A notícia é mais um ponto negativo para a maior empresa de tecnologia no mundo, que nesta segunda-feira (10), já teve um dia de perdas no preço das suas ações, em consonância com o movimento de sell-off nas empresas de tecnologia. Esperamos impacto negativo no preço das ações AAPL no curto prazo, embora reconheçamos que o efeito prático na queda da produção dos iPhones em apenas uma fábrica tenha efeito negativo limitado.
A companhia vinha em uma trajetória de arrefecimento nas taxas de crescimento nos últimos anos. Contudo, a pandemia deu um novo fôlego ao negócio e, nos últimos dois trimestres, o crescimento do top-line foi de 21 por cento e 53 por cento, respectivamente.
Agora, a Apple – assim como toda a indústria desenvolvedora de dispositivos e até da indústria automotiva – passa por um problema de alimentação na cadeia de suprimentos devido a elevada demanda por semicondutores (chips). Este problema, então, pode limitar o crescimento esperado no ano, bem como afetar marginalmente as margens.
O Iphone representa aproximadamente 66 por cento das receitas da companhia, além de alimentar parte das vendas das demais linhas de negócios (serviços e acessórios, principalmente).
No último trimestre, a região da Grande-China apresentou receitas de 17,7 bilhões de dólares, crescimento de 87 por cento. No resto da Ásia, o crescimento foi ainda maior, de 94 por cento ano contra ano.
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