banco central – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Fri, 18 Mar 2022 11:53:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png banco central – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 Prossegue o jogo de apostas na antecipação de cenários https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/prossegue-o-jogo-de-apostas-na-antecipacao-de-cenarios https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/prossegue-o-jogo-de-apostas-na-antecipacao-de-cenarios#respond Fri, 18 Mar 2022 11:53:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36847  O Banco Central, ao definir a nova elevação da Selic em um ponto, para 11,75% ao ano, já indicando novo aumento, da mesma magnitude em maio, com a taxa básica chegando a 12,75%, destacou o objetivo não só de provocar a desinflação mas também de ancorar as expectativas. E essa questão, da ancoragem das expectativas,… Read More »Prossegue o jogo de apostas na antecipação de cenários

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 O Banco Central, ao definir a nova elevação da Selic em um ponto, para 11,75% ao ano, já indicando novo aumento, da mesma magnitude em maio, com a taxa básica chegando a 12,75%, destacou o objetivo não só de provocar a desinflação mas também de ancorar as expectativas. E essa questão, da ancoragem das expectativas, tem sido um grande problema, pelas incertezas do cenário interno e do externo, mas também pelo próprio posicionamento do BC. Ao contratar o aumento de um ponto dá a impressão de trabalhar com projeções seguras, que permitem definir os passos da política monetária antecipadamente, já sabendo o que vai acontecer até a próxima reunião. Mas não se trata disso. Tanto que o Copom trabalha com cenários diferentes tendo como referência o preço do barril do petróleo na faixa dos US$ 100. E essa é só uma variável na composição da inflação, que já vem com uma difusão forte de aumentos e ainda deve sofrer influência dos preços de outras commodities, até alimentos, fora o desequilíbrio na cadeia de insumos e peças, pela guerra e por novos focos de contágio do coronavírus, especialmente na China. É uma situação que dá margem para especulações e pressões na curva de juros em vários sentidos, que vão depender muito mais das percepções de cenário do que das indicações do Copom. Sendo que o Banco Central muitas vezes tem sancionado as expectativas do mercado e não influenciado essas expectativas.

Mas e em relação ao FED, que elevou os juros em 0,25 e indicou sete aumentos nesse ritmo? Há diferenças importantes. O Banco Central dos Estados Unidos tenta balizar as expectativas, só que já antecipou possível mudança na magnitude dos ajustes dependendo da evolução do cenário. E o FED, diferente também do nosso BC, cuida do controle da inflação, do ritmo de atividade e do desempenho do mercado de trabalho. Aqui a política de juros tem como foco o cumprimento da meta inflacionária. Além disso, o salto dos juros no Brasil já foi muito forte, partindo dos inéditos 2%, sem que tenha tido maior influência na inflação, que caminha para o segundo ano de estouro da meta. Enfim, temos um ciclo de elevação da Selic com impacto contracionista, para tentar derrubar uma inflação que vem, principalmente, da oferta, não da demanda.

É certo que não é fácil para o BC lutar sozinho nesse combate. O governo, preocupado com o estímulo à atividade, continua liberando recursos e cortando tributos, o que vai na contramão da contenção do consumo e do espaço para remarcações de preços, que se tenta garantir com juros mais altos. E essas medidas ampliam o risco fiscal, que também dificulta o controle da inflação. Aí ainda vêm todas as variáveis externas colocando mais lenha na fogueira.

Enfim, continua o jogo de apostas em relação à inflação, juros e crescimento e a tentativa de antecipação de cenários, o que pode produzir mais volatilidade do mercado, independentemente das pressões do noticiário do dia a dia. Juros mais altos são uma certeza, reforçando o ganho das aplicações de renda fixa, mas com a dúvida de até onde podem chegar e qual vai ser a margem real. Dólar e bolsa também dependem do fluxo externo, que pode ser atraído pelos juros elevados e pelos ganhos com commodities, por exemplo, no caso das ações. Porém, se nota uma certa perda de ritmo que pode ter influência das mudanças do cenário externo, o que inclui preços e juros. E vamos lembrar das eleições que também podem deixar os investidores mais ariscos. É nesse contexto que se deve buscar as melhores oportunidades de ganho.

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Apenas o diesel https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/apenas-o-diesel https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/apenas-o-diesel#respond Thu, 10 Feb 2022 14:13:20 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36349 O governo parece ter batido o martelo sobre qual proposta levar adiante, no que se refere às alternativas propostas para reduzir o preço dos combustíveis neste ano. Após críticas da equipe econômica e até mesmo do Banco Central – com destaque aos possíveis efeitos reversos, nas variáveis macroeconômicas, decorrentes de uma renúncia fiscal mais radical… Read More »Apenas o diesel

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O governo parece ter batido o martelo sobre qual proposta levar adiante, no que se refere às alternativas propostas para reduzir o preço dos combustíveis neste ano. Após críticas da equipe econômica e até mesmo do Banco Central – com destaque aos possíveis efeitos reversos, nas variáveis macroeconômicas, decorrentes de uma renúncia fiscal mais radical –, o Planalto articulou um posicionamento oficial com outros líderes e decidiu focar na desoneração do óleo diesel.

Nesta quarta-feira (9), observamos declarações dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rechaçando o caminho das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) para tratar do tema no Congresso, sob justificativa de uma “discussão racional” sobre o tema e a necessidade de urgência para sua aprovação. No caso, Lira acenou para o Projeto de Lei Complementar (PLP 11/2020), que já foi aprovado na Câmara e agora encontra-se no Senado.

Da mesma forma, após divulgação das pautas prioritárias do governo para 2022, líderes do governo de ambas as Casas indicaram que o caminho a ser seguido envolve apenas o corte de impostos sobre o diesel, de modo a agradar parte importante de sua base eleitoral (caminhoneiros e afins) sem sacrificar o arranjo das contas públicas do ano. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que estuda incluir a redução de impostos do diesel neste projeto de lei, que deve voltar à discussão no Senado já na próxima semana. Esta era a ideia inicial da equipe econômica.

Os próximos passos, agora, vêm da área técnica: há dúvidas sobre a viabilidade jurídica de um possível remendo no PLP 11, inclusive do ponto de vista eleitoral – a lei das eleições proíbe a concessão de novos benefícios, por parte do Executivo, no ano do pleito. Também vai sendo costurado um acordo entre Câmara e Senado, a fim de preservar o texto durante a tramitação, que geralmente embute riscos de maiores modificações de escopo, impacto, etc. No Senado, o projeto está sob a relatoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que tem se reunido paulatinamente com Pacheco para firmar um cronograma de trabalhos e votação nas próximas semanas.

E Eu Com Isso?

As reviravoltas do mundo político são, por muitas vezes, cálculos de risco e retorno políticos muito bem-feitos por todas as partes. Foi o caso da questão dos combustíveis, que parece se encaminhar após muitas divergências e uma série de proposições distintas circulando nos corredores de Brasília. Após perceberem que as forças políticas estavam muito dispersas entre os diferentes projetos, deputados, senadores e a ala política do governo recuaram para evitar que o ano legislativo chegasse virtualmente ao fim (em meados de abril) sem nenhuma resolução sobre os combustíveis. Em ano eleitoral, esse seria o pior cenário possível para todas as partes.

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Leia também: Cenário polarizado.

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Copom e mercado devem responder ao balanço de riscos | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/copom-e-mercado-devem-responder-ao-balanco-de-riscos https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/copom-e-mercado-devem-responder-ao-balanco-de-riscos#respond Fri, 04 Feb 2022 10:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36254 A decisão do Copom de elevar os juros básicos para 10,75% ao ano, deixando de sinalizar qual será o tamanho do ajuste na próxima reunião, teve uma boa repercussão. Na prática, o Comitê deixa de assumir o compromisso com uma elevação mais pesada da Selic, que possa ter impacto mais negativo sobre a atividade, induzindo… Read More »Copom e mercado devem responder ao balanço de riscos | Denise Campos de Toledo

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A decisão do Copom de elevar os juros básicos para 10,75% ao ano, deixando de sinalizar qual será o tamanho do ajuste na próxima reunião, teve uma boa repercussão. Na prática, o Comitê deixa de assumir o compromisso com uma elevação mais pesada da Selic, que possa ter impacto mais negativo sobre a atividade, induzindo uma retração da economia agora em 2022, quando se trabalha, de qualquer modo, com uma expansão perto de zero. O Copom deverá definir os próximos passos com base na evolução do cenário, observando o comportamento da inflação e fatores de pressão, como o dólar, petróleo, incertezas fiscais, as mudanças do cenário externo, inclusive com o início do ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos e a evolução da atividade, ainda comprometida pela Ômicron. 

A sinalização de ajustes menos pesados, no entanto, não quer dizer que o ajuste total não possa levar a Selic para a faixa dos 12%, como ainda prevê parte do mercado. Fato é que as projeções de inflação e os próprios índices persistem acima do desejável. No comunicado que saiu junto com a decisão sobre a Selic, a estimativa para o IPCA de 2022 subiu de 4,7% para 5,4%, acima do teto da meta, de 5%; e para 2023, que passa a ser o principal alvo da política monetária, a projeção permaneceu em 3,2%, encostada no centro da meta do próximo ano, que é 3,25%. Trabalhar com uma inflação ao redor do teto, indicando resposta menos intensa na gestão dos juros, não significa que o BC tenha jogado a toalha. A questão é que juros muito mais altos talvez não consigam derrubar a inflação numa economia que já vem perdendo o fôlego. A questão não tem sido a pressão da demanda e vale lembrar que o fato de, em pouco mais de um ano, a Selic ter avançado de 2% para quase 11% ao ano não alterou muito a trajetória de alta da inflação nem garantiu a convergência das projeções para a meta. 

Esse tem sido um dilema para os vários BCs, como vimos com o Europeu, que optou por manter as taxas nesta semana, o da Inglaterra que promoveu leve aumento, o da China que chegou a cortar as taxas e mesmo o Fed, que vem lidando com dados irregularidades de atividade e emprego, ainda influenciados pela nova onda da pandemia. O discurso é mais duro, mas, na prática, ainda se vê uma certa resistência na adoção de aperto mais forte. Por isso, o mercado prevê de quatro a oito aumentos dos juros ao longo deste ano, fora o aperto na liquidez.

Para o Brasil, a médio prazo, os ajustes externos não devem trazer maiores dificuldades em termos de fluxo, se considerarmos apenas a questão dos juros. O diferencial entre os juros domésticos e os praticados no exterior tende a manter a atratividade do país. A Bolsa, por outro lado, também mantém a atratividade com preços ainda baixos. O balanço de janeiro, com a forte recuperação do mercado acionário, queda do dólar e ingresso de R$ 32,5 bilhões confirma o quanto é importante essa atratividade. É ver se outros fatores não terão maior peso, afugentando o smart money, que é o que tem tido maior participação. No exterior temos, além das mudanças nas políticas de juros, os temores geopolíticos, resultados de balanço corporativos e os indicadores de atividade também provocando movimentos pontuais de aversão ao risco. Internamente, persistem as dúvidas quanto ao andamento da economia, o compromisso fiscal do governo, as eleições e as propostas dos principais candidatos à presidência. Condições que tendem a deixar os investidores mais ariscos.

A curva de juros aqui no Brasil, agora sem uma sinalização mais clara do BC quanto aos ajustes da Selic, deve refletir muito as expectativas do mercado e o balanço de riscos. Mas, para os investidores as condições de rentabilidade já melhoraram bastante, após um longo período de ganhos negativos. Já escolher entre as aplicações pré ou pós fixadas depende muito das avaliações quanto a esse balanço de riscos. Em princípio, há possibilidade de a taxa básica de juros ter algum corte ainda neste ano, se houver uma desaceleração mais relevante da inflação. O Focus projeta a Selic em 8% no próximo ano. Mesmo assim, ainda haveria uma margem real importante, considerando a previsão de inflação, para 2023, ao redor do centro da meta, dos 3,25%.

Leia a última coluna da Denise Campos de Toledo: Vários fatores desenham cenário desfavorável para a Bolsa | Denise Campos de Toledo.

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A estratégia cautelosa do Copom https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-estrategia-cautelosa-do-copom https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-estrategia-cautelosa-do-copom#respond Thu, 03 Feb 2022 15:11:48 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36248 A decisão de elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, anunciada na noite da quarta-feira (2) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) confirmou totalmente as expectativas dos investidores. E, no Comunicado em que anunciou e justificou a decisão, os membros do Copom mostraram uma postura cautelosa em relação à condução… Read More »A estratégia cautelosa do Copom

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A decisão de elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, anunciada na noite da quarta-feira (2) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) confirmou totalmente as expectativas dos investidores. E, no Comunicado em que anunciou e justificou a decisão, os membros do Copom mostraram uma postura cautelosa em relação à condução da política monetária ao longo de 2022.

Vamos analisar brevemente os principais pontos do Comunicado. Como de hábito, o Copom começa com uma avaliação da conjuntura em que nota uma piora do cenário internacional. “A maior persistência inflacionária aumenta o risco de um aperto monetário mais célere nos Estados Unidos, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para os países emergentes”, informa o texto, acrescentando que “a nova onda da Covid-19 adiciona incerteza quanto ao ritmo de atividade, [e] pode postergar a normalização das cadeias globais de produção.”

A economia brasileira também não traz boas notícias. Apesar de notar que o mercado de trabalho no quarto trimestre foi um pouco melhor do que o esperado, o Comunicado é claro ao afirmar que a inflação ao consumidor “seguiu surpreendendo negativamente” e que a inflação subjacente está elevada. O relatório Focus indica projeções de inflação de 5,4% para 2022 e de 3,5% para 2023, ambas acima da meta.

Para agravar o quadro, o Copom adota a hipótese de bandeira tarifária “vermelha patamar 1” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023. “Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 6,6% para 2022 e de 5,4% para 2023.”

Como não poderia deixar de ser, a política fiscal também foi lembrada. “Políticas fiscais que impliquem impulso adicional da demanda agregada ou piorem a trajetória fiscal futura podem impactar negativamente preços de ativos importantes e elevar os prêmios de risco do país”, informa o Comunicado. Os membros do Comitê frisaram que a incerteza “mantém elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação”. Tradução: ao não conseguirem manter fechadas as portas do cofre, Executivo e Legislativo tornam mais provável que a inflação supere as metas.

Para o Comitê, isso justifica uma alta dos juros para até 12% ao ano no primeiro semestre, e encerrando 2022 em 11,75%. Além disso, o Copom indicou que a Selic esperada para 2023 segue em 8%, um patamar que poderá manter elevados os juros reais em comparação com as principais economias internacionais. “Essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, informou o Comunicado. “É apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista.” Resumindo, economia mais fria.

No entanto, diferentemente do que ocorreu em várias reuniões durante o segundo semestre de 2021, o Copom evitou se comprometer para o futuro. Mesmo informando que “antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, o Comunicado afirma que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas”.

Ou seja, mesmo deixando claro que por enquanto não vai elevar novamente a Selic em 1,5 ponto percentual, o Copom alertou que essa decisão não é definitiva. Vai depender “da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.”

E Eu Com Isso?

A quinta-feira começa com um movimento de queda nos mercados internacionais. Resultados abaixo do esperado de empresas relevantes como Facebook e Paypal provocaram uma forte pressão vendedora nesses papéis, que acabou se espalhando para outras empresas dos setores financeiro, de pagamentos e de tecnologia.

As notícias são negativas para a Bolsa.

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Leia também: A Selic e a moça do bolo.

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A Selic e a moça do bolo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-selic-e-a-moca-do-bolo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-selic-e-a-moca-do-bolo#respond Wed, 02 Feb 2022 14:28:10 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36196 Quem transita por estações de trem, de metrô ou por terminais de ônibus conhece essas figuras. Aqui mesmo no Condado há várias. Senhoras jovens, ou nem tanto, com aventais e máscaras. Um tabuleiro, algumas garrafas térmicas com chá, leite e café e, principalmente, bolos. Petiscos diversos para injetar uma dose de açúcar refinado e de… Read More »A Selic e a moça do bolo

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Quem transita por estações de trem, de metrô ou por terminais de ônibus conhece essas figuras. Aqui mesmo no Condado há várias. Senhoras jovens, ou nem tanto, com aventais e máscaras. Um tabuleiro, algumas garrafas térmicas com chá, leite e café e, principalmente, bolos. Petiscos diversos para injetar uma dose de açúcar refinado e de gorduras saturadas no organismo do povo que vai para o trabalho. Perfeitamente integrada à paisagem urbana, a “moça do bolo” é uma empreendedora da base da pirâmide. E a economia tem um problema quando ela começa a prestar atenção aos índices de inflação.

Economistas pensam, corretamente, na inflação como um fenômeno econômico e monetário. Porém, o descontrole de preços vai além disso. Também é um fenômeno social. Por isso, antes que você se pergunte qual a relação entre as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) e a moça do bolo diante do terminal de ônibus, eu explico. Como ela define seus preços?

Seu modelo de negócios é simples: voltar para casa com o menor estoque possível, dado que o prazo de validade dos produtos é curto. Por isso, o processo de formação de preço é dinâmico. O valor cobrado varia em função do horário, da quantidade de pessoas e da temperatura. Vende-se mais em dias frios, menos em dias de chuva. Porém, quando a moça do bolo – e os demais empreendedores, da base, do meio ou do topo da pirâmide – começam a pensar também se não é hora de reajustar os preços pois a inflação está elevada, a economia como um todo tem um problema.

O trabalho do empresário é complexo: organizar o capital e os demais fatores de produção de modo a maximizar o lucro. Essa tarefa fica menos complicada quando há regras estáveis, principalmente para os preços. Quando isso não ocorre, a incerteza generalizada emperra a economia. No caso da inflação, a falta de segurança com relação ao comportamento dos preços dos insumos costuma levar a reajustes preventivos e o processo inflacionário se retroalimenta. As brasileiras e brasileiros viveram isso nos anos 1980 e 1990. Naquela época, o descontrole das contas públicas e a estrutura oligopolizada da economia favoreciam uma certa inelasticidade da inflação. Porém, a deterioração constante das expectativas levou a um processo de reajuste automático e preventivo de preços, que foi denominado “inflação inercial”.

Guardadas as enormes e devidas proporções, é óbvio que os 10,04% do IPCA nos 12 meses de 2021 estão a anos-luz de distância do descontrole dos anos 1990, mas manter como pano de fundo a triste experiência brasileira com a escalada de preços é importante para entender e não repetir o fenômeno monetário. O temor de que a inflação siga elevada provoca reajustes preventivos nos preços, que retroalimentam o processo. Por isso a necessidade de o Copom manter uma política monetária firme.

Haverá uma grande surpresa se a decisão anunciada no fim da tarde desta quarta-feira (02) for diferente de uma elevação de 1,5 ponto percentual, alterando a taxa Selic dos atuais 9,25% ao ano para 10,75%. A importância de mandar os juros referenciais de volta para a casa dos dois dígitos, algo que não ocorria desde junho de 2017, vai além do mero cálculo do impacto sobre o nível de atividade econômica. Também opera no mais fluido e menos previsível campo das expectativas. Se não mostrar firmeza agora em sua tarefa de fazer o IPCA convergir para a meta de 3,5%, o Banco Central terá muita, mas muita dificuldade para impedir que a moça do bolo queira saber como está a inflação todos os dias bem cedo, na hora de montar seu tabuleiro.

Indicadores

A produção industrial cresceu 2,9% em dezembro na comparação com o mês anterior. No ano, houve ganho acumulado de 3,9%. Em novembro, a produção industrial brasileira havia registrado variação nula (0,0%), o que interrompeu cinco meses consecutivos de queda. Com o resultado de dezembro, o setor se encontra 0,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, no cenário pré-pandemia, e 17,7% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.  Os dados são da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

E Eu Com Isso?

A quarta-feira começa com um movimento de alta tanto dos contratos futuros do Ibovespa quanto dos contratos do índice americano S&P 500. As expectativas positivas com relação aos resultados de 2021 das empresas americanas vêm sustentando uma alta dos preços no exterior, ao passo que o movimento de compra das ações brasileiras vem prosseguindo.

As notícias são positivas para a Bolsa.

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Leia também: Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos.

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O Copom e o jogo de truco https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-jogo-de-truco https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-jogo-de-truco#respond Mon, 31 Jan 2022 14:19:32 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36126 O truco chegou ao Brasil na bagagem de imigrantes portugueses, espanhóis e italianos. É um jogo simples em que duas duplas competem. Cada jogador recebe três cartas, que são lançadas na mesa em sequência. Para ganhar a partida é preciso ter a carta mais valiosa em duas das três rodadas. Cada partida vale um ponto.… Read More »O Copom e o jogo de truco

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O truco chegou ao Brasil na bagagem de imigrantes portugueses, espanhóis e italianos. É um jogo simples em que duas duplas competem. Cada jogador recebe três cartas, que são lançadas na mesa em sequência. Para ganhar a partida é preciso ter a carta mais valiosa em duas das três rodadas. Cada partida vale um ponto. A dupla que primeiro chegar a 12 pontos é a vencedora. Quando um jogador acha que a vitória é certa, ele “truca”, ou seja, aposta três pontos em vez de um.

É fácil entender por que o truco é tão popular. Apesar da simplicidade das regras, ele exige uma boa leitura da situação. Duplas que jogam com frequência desenvolvem sinais para adotar uma estratégia conjunta. E, assim como no pôquer, é preciso saber blefar e evitar os riscos para poder vencer as rodadas em que as cartas não são assim tão favoráveis.

Boa parte do trabalho do BC (Banco Central) na definição da política monetária pode ser comparado ao de um jogador de truco. Nem sempre as cartas colocadas nas mãos dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária ) são as mais favoráveis. Por exemplo, inflação elevada, preços internacionais do petróleo em alta, dólar pressionado e falta de confiança dos investidores internacionais são trunfos colocados nas mãos do adversário.

O que fazer nessas ocasiões para não ser obrigado a elevar fortemente os juros, tornando adverso o cenário para os empreendedores e investidores? Cabe ao Copom saber gerenciar as expectativas. Evitar cuidadosamente os eventuais blefes dessa entidade chamada mercado, que pode tentar forçar altas da taxa de juros que vão além do necessário para o cumprimento das metas de inflação.

Nesta semana, o Copom terá sua primeira reunião de 2022. É dado como certo que, na tarde da quarta-feira (02) ele anuncie uma alta de 1,5 ponto percentual nos juros, mandando a taxa Selic dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. Isso fará a Selic retornar aos dois dígitos, algo que não ocorre desde maio de 2017.

De acordo com as expectativas da edição mais recente do Relatório Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (31), ainda deverá haver mais uma elevação de um ponto percentual. Assim, a Selic poderá encerrar 2022 a 11,75% ao ano. Mesmo assim, o Relatório Focus segue elevando as projeções de inflação para este ano. A estimativa mais recente é de um IPCA de 5,38%, acima dos 5,15% da semana passada e dos 5,03% de há três semanas. E todas essas estimativas estão acima do teto da meta, de 5% (3,5% mais 1,5 ponto percentual para mais ou para menos).

A pressão da inflação em alta vem obrigando o BC a endurecer a política monetária, apesar do crescimento da economia estar fraco. O BC está cumprindo o seu papel de preservar o valor da moeda, mesmo às custas do crescimento econômico. No entanto, para não ter de elevar demasiadamente a Selic, é preciso saber gerenciar as expectativas. E até mesmo blefar um pouquinho quando for preciso.

Então, vai aqui uma sugestão. Em tempos de independência do Banco Central, o candidato a presidente deveria ter de disputar algumas partidas de truco com os melhores jogadores do Congresso. Só assim os parlamentares teriam certeza de que estariam colocando o comando da política monetária nas mãos de um profissional que, além da competência técnica, tem a capacidade de lidar com as expectativas e com a pressão dos agentes de mercado, que frequentemente pressionam por taxas maiores.

E Eu Com Isso?

O primeiro pregão da semana e o último de janeiro se inicia com movimentos de baixa tanto dos contratos futuros do Ibovespa quanto do índice americano S&P 500, que poderá ter seu pior mês desde março de 2020, data do primeiro impacto da pandemia. O mercado internacional segue em seu processo de ajuste às perspectivas de taxas de juros mais elevadas e liquidez mais apertada nos Estados Unidos.

As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos.

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Paralisação de servidores https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/paralisacao-de-servidores https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/paralisacao-de-servidores#respond Tue, 18 Jan 2022 14:25:19 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35757 A três dias do prazo final para Bolsonaro sancionar a Lei Orçamentária Anual, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso, servidores federais de mais de 40 categorias irão às ruas nesta terça-feira (18), paralisando alguns órgãos federais, em protesto ao governo. Com previsão inicial de R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais no funcionalismo público,… Read More »Paralisação de servidores

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A três dias do prazo final para Bolsonaro sancionar a Lei Orçamentária Anual, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso, servidores federais de mais de 40 categorias irão às ruas nesta terça-feira (18), paralisando alguns órgãos federais, em protesto ao governo.

Com previsão inicial de R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais no funcionalismo público, o orçamento deste ano não tem como contemplar aumentos para todas as classes.

No entanto, o Executivo fez questão de reservar tal verba com o intuito de contemplar parte de seu eleitorado – especificamente, policiais federais, agentes penitenciários e policiais rodoviários federais.

Nesse contexto, o Planalto acabou contratando uma armadilha ao observar, logo em seguida, pressão de várias outras categorias – servidores da Receita Federal, Banco Central, entre outros – por reajustes ainda em 2022. Agora, Bolsonaro tem sido pressionado a recuar e não conceder aumento salarial a nenhuma categoria.

Os atos devem ocorrer em Brasília, às 10h, na frente do Banco Central, e às 14h, diante do ministério da Economia. O Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), que organiza as manifestações, espera cerca de mil servidores presentes nos protestos e já ameaça convocar uma greve geral para o mês de fevereiro, caso as demandas por reajuste não sejam atendidas, ou atendidas apenas parcialmente.

Funcionários das autarquias, do Tesouro Nacional, professores, auditores fiscais agropecuários e entidades ligadas ao Legislativo e ao Judiciário também devem paralisar suas atividades como forma de protesto: enquanto alguns grupos pressionam por reajustes, outros cobram a regulamentação de bônus de produtividade e eficiência.

E Eu Com Isso?

A partir dos atos desta terça-feira (18), será possível compreender a magnitude das pressões do funcionalismo público federal e esperar uma resposta mais contundente do governo nas próximas duas semanas – a fim de evitar, principalmente, uma greve geral no início de um ano eleitoral.

Do ponto de vista econômico, as paralisações dos auditores da Receita Federal têm atrasado o fluxo de exportações e importações nas fronteiras brasileiras, tanto marítimas quanto rodoviárias. Há filas de caminhões nas divisas com o Paraguai e a Argentina, devido à “operação tartaruga” para a liberação das cargas.

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Leia também: As regras do jogo.

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China afrouxa política monetária https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/china-afrouxa-politica-monetaria https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/china-afrouxa-politica-monetaria#respond Mon, 27 Dec 2021 13:31:27 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35035 Desde o fim de 2019, a China tem sido onde tudo acontece antes quando o assunto é medidas econômicas para compensar os efeitos da pandemia. E a semana passada não foi exceção. No sábado (25), enquanto a maioria do mundo ocidental comemorava o Natal, o BPC (Banco do Povo da China), o banco central chinês,… Read More »China afrouxa política monetária

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Desde o fim de 2019, a China tem sido onde tudo acontece antes quando o assunto é medidas econômicas para compensar os efeitos da pandemia. E a semana passada não foi exceção. No sábado (25), enquanto a maioria do mundo ocidental comemorava o Natal, o BPC (Banco do Povo da China), o banco central chinês, divulgou novas medidas.

O BPC informou que dará mais poio à economia real e também informou que tornará a política monetária mais definida e previsível. Segundo um comunicado do BPC, haverá um uso mais “proativo” de ferramentas de política monetária. Além dos instrumentos clássicos de política monetária haverá um emprego intensivo de unções quantitativas e estruturais para ajustar a liquidez e implantar políticas setoriais.

O banco central também reiterou seus objetivos de promover o crescimento “saudável” do setor imobiliário e de proteger os direitos dos compradores de casas, bem como trabalhar para atender melhor à demanda por imóveis.

O BPC até agora adotou uma abordagem moderada ao estímulo monetário, mas aumentam as expectativas de que fará mais em 2022, especialmente se os problemas do mercado imobiliário e a desaceleração do consumo privado continuarem.

Muitos bancos centrais, incluindo o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, vêm apertando a liquidez e elevando juros. Se o BPC seguisse afrouxando a liquidez, o desbalanceamento poderia provocar uma pressão de baixa sobre o renminbi.

Os formuladores de políticas reiteraram que manterão a liquidez razoavelmente ampla e tornarão o crescimento do crédito mais estável. O PBOC também manterá estável o índice dívida / produto interno bruto de modo a estabilizar a economia. Para o governo, a economia chinesa está enfrentando três choques: queda da oferta, queda da demanda e piora das expectativas.

Para suavizar esses problemas, no início de dezembro, o BPC reduziu os depósitos compulsórios de modo a injetar 1,2 trilhão de renminbis (US$ 188 bilhões) na economia, e permitiu que os bancos reduzissem a taxa básica de juros em cinco pontos base. Naquele momento, o banco central chinês também reduziu os juros para o programa de empréstimos para as pequenas empresas.

Agora o BPC foi além e informou que vai criar programas de empréstimo para pequenas empresa e para financiar a redução de emissões. Os bancos serão incentivados a conceder mais empréstimos para as indústrias, empresas de pequeno porte e projetos ecologicamente sustentáveis.

A avaliação é que o BPC deverá prosseguir no afrouxamento da política monetária em 2022, incluindo novos cortes nos depósitos compulsórios e, possivelmente, uma redução nas taxas de juros, já que a desaceleração do setor imobiliário deve desacelerar o crescimento no ano que vem. As medidas podem incluir uma política fiscal ativa, para impulsionar o crescimento e os investimentos em infraestrutura.

Relatório Focus

Na última edição de 2021, o Relatório Focus do BC (Banco Central) mostra poucas alterações nas perspectivas para 2022. A única diferença foi que o crescimento esperado da economia voltou a cair. A variação prevista do PIB (Produto Interno Bruto) para o ano que se inicia em breve recuou para 0,42%, ante 0,50% na edição anterior e 0,58% há quatro semanas. A projeção de crescimento para 2023 também recuou, caindo para 1,80% ante 1,85% na semana passada.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros do Ibovespa e do índice americano S&P 500 iniciam o primeiro pregão da última semana do ano com uma leve alta.

As notícias são positivas para a Bolsa.

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Leia também: A Ômicron e a China.

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Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos https://levanteideias.com.br/artigos/copom-eleva-selic-a-925-ao-ano-maior-patamar-em-quatro-anos https://levanteideias.com.br/artigos/copom-eleva-selic-a-925-ao-ano-maior-patamar-em-quatro-anos#respond Wed, 08 Dec 2021 21:31:47 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=34618 Em meio ao cenário desafiador de alta persistente da inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central segue com sua política de aumento da taxa de juros e, nesta quarta-feira (8), elevou a Selic ao patamar de 9,25% ao ano, o maior desde julho 2017, quando estava em 10,25% ao ano. A decisão… Read More »Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos

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Em meio ao cenário desafiador de alta persistente da inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central segue com sua política de aumento da taxa de juros e, nesta quarta-feira (8), elevou a Selic ao patamar de 9,25% ao ano, o maior desde julho 2017, quando estava em 10,25% ao ano. A decisão unânime de alta de 1,5 ponto percentual vai ao encontro da expectativa do mercado e da possibilidade levantada pelo próprio colegiado na Ata da última reunião, no dia 27 de outubro.

Trata-se da sétima alta seguida da taxa Selic. Os aumentos consecutivos são consequência da inflação pressionada, que está fora da meta no ano. A prévia da inflação oficial de novembro, por exemplo, avançou 1,17%, a maior taxa para o período desde 2012.

De acordo com o Boletim Focus mais recente, a previsão dos analistas do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial, subiu de 10,15% para 10,18% neste ano.

De volta à taxa Selic, a projeção do Boletim Focus para o fim de 2022 é que a taxa básica chegue a 11,25% ao ano.

No comunicado divulgado pelo Banco Central após o anúncio do reajuste na taxa, o comitê diz que para a próxima reunião antevê outro ajuste da mesma magnitude. 

Confira mais sobre a nota do BC no link.

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O BC errou a mão? https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-bc-errou-a-mao https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-bc-errou-a-mao#respond Wed, 08 Dec 2021 14:32:41 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=34607 Um dos exercícios econômicos mais interessantes é observar as projeções ao longo do tempo. Isso permite comparar o que se esperava com o que de fato ocorreu e descobrir o que mudou. Tomemos, por exemplo, o último relatório Focus de 2020, com dados de 31 de dezembro. As projeções para 2021 são de que a… Read More »O BC errou a mão?

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Um dos exercícios econômicos mais interessantes é observar as projeções ao longo do tempo. Isso permite comparar o que se esperava com o que de fato ocorreu e descobrir o que mudou. Tomemos, por exemplo, o último relatório Focus de 2020, com dados de 31 de dezembro.

As projeções para 2021 são de que a taxa Selic seria de 3,00% ao ano em dezembro, e de que a inflação medida pelo IPCA encerraria o ano com 3,32% em 12 meses. Os prognósticos para 2022 eram de um IPCA de 3,50% e de uma taxa Selic encerrando o ano que vem a 4,50%.

Avanço rápido para a segunda-feira (06), quando foi publicada a edição mais recente do Relatório Focus, com dados de 3 de dezembro. A Selic prevista para 2021 está, como seria de se esperar, em 9,25%.

A expectativa de inflação para o ano é de 10,18%. E a Selic esperada para dezembro de 2022 está em 11,25%. A taxa esperada para o fim do ano que vem veio subindo todos os meses, sistematicamente, desde o início deste ano.

Olhar as previsões antigas é um excelente exercício de humildade. Tentar antecipar os fatos é uma tarefa ingrata, pois essa entidade chamada realidade é por demais aleatória.

No entanto, observando-se a série de relatórios Focus divulgados pelo BC (Banco Central), é possível notar que o mercado foi corrigindo seus prognósticos sistematicamente ao longo do ano.

Foram raras as semanas em que as expectativas de inflação e de juros para este ano e para 2022 não se alteraram. E em nenhum momento houve retrocesso: ambos os prognósticos caminharam invariavelmente para cima ao longo do tempo. Em retrospecto, isso é óbvio. Os preços do petróleo e das commodities agrícolas e minerais avançaram, o real se depreciou sistematicamente em relação ao dólar e a poderosa expansão monetária internacional só poderia dar energia à inflação.

Tudo explicado pelos livros-texto de economia mais básicos. Então, a questão de um trilhão de reais é: o BC errou ao reduzir a taxa básica ao chamado lower-bound e a lançar mão do forward-guidance, com apoio de relevantes agentes econômicos, inclusive? Ou o BC está errando agora ao se manter atrás da curva e não entregar o precificado desde a última reunião?

Há uma premissa importante e forte na economia que atribui aos bancos centrais uma característica expectacional. Por terem acesso às informações das instituições financeiras, aos dados da atividade econômica e por desenvolverem modelos em média mais sofisticados de análise, os bancos centrais são considerados diligentes e com certa assimetria favorável de informação. Teoricamente sabem tudo e, portanto, podem tomar as melhores decisões. Quase uma onisciência.

Contudo, ao contrário do que acontece com a característica divina, a onisciência dos banqueiros centrais pode ser relativa em determinados horizontes. Ela só vale se a economia está arrumada e com as expectativas devidamente ancoradas. Ou seja, se há um razoável equilíbrio das contas públicas e uma razoável previsibilidade.

Sem esse ambiente, o banqueiro central não é capaz de fazer milagres. Ao contrário, tem de ser um gestor firme da política monetária e um comunicador excelente, para preservar o valor da moeda e ancorar as expectativas.

Comparando o trabalho do Copom (Comitê de Política Monetária) com o de seu equivalente americano, o Fomc (Federal Open Market Committee), sabe-se que a tarefa no Brasil é muito mais difícil.

Por aqui há não apenas uma memória inflacionária como também toda uma estrutura de indexação. Se você não acredita, pergunte a qualquer brasileira ou brasileiro que teve de renegociar recentemente um contrato de locação de imóveis corrigido pelo IGP-M.

Ao tentar desfrutar de um luxo permitido apenas a banqueiros centrais de países ricos, que é a leniência com a inflação, o Copom não só abriu a jaula que prendia o dragão como também desancorou as expectativas do mercado.

Agora, será necessário que os juros permaneçam altos durante bastante tempo de maneira a fazer tanto os preços quanto as expectativas convergirem para o centro da meta.

A “sorte” do BC – e o azar de todos os brasileiros e brasileiras – é que a atividade econômica está fraca. Assim, uma vez metabolizadas as altas de commodities e petróleo e a apreciação do dólar, é bastante provável que a alta de preços desacelere. Mesmo assim, o remédio para isso será amargo e, pior, pode ter sido desnecessário.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros de Ibovespa estão iniciando a sessão em alta, estimulados pela valorização dos mercados internacionais, que seguem otimistas devido aos prognósticos menos graves da variante Ômicron do coronavírus.

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Leia também: A Ômicron e a China.

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