commodities – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Mon, 01 Dec 2025 13:07:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png commodities – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 As expectativas de dezembro e as projeções para 2026 https://levanteideias.com.br/artigos/as-expectativas-de-dezembro-e-as-projecoes-para-2026 https://levanteideias.com.br/artigos/as-expectativas-de-dezembro-e-as-projecoes-para-2026#respond Mon, 01 Dec 2025 13:07:42 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52627 O post <strong>As expectativas de dezembro e as projeções para 2026</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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Mercados com Rafael Bevilacqua

Faltando apenas 31 dias para 2026, os investidores estão dedicados a traçar cenários para o próximo ano. A segunda semana do mês terá as últimas reuniões do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) e de seu equivalente americano, o Federal Open Market Committee (Fomc).

Deve haver poucas surpresas em relação aos resultados. No caso do Copom, na sexta-feira (28) havia 95 por cento de probabilidade de manutenção da taxa Selic nos atuais 15 por cento ao ano. No caso do Fomc, a ferramenta FedWatch mostrava uma expectativa de 84 por cento de corte dos Fed Funds em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,50 e 3,75 por cento ao ano.

Para traçar essas projeções com mais precisão, os participantes do mercado contam com os indicadores econômicos que devem ser divulgados nos próximos dias, em especial os índices de inflação e de emprego. Os dados de inflação tiveram sua divulgação afetada pela paralisação das atividades do governo americano (“shutdown”) por 43 dias, o que torna mais difícil fazer previsões.

Por isso, os membros do Fomc não poderão contar com índices de inflação como o Consumer Price Index (CPI) e o Personal Consumption Expenditure (PCE), conhecido como a “inflação do FED” (referindo-se ao banco central americano) para tomar sua decisão. Os números de novembro só serão divulgados após a reunião. A publicação do CPI de novembro está agendada para 18 de dezembro, e a divulgação do PCE de novembro ainda não tem data prevista.

Alguns números relevantes deverão ser divulgados nesta semana. Entre eles estão o relatório de empregos do setor privado elaborado pela empresa ADP e diversos indicadores de atividade do ISM, mostrando a temperatura dos negócios na indústria e nos serviços. No entanto, os membros do Fomc estão tendo de pilotar a política monetária por instrumentos, sem ter acesso aos dados primários.

Um indicador de risco, a cotação do bitcoin, está em forte baixa no início da manhã. A criptomoeda mais negociada é cotada a 86,5 mil dólares, queda de 5,5 por cento em relação à sexta-feira. Os investidores estão reticentes com relação a uma falha crítica na plataforma DeFi Yearn Finance, que trouxe preocupações sobre liquidez e sobre a criação de tokens não autorizados.



Petrobras (PETR4) divulga plano plurianual 2026-2030


Na noite da quinta-feira (27), a Petrobras (PETR4) divulgou seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, prevendo aportes entre 91 bilhões e 109 bilhões de dólares no período. Considerando um câmbio de 5,35 reais por dólar, o montante total equivale a aproximadamente 535 bilhões de reais. Mesmo diante de um cenário de preços mais baixos do petróleo, o plano mantém o foco no crescimento da companhia, preservando a sustentabilidade financeira.

Para 2026, ano com maior grau de precisão nas projeções, a Petrobras estima investimentos de cerca de 16,9 bilhões de dólares, ou aproximadamente 95 bilhões de reais. Para os anos de 2029 e 2030, há previsão de redução nos investimentos, embora, em nossa avaliação, o impacto seja menor em comparação à análise detalhada do próximo ano.

Os recursos continuarão sendo majoritariamente direcionados ao segmento de Exploração e Produção, que deverá receber 76,3 por cento da alocação em 2026. Esse percentual tende a crescer nos próximos anos, à medida que a Petrobras avança seu plano de expansão nos segmentos de Refino, Transporte e Comercialização.

No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, a empresa pretende alocar 16,5 por cento dos recursos, com foco na ampliação da produção de diesel, cuja participação na produção total deve passar de 40 por cento para 45 por cento.

Já o segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono receberá 6,7 por cento do montante total, com investimentos prioritariamente voltados para etanol e biodiesel, acompanhando as tendências globais de transição energética.

A Petrobras também apresentou projeções de geração de caixa, que servirão para financiar tanto o plano de investimentos quanto a remuneração aos acionistas. Para 2026, a expectativa é gerar entre 190 bilhões e 200 bilhões de reais em Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais nos próximos 12 meses.

Considerando investimentos de aproximadamente 95 bilhões de reais no próximo ano e aplicando a fórmula de pagamento de dividendos, estimamos uma distribuição de proventos entre 40 bilhões e 45 bilhões de reais, equivalente a um dividend yield de 10 por cento a 11 por cento.

O endividamento da companhia permanece em nível confortável, com relação dívida líquida/EBITDA em 1,5x, patamar que a empresa pretende manter nos próximos anos.



Axia (AXIA3) propõe grande distribuição de proventos e busca Novo Mercado

A Axia Energia, antiga Eletrobras, informou ao mercado que a decisão de propor a distribuição de quase 40 bilhões de reais em reservas de lucros, em forma de proventos, marcou um dos movimentos corporativos mais relevantes do setor elétrico brasileiro nos últimos anos. A proposta, embora tenha sido imediatamente associada à ideia de um mega dividendo, é mais complexa e envolve uma engenharia societária que busca equilibrar governança, planejamento tributário, flexibilidade financeira e previsibilidade para os acionistas.

O plano consiste em transformar essas reservas acumuladas em uma nova classe de ações preferenciais, chamadas PNC, que seriam distribuídas gratuitamente aos acionistas na forma de bonificação.

Essas ações não representam um dividendo em dinheiro imediato, mas sim um crédito econômico que pode se materializar no futuro através de pagamento de proventos, recompras ou conversões em ações ordinárias.

A criação das PNCs responde a uma conjuntura regulatória e tributária que vem pressionando empresas brasileiras a encontrar modelos mais eficientes de distribuição de lucros. Com a perspectiva de taxação de dividendos em breve, muitas companhias buscam estratégias para antecipar o reconhecimento de reservas e, ao mesmo tempo, preservar a capacidade de escolher o melhor momento para realizar pagamentos em dinheiro.

A estrutura desenhada pela Axia dá à administração a possibilidade de decidir, exercício a exercício, se converterá PNCs em dividendos, se recomprará parte delas ou se as transformará em ações ordinárias até 2031. Esse longo prazo oferece grande margem de manobra, permitindo adaptação a diferentes cenários fiscais, regulamentares ou setoriais.

Além da questão tributária, o movimento está inserido em um esforço mais amplo de fortalecimento da governança corporativa. A empresa retomou estudos para migrar para o Novo Mercado da B3, segmento que exige o uso exclusivo de ações ordinárias e padrões elevados de transparência e direitos aos acionistas.

A classe PNC, mesmo sendo preferencial, foi desenhada com direito a voto, justamente para não violar os princípios de igualdade e não criar assimetrias que comprometeriam uma eventual migração. Esse desenho reforça o compromisso declarado da companhia com práticas de governança que atendam às expectativas de investidores institucionais e internacionais, muitos dos quais consideram imprescindível a presença no Novo Mercado para incluir o papel em seus portfólios.

Para os acionistas, a proposta abre um leque de potenciais benefícios, mas também exige compreensão dos riscos e da natureza mais gradual desse tipo de mecanismo. Em tese, reconhecer quase 40 bilhões de reais como reserva distribuível deveria representar uma sinalização positiva sobre a robustez financeira da empresa e sua disposição de retornar valor aos investidores.

 
E Eu Com Isso?
 
No entanto, a ausência de pagamento imediato significa que parte desse valor só será percebida ao longo dos próximos anos, dependendo de decisões futuras da administração e das condições de mercado. Ainda assim, o fato de que cada PNC carrega um direito econômico explícito tende a ancorar expectativas positivas sobre o valor das ações, sobretudo se o mercado acreditar na capacidade da empresa de gerar caixa e se beneficiar das mudanças de governança.

A proposta será levada à votação em assembleia de acionistas no fim de 2025, etapa crucial para sua implementação. Até lá, investidores acompanharão atentamente não apenas a evolução regulatória e tributária, mas também a performance operacional da Axia, seu plano estratégico e sua eventual mudança de segmento de governança.

Em um setor que exige investimentos pesados e possui forte influência estatal, a capacidade de construir previsibilidade e confiança pode ser tão valiosa quanto os próprios dividendos prometidos. Assim, a iniciativa da Axia representa não apenas uma movimentação financeira, mas um gesto simbólico: o de tentar redefinir sua relação com o mercado após anos de transformações estruturais.




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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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Ibovespa enfileira recordes à espera do Copom https://levanteideias.com.br/artigos/ibovespa-enfileira-recordes-a-espera-do-copom https://levanteideias.com.br/artigos/ibovespa-enfileira-recordes-a-espera-do-copom#respond Wed, 05 Nov 2025 12:48:36 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52416 O dia começa com os principais índices acionários em leve baixa na Ásia e na Europa. Os analistas consideram esse movimento recente como uma correção técnica, devido à percepção dos investidores de que os mercados de ações podem ter ficado excessivamente valorizados. O destaque do dia entre os indicadores internacionais será a divulgação do relatório… Read More »Ibovespa enfileira recordes à espera do Copom

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O dia começa com os principais índices acionários em leve baixa na Ásia e na Europa. Os analistas consideram esse movimento recente como uma correção técnica, devido à percepção dos investidores de que os mercados de ações podem ter ficado excessivamente valorizados.

O destaque do dia entre os indicadores internacionais será a divulgação do relatório ADP sobre o mercado de trabalho nos EUA. A pesquisa traz a leitura sobre o número de vagas de emprego criadas no setor privado em outubro. A mediana das projeções indica criação de 32 mil novos postos de trabalho, após uma queda líquida de 32 mil em setembro.

A agenda também conta com a divulgação dos indicadores antecedentes de atividade, os PMIS compostos para diversas econômicas. Nos EUA é destaque o PMI calculado pelo ISM, com particular atenção ao setor de serviços.

No Brasil, o destaque é o segundo dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A quase totalidade dos investidores, 98,03 por cento, espera a manutenção da taxa referencial Selic em 15 por cento ao ano. O interesse do mercado é sobre o Comunicado que segue a decisão.

O cenário mais provável é a manutenção de um tom duro por parte do Banco Central (BC), reafirmando que a desancoragem das expectativas de inflação requer uma taxa em patamar restritivo por um tempo prolongado.

No entanto, como o relatório Focus vem trazendo há seis semanas reduções na inflação esperada para 2025, as expectativas de inflação projetadas pelo modelo do BC podem trazer uma notícia positiva, indicando um horizonte de tempo mensurável para o início do afrouxamento da política monetária.

A curva de juros segue precificando que há probabilidade relevante de que o início do ciclo de corte de juros comece em janeiro, com um corte de 25 bps e cortes sequenciais de 50 bps, com um ajuste total na ordem de 200bps nos primeiros meses de 2026.

E Eu Com Isso?

Após uma abertura em queda na manhã da terça-feira (04), o Ibovespa fechou em alta de 0,17 por cento, aos 150.704 pontos, marcando um novo recorde. Foi o quinto dia consecutivo em que o Ibovespa quebra sua máxima histórica intradia e a sétima sessão em sequência que renova o maior patamar de fechamento. Também foi o décimo pregão seguido em alta, algo que não acontecia desde os 11 pregões entre 1º e 15 de julho de 2024. Apesar de os mercados da véspera terem aberto indicando uma correção, os investidores seguem otimistas.

As perspectivas são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade




Klabin (KLBN11) divulga resultados do 3T25 com queda do endividamento


A Klabin (KLBN11) divulgou na terça-feira (04) seus resultados financeiros referentes ao 3T25. Os números vieram em linha com as projeções do mercado, refletindo leve melhoria operacional e cenário global desafiador.

No trimestre, o volume total de vendas somou 1,067 milhão de toneladas, incluindo papel, celulose e embalagens — aumento de 14 por cento em relação ao mesmo período de 2024. A composição das vendas foi dividida da seguinte forma: celulose branqueada (37,6 por cento), papéis (35,1 por cento) e embalagens (27,3 por cento).

Os preços da celulose recuaram no mercado internacional ao longo do 3T25. Na China, o preço caiu 7 por cento para fibra longa e 9 por cento para fibra curta; na Europa, as baixas foram de 5 por cento e 12 por cento, respectivamente. O preço médio da Klabin em dólar caiu 8 por cento neste mesmo período, beneficiado pela maior resiliência do fluff, e pelo melhor mix geográfico.

A receita líquida atingiu 5,43 bilhões de reais no 3T25, alta de 9 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O custo dos produtos vendidos foi de 3,9 bilhões de reais, resultando em um lucro bruto de 2,06 bilhões de reais — avanço de 6 por cento na comparação anual.

As despesas operacionais totalizaram 700,6 milhões de reais, redução de 3 por cento em relação ao 3T24, por conta de variação positiva na linha de outras receitas e despesas.

O EBITDA ajustado somou 2,12 bilhões de reais, apresentando aumento de 17 por cento na base anual. No acumulado dos últimos 12 meses, o EBITDA alcançou 8,2 bilhões de reais, o que implica um múltiplo EV/EBITDA de 5,3 vezes.

A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em 26,1 bilhões de reais, redução de 12 por cento quando comparado ao ano anterior, com uma alavancagem de 3,3 vezes o EBITDA. A Klabin reforçou seu compromisso com a redução gradual do endividamento ao longo de 2025, essa redução foi o principal destaque positivo deste exercício.

O resultado financeiro foi negativo em 670 milhões de reais, 66 por cento acima do registrado no mesmo trimestre do ano anterior, por conta da elevação da taxa básica de juros.

O lucro líquido do trimestre foi de 478 milhões de reais. A projeção para os próximos 12 meses é de um lucro acumulado de 2,3 bilhões de reais. Com isso, as ações da Klabin estão sendo negociadas atualmente a um múltiplo P/L de 10 vezes.


E Eu Com Isso?

Os resultados da Klabin no terceiro trimestre de 2025 podem ser classificados como mistos. Apesar do avanço do EBITDA em relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento das despesas financeiras neutralizou os ganhos.

No curto prazo, a companhia sinaliza foco na desalavancagem financeira, após concluir um robusto ciclo de investimentos nos últimos anos. A redução da dívida ao longo de 2025 é considerada um movimento estratégico importante, contribuindo para o fortalecimento da estrutura de capital e maior flexibilidade financeira.

Além disso, a Klabin anunciou a distribuição de proventos no valor de 26 centavos por unit, o que representa uma renda em forma de proventos de 1,3 por cento com base na cotação atual. Para o ano de 2025, o dividend yield estimado é de aproximadamente 6,0 por cento, reforçando o caráter atrativo dos papéis para investidores que buscam renda.

De maneira geral, mantemos uma visão positiva para as ações de KLBN11.



Iguatemi (IGTI11) avança com crescimento sólido, margens fortes e desalavancagem no 3T25

A Iguatemi (IGTI11) apresentou um 3T25 bastante positivo, consolidando mais um trimestre de crescimento consistente e evolução operacional dentro de um ciclo de sólida demanda por consumo de alta renda. A receita líquida ajustada cresceu 17,7 por cento a/a, impulsionada por indicadores operacionais saudáveis e elevada performance de vendas em sua base de ativos prime. O EBITDA avançou 28,2 por cento a/a para 286,7 milhões de reais, refletindo eficiência operacional, incremento de receita e maior diluição de custos, enquanto o lucro líquido somou 120,9 milhões de reais, alta de 19,5 por cento a/a, reforçando a resiliência do segmento de luxo e lifestyle no Brasil e a estratégia de posicionamento premium da companhia, mesmo em um ambiente macro ainda desafiador.

A performance de vendas foi destaque: o portfólio registrou 6,0 bilhões de reais em vendas totais, crescimento de 22,5 por cento a/a, refletindo tráfego qualificado e bom desempenho das categorias core da Iguatemi. As vendas mesmas lojas (SSS) cresceram 5,8 por cento e as vendas mesmas áreas (SAS) avançaram 9,0 por cento na mesma base de comparação, demonstrando a capacidade da companhia de ampliar produtividade e capturar tendência estrutural de consumo high ticket e maior frequência em seus empreendimentos.

Do lado de locação, a Iguatemi também apresentou métricas saudáveis. Os aluguéis mesmas lojas (SSR) cresceram 7,1 por cento e os aluguéis mesmas áreas (SAR) avançaram 7,5 por cento a/a, refletindo maior maturação dos ativos, negociações bem-sucedidas com lojistas e reajustes ligados ao desempenho operacional. A combinação de vendas fortes e repasse de preços evidencia a capacidade da companhia de capturar valor via contratos sólidos e um mix de lojistas de alta performance, preservando margens e rentabilidade mesmo em um cenário de competição crescente no varejo físico com o digital.

O EBITDA ajustado avançou 28,2 por cento a/a e atingiu 286,7 milhões de reais, com expansão de margens refletindo controle disciplinado de despesas, crescimento de receita e ganho de escala. A performance operacional robusta demonstra a qualidade do portfólio da Iguatemi e a capacidade de capitalizar experiências premium. O foco em eficiência operacional, na otimização do mix de marcas e em investimentos estratégicos na modernização dos empreendimentos segue apoiando a expansão sustentável da rentabilidade.

A alavancagem encerrou o trimestre em 1,64x Dívida Líquida/EBITDA ajustado, uma redução significativa de 0,26 p.p. em relação ao 2T25, beneficiada pela forte geração operacional e pela gestão ativa de capital. Ao desconsiderar os efeitos da venda dos shoppings Market Place e Galleria, e refletindo a conclusão da venda de participação em ativos para Funcef e RBR, o indicador ficou em 1,84x — ainda confortável e em trajetória de queda. A redução da alavancagem aumenta a flexibilidade da Iguatemi para seguir executando seu plano estratégico de investimentos seletivos, reforçando a disciplina financeira como pilar central da companhia.

 
E Eu Com Isso?
 
O trimestre reforça nossa visão positiva para a Iguatemi: o segmento premium de shoppings segue resiliente, apoiado em consumidores com alta capacidade de consumo, exposição menor a juros e menor sensibilidade a ciclos econômicos. A companhia segue fortalecendo sua estratégia omnicanal, com iniciativas para integrar plataformas digitais, programas de relacionamento e experiências exclusivas, enquanto aprofunda o relacionamento com marcas globais e o ecossistema de luxo no Brasil.

Em nossa visão, o 3T25 reforça a consistência de execução da Iguatemi, com crescimento de receita e vendas acima da média do setor, aluguéis em trajetória positiva, margens robustas e desalavancagem. O portfólio maduro, exposto ao consumo de maior renda e ao segmento premium, segue como pilar de geração de caixa e resiliência operacional. Com boa visibilidade para expansão gradual de margens e aceleração das vendas no quarto trimestre, a Iguatemi permanece bem-posicionada para capturar o ciclo positivo do varejo de alta renda e fortalecer sua estratégia de longo prazo.



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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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As bruxas do mercado estão soltas ou comportadas? https://levanteideias.com.br/artigos/as-bruxas-do-mercado-estao-soltas-ou-comportadas https://levanteideias.com.br/artigos/as-bruxas-do-mercado-estao-soltas-ou-comportadas#respond Fri, 31 Oct 2025 14:35:45 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52371 O Dia das Bruxas parece ser uma comemoração 100 por cento americana e algo inventado pelo comércio para vender mais. No entanto, essa festa é antiga. Tem origens cinco ou seis séculos antes de Cristo. Era praticada pelos povos celtas, que nessa época habitavam várias regiões da Europa: as ilhas britânicas, o norte da França… Read More »As bruxas do mercado estão soltas ou comportadas?

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E eu com isso versão Plus

O Dia das Bruxas parece ser uma comemoração 100 por cento americana e algo inventado pelo comércio para vender mais. No entanto, essa festa é antiga. Tem origens cinco ou seis séculos antes de Cristo. Era praticada pelos povos celtas, que nessa época habitavam várias regiões da Europa: as ilhas britânicas, o norte da França e até a península Ibérica.

A origem do Halloween é o Samhain, festa em que se comemorava o fim do período de colheita e o início do inverno no Hemisfério Norte. O dia era o fim do ano celta, quando as pessoas visitavam os amigos e parentes levando alimentos como presente. A data também era dedicada aos mortos. A tradição era que a separação entre os reinos de vivos e mortos ficava mais fina e alguns falecidos poderiam chegar para um dedo de prosa. Para evitar sustos recomendava-se usar máscaras (para não ser reconhecido) e acender fogueiras.

Bom de marketing, o papa Bonifácio VI estabeleceu que na data se comemoraria o Dia de Todos os Santos de maneira a cristianizar a tradição pagã. E atualmente temos uma data do calendário que vem pegando tração por aqui. Nos últimos dias, é bem provável que você tenha cruzado com alguns fantasmas, vampiros e bruxas a caminho da escola ou do trabalho. E no mercado, as bruxas estão soltas ou comportadas? Vamos olhar com cuidado o que está fervendo no caldeirão.

Por um lado, há várias notícias negativas. A situação fiscal segue complicada. Para não ajudar, tanto governo quanto oposição resolveram colocar na rua, antes da hora, a campanha presidencial de 2026. E o cenário político internacional também segue complicado. Os conflitos na Ucrânia e na faixa de Gaza continuam, apesar das notícias e expectativas de acordos de paz.

Mesmo assim, o Ibovespa e os principais índices americanos seguem em alta e batendo recordes. As justificativas são a alta das empresas de tecnologia (especialmente as dedicadas à Inteligência Artificial) e a perspectiva de que China e Estados Unidos cheguem a um acordo que reduza a pressão das tarifas americanas sobre produtos chineses, normalizando as relações comerciais entre esses dois países e os demais – Brasil inclusive. Faz sentido ou os investidores estão enfeitiçados por perspectivas inexistentes de prosperidade?

Apesar do cenário adverso, há perspectivas de investimento na produção. O fato de a economia tornar-se menos globalizada significa que muitos países e empresas terão de voltar a fazer o que antes estava a cargo de companhias estrangeiras (leia-se chinesas), movimentando a economia.

O setor de tecnologia é onde isso é mais evidente. A demanda por processamento de dados faz o consumo de chips, processadores e equipamentos bater sucessivos recordes, assim como a necessidade de eletricidade para movimentar os data centers. Isso deve justificar um aumento dos investimentos em infraestrutura, o que garante a demanda agregada.

Por isso, apesar de haver muitas bruxas de fato soltas, a tendência é que os investidores conseguirão se desviar dos bruxedos, encantamentos e malefícios e poderão ganhar dinheiro no que resta de 2025.


E Eu Com Isso?

Os bons resultados das empresas de tecnologia americanas no terceiro trimestre justificam uma alta dos contratos futuros dos principais índices americanos no pré-mercado, assim como das cotas dos Exchange Traded Funds (ETF) EWZ iShares MSCI Brazil, que concentram as principais ações brasileiras negociadas em Nova York.

As notícias são positivas para a Bolsa


Mercados com Rafael Bevilacqua

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Ações sobem com possível acordo entre EUA e China https://levanteideias.com.br/artigos/acoes-sobem-com-possivel-acordo-entre-eua-e-china https://levanteideias.com.br/artigos/acoes-sobem-com-possivel-acordo-entre-eua-e-china#respond Mon, 27 Oct 2025 13:30:54 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52353 A última semana de outubro terá uma movimentação intensa. A segunda-feira (27) começou agitada. No domingo (26), autoridades americanas e chinesas afirmaram ter elaborado a estrutura de um acordo sobre um potencial acordo comercial que suspende tarifas americanas mais severas e controles de exportação de terras raras chinesas. Trump foi recebido com honras pelo imperador… Read More »Ações sobem com possível acordo entre EUA e China

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A última semana de outubro terá uma movimentação intensa. A segunda-feira (27) começou agitada. No domingo (26), autoridades americanas e chinesas afirmaram ter elaborado a estrutura de um acordo sobre um potencial acordo comercial que suspende tarifas americanas mais severas e controles de exportação de terras raras chinesas. Trump foi recebido com honras pelo imperador japonês Naruhito. Agora, os investidores aguardam um encontro com o presidente Xi Jinping. “Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acredito que chegaremos a um acordo”, disse Trump a repórteres no Air Force One antes de pousar em Tóquio, capital do Japão.

A notícia elevou as ações. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu cerca de 1,1 por cento. O índice europeu STOXX 600 subiu cerca de 0,1 por cento e atingiu um recorde intradiário próximo a 576 pontos. Os contratos futuros de ações dos EUA subiram no pré-mercado, com os contratos futuros do Nasdaq avançando mais de 1 por cento.

No entanto, apesar do otimismo, há um ponto a considerar. Até agora há um rascunho, e não um acordo assinado. Os detalhes, o cronograma e a implementação determinariam as compensações para setores e cadeias de suprimentos específicos. A volatilidade pode retornar se as negociações estagnarem ou se qualquer um dos lados reafirmar as restrições comerciais.

Além disso, os investidores de animaram com a expectativa de mais um corte de juros pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano, que se reúne na terça-feira (28) e na quarta-feira (29). Há uma grande convicção entre os investidores de que o FED deverá reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,75 por cento e 4,00 por cento ao ano, e que poderá sinalizar mais um corte da mesma magnitude na última reunião deste ano, agendada para dezembro.

A confluência entre corte de juros e uma retomada parcial da normalidade das relações comerciais entre China e Estados Unidos pode sustentar mais um movimento de valorização das ações americanas, que vêm sendo sustentadas pelos resultados positivos trimestrais das empresas.

No Brasil, a safra de balanços do terceiro trimestre chega com força, com Bradesco e Santander divulgando os números na quarta-feira (29). A grande questão é o comportamento da inadimplência, que pode piorar o humor dos investidores.

RELATÓRIO FOCUS A edição mais recente do Relatório Focus, divulgada pelo Banco Central (BC), mostra novas reduções na expectativa para a inflação de 2025. A projeção recuou para 4,56 por cento, ante os 4,70 por cento da semana anterior. Agora, a estimativa de inflação encontra-se apenas 6 pontos-base (centésimos de ponto percentual) acima do teto da meta de 4,50 por cento.


E Eu Com Isso?

A expectativa de um acordo entre Estados Unidos e China e a possibilidade de que a reunião entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva leve a uma reversão ou a uma redução das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros animaram os investidores. As cotas do ETF EWZ iShares MSCI Brazil estão com alta de 1,5 por cento no pré-mercado.

As notícias são positivas para a Bolsa



Mercados com Rafael Bevilacqua


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Análise | Proventos e petróleo têm impactado ações da Petrobras https://levanteideias.com.br/imprensa/analise-proventos-e-petroleo-tem-impactado-acoes-da-petrobras https://levanteideias.com.br/imprensa/analise-proventos-e-petroleo-tem-impactado-acoes-da-petrobras#respond Wed, 22 Oct 2025 13:51:59 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52337 Análise do nosso Especialista do setor de Commodities, João Abdouni, para o Money News na CNN Money:

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Cenário de indefinições abre oportunidades para o Brasil | Denise Campos https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/cenario-de-indefinicoes-abre-oportunidades-para-o-brasil https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/cenario-de-indefinicoes-abre-oportunidades-para-o-brasil#respond Fri, 04 Mar 2022 11:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36449 O cenário global está dominado por mais incertezas desde o começo da etapa de maior escalada dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e as reações que têm provocado. Mesmo que o mercado, em certos momentos, conte com algum entendimento diplomático, com um cessar fogo, o fato é que o conflito ainda pode se agravar e… Read More »Cenário de indefinições abre oportunidades para o Brasil | Denise Campos

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O cenário global está dominado por mais incertezas desde o começo da etapa de maior escalada dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e as reações que têm provocado. Mesmo que o mercado, em certos momentos, conte com algum entendimento diplomático, com um cessar fogo, o fato é que o conflito ainda pode se agravar e durar um bom tempo, assim como os desdobramentos econômicos. 

Um dos principais impactos é sobre a inflação, que já era um problema global, pelos desequilíbrios entre oferta e demanda produzidos pela pandemia, além de outros fatores. Mas agora, tanto pelo comprometimento da produção como pelas sanções impostas à Rússia, há fortes pressões de preços sobre o petróleo, gás, commodities metálicas e alimentos, sem esquecer dos fertilizantes e outros insumos.

Tudo isso reforça a pressão sobre os bancos centrais, que planejavam ou já vinham implementando alterações nas políticas monetárias. E os ajustes tendem a prosseguir mesmo que a guerra tenha potencial para afetar até o crescimento global. Pode haver alguma mudança na calibragem dos ajustes dos juros. Nos Estados Unidos, por exemplo, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, já sinalizou uma possível alta de 0,25 agora em março, inferior às expectativas que estavam mais para 50 pontos, embora ainda se conte com elevação de 175 no ano. Para o Brasil, onde a inflação já apontava para outro estouro do teto da meta, as previsões agora são de um ciclo mais longo com ajuste total maior da Selic. As projeções chegam a 13%. 

Surpreendentemente, esse cenário tem permitido uma confiança maior quanto às condições para o mercado local manter um comportamento mais favorável. De um lado, a alta das commodities pode assegurar um bom desempenho para a Bolsa, muito alavancada pelos papéis de empresas que atuam no segmento, embora muitos setores possam ter piora da performance. Mas as exportações podem dar maior retorno. De outro, a elevação dos juros pode ampliar o diferencial entre as taxas praticadas no exterior, mantendo boa atratividade para o capital externo, mesmo que haja algum aumento do risco. Ainda é preciso considerar que o Brasil pode “pegar” o investidor que está saindo da Rússia, onde as restrições financeiras, como as que congelaram reservas e vão desconectar os bancos da Swift, podem se estender às criptomoedas, produzindo maior isolamento financeiro do país, além do comercial e do político.

Só não se deve contar demais com esse ambiente “favorável” ao mercado local. Afinal, ainda é grande a incerteza quanto ao peso que a crise financeira, que os países ocidentais tentam provocar na Rússia, como estratégia de persuasão contra a guerra, terá sobre a economia e o mercado mundial. Não se deve desconsiderar também os reflexos da inflação e dos juros mais altos sobre a nossa economia, que já convive com o risco de alguma retração neste ano, fora as incertezas fiscais e as relacionadas às eleições. Os cortes de tributos sobre produtos industriais e agora até sobre jet ski, balão e dirigível, além das discussões sobre os combustíveis, estão aí para nos lembrar do imediatismo de resoluções em ano de eleições. 

O investidor deve aproveitar as oportunidades que estão surgindo, só que o atual cenário recomenda algum conservadorismo no portfólio, com títulos pós fixados e os atrelados à inflação. E vamos torcer para que algum bom senso prevaleça neste que é um dos momentos mais complicados que o mundo enfrenta em décadas, sem ter sequer se recuperado do trauma imposto pela pandemia nos vários aspectos.

Leia a última coluna da Denise Campos de Toledo: Conflito na Ucrânia amplia incertezas globais e para o Brasil.

 

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Analisando a inflação na gringa https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/analisando-a-inflacao-na-gringa https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/analisando-a-inflacao-na-gringa#respond Wed, 12 Jan 2022 16:40:35 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35259 Na manhã desta quarta-feira (12), o BLS (Bureau of Labor Statistics) americano deverá confirmar o forte aumento da inflação nos Estados Unidos em 2021. O prognóstico é de uma alta de 0,4% no CPI (Consumer Price Index) em dezembro, fazendo com que a inflação acumulada no ano passado chegue a cerca de 7%, o maior… Read More »Analisando a inflação na gringa

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Na manhã desta quarta-feira (12), o BLS (Bureau of Labor Statistics) americano deverá confirmar o forte aumento da inflação nos Estados Unidos em 2021. O prognóstico é de uma alta de 0,4% no CPI (Consumer Price Index) em dezembro, fazendo com que a inflação acumulada no ano passado chegue a cerca de 7%, o maior nível desde 1982.

Considerando-se o núcleo da inflação (“core index”), que não considera os preços mais voláteis dos alimentos e da energia, a alta esperada é de 0,5% em dezembro, o que faz com que a variação acumulada em 2021 seja de 5,4%, também a maior em muitos anos.

Em si, essa divulgação não é novidade. Os prognósticos dos investidores quanto a uma alta acelerada dos preços vêm se acumulando desde meados de 2021. No entanto, há dois pontos a considerar nesse cenário.

O primeiro é a diferença entre a variação de preços de todos os itens com o núcleo da inflação. Esse 1,6 ponto percentual a menos registrada no “core index” mostra que boa parte do aumento de preços se localiza nos preços do petróleo e dos alimentos.

O mercado de petróleo vem sendo mantido apertado, dentre outros fatores, pela resistência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais a Rússia, organização conhecida como Opep+, em aumentar a produção em ritmo mais acelerado.

No início da pandemia, esse cartel dos principais produtores reduziu a extração do óleo para manter os preços. A produção permanece reduzida, mesmo com a gradual volta das atividades econômicas à normalidade. Por isso, os preços permanecem em patamares elevados. Também vale citar o elevado custo de capital do setor nos últimos anos, o que gerou baixos investimentos em capital fixo que pudessem viabilizar o aumento ligeiro da produção.

Não por acaso, aqui mesmo no Brasil, os preços da gasolina subiram 47% em 2021, sendo o item com maior variação na cesta de produtos do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ), que foi divulgado na terça-feira (11).

O segundo ponto é que está se formando um consenso de que o pico de dezembro será exatamente isso – um pico. É bastante provável que os preços desacelerem ao longo de 2022. As principais causas são a retirada dos estímulos e a normalização das cadeias produtivas. Com o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, cessando de injetar dinheiro na economia e começando a elevar as taxas de juros ainda neste primeiro trimestre, haverá menos combustível para mover os preços.

A expectativa é de normalização das cadeias de insumos, especialmente semicondutores. Com o fornecimento normalizado haverá menos estímulo para produtores de veículos elevarem seus preços, e automóveis são um item importante nos índices de inflação americanos. Nesse ponto específico, a única incerteza decorre do recrudescimento das contaminações pela variante Ômicron do coronavírus, que vêm crescendo em especial nos países da Ásia. Uma volta das medidas de restrição, especialmente em países com aplicação rígida como a China, poderá retardar essa volta à normalidade na oferta de insumos.

Como se não bastasse, Jerome Powell, presidente do Fed, foi bastante claro em seu depoimento no Senado americano na terça-feira de que a economia dos Estados Unidos está “saudável” e “demandando uma política monetária mais apertada”. Powell está passando pelos trâmites de uma nova indicação para a presidência do Fed, algo que deverá ser confirmado com facilidade.

Em suas declarações, Powell reiterou o que vem dizendo há tempos. Que o Fed vai encerrar as compras de ativos financeiros em março, que vai começar a elevar os juros ainda em 2022 e que “talvez mais tarde”, mas ainda neste ano, o Fed vai reduzir seu balanço. Isso quer dizer vender títulos e enxugar ainda mais a economia, caminhando para a normalização da política monetária.

Com tudo isso, as notícias de uma explosão inflacionária nos Estados Unidos são muito exageradas e um CPI de 7% em 2021 deve ser visto como o que de fato é – um ponto fora da curva.

E Eu Com Isso?

A sessão da quarta-feira começa sem uma direção definida, com os contratos futuros do Ibovespa perto da estabilidade e os contratos futuros do índice americano S&P 500 ensaiando uma leve alta. O pregão pode ser volátil dependendo da reação dos investidores à inflação americana.

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: A inflação passada e a futura.

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A inflação passada e a futura https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-inflacao-passada-e-a-futura https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-inflacao-passada-e-a-futura#respond Tue, 11 Jan 2022 14:02:37 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35241 A divulgação de um IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,73% em dezembro, cravando uma inflação “oficial” de 10,06% em 2021, é mais importante em termos “históricos” do que práticos. Para a vida real e para o dia a dia do mercado, o mais interessante é a inflação que vai ocorrer, não… Read More »A inflação passada e a futura

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A divulgação de um IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,73% em dezembro, cravando uma inflação “oficial” de 10,06% em 2021, é mais importante em termos “históricos” do que práticos. Para a vida real e para o dia a dia do mercado, o mais interessante é a inflação que vai ocorrer, não a que passou. Mesmo assim, é possível analisar como os preços se comportaram no ano passado para tentar antecipar como eles poderão se comportar ao longo de 2022.

Na prática, a inflação de 2021 foi a maior taxa acumulada no ano desde os 10,67% de 2015, e extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, cujo teto era de 5,25%. O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no acumulado do ano.

Isso continua? Como a economia brasileira está desaquecendo, os principais vetores da inflação deverão ser principalmente externos: a taxa de câmbio e os preços das commodities. Os preços da energia e dos combustíveis deverão seguir sendo determinantes na evolução dos índices de inflação.

Comecemos pelos preços da energia, mais especificamente a eletricidade. A grande quantidade de chuvas provocada pelo fenômeno meteorológico “La Niña” permitiu a recuperação parcial dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O ano de 2021 caracterizou-se pela pior seca em mais de 90 anos, o que literalmente secou os reservatórios, principalmente os da região Sudeste. Com isso, as empresas do setor tiveram de acionar as usinas termelétricas, que produzem energia mais poluente e cara.

E no caso das commodities? A expectativa de que a agropecuária possa melhorar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano não está garantida. A piora das condições climáticas está pondo a produção em risco. O La Niña não chegou a prejudicar a safra de soja, que já havia sido plantada e foi recorde.

Neste ano, porém, as consequências do La Niña se anteciparam e estão sendo potencializadas por outro fenômeno, o aquecimento das águas do Atlântico Equatorial, que banha o Nordeste.

Resta o câmbio. Os juros americanos devem subir. Na sexta-feira (7), o BLS (Bureau of Labor Statistics), órgão americano equivalente ao IBGE, anunciou a criação de 199 mil empregos não agrícolas (“non farm payroll”) em dezembro. Ao contrário do que ocorreu com a informação da ADP, o resultado foi metade do esperado.

Mesmo assim, a taxa de desemprego caiu para 3,9%, a menor desde o início da pandemia, e menor que a expectativa, que era de 4,1%. Isso levou muitos investidores a aumentar sua expectativa para os juros americanos.

Atualmente, as taxas referenciais dos Fed funds, equivalentes à Selic brasileira, estão ao redor de zero. Até a semana passada, o prognóstico dos participantes do mercado era de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, elevaria esses juros três vezes neste ano.

As três altas, provavelmente de 0,25 ponto percentual, levariam os Fed Funds a 0,75% ao ano em dezembro. Agora, os grandes agentes do mercado já começam a prever quatro altas, com as taxas chegando a 1% no fim de 2022.

Juros americanos mais elevados aumentam a atratividade dos investimentos em dólar e tendem a drenar recursos de países emergentes, o Brasil entre eles. Isso deve manter o dólar apreciado em relação ao real, o que dificulta a queda da inflação e obriga o BC (Banco Central) a manter a taxa Selic elevada por mais tempo.

E Eu Com Isso?

Apesar de os contratos futuros do índice americano S&P 500 estarem iniciando o dia com uma leve alta, os contratos futuros do Ibovespa começam a terça-feira em queda devido aos prognósticos negativos provocados pela chuva. No entanto, essa trajetória pode mudar durante o pregão.

As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Como o Banco Central vê a inflação.

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Promessas de Ano Velho https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/promessas-de-ano-velho https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/promessas-de-ano-velho#respond Mon, 03 Jan 2022 12:53:07 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35097 Todo início de janeiro tem uma rotina parecida. É quando tentamos colocar em prática as resoluções da virada do ano. As promessas são várias. Vão desde levar uma vida mais saudável e ter mais tempo para os filhos (ou os pais), até cuidar melhor das finanças. Nessa área, as promessas também são várias. Começar a… Read More »Promessas de Ano Velho

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Todo início de janeiro tem uma rotina parecida. É quando tentamos colocar em prática as resoluções da virada do ano. As promessas são várias. Vão desde levar uma vida mais saudável e ter mais tempo para os filhos (ou os pais), até cuidar melhor das finanças.

Nessa área, as promessas também são várias. Começar a poupar ou a investir melhor o seu suado dinheiro. Ou, para quem já investe, começar a diversificar para não perder o que parecem ser inúmeras oportunidades. Ações internacionais, fundos imobiliários, criptomoedas, commodities.

Porém, assim como o início, o fim de janeiro também é parecido. Percebemos que colocamos poucas mudanças em prática e que a vida segue como vinha seguindo no fim do ano anterior. A balança teima em não confirmar as expectativas, o equipamento esportivo comprado na Black Friday já acumula poeira e os investimentos permanecem mais ou menos onde estavam.

Isso ocorre devido a uma lei da física, a inércia. Qualquer objeto tende a permanecer na mesma trajetória se não houver nenhuma força nova atuando sobre ele. Isso vale também para a nossa maneira de fazer as coisas. Como evitar que a lei da inércia nos impeça de melhorar nossa vida financeira?

Antes de mais nada, esta segunda-feira, 3 de janeiro, não é muito diferente de, por exemplo, o dia 28 de dezembro ou o dia 8 de março de 2021. Todas elas segundas-feiras, essas datas apresentaram ao investidor o mesmo cardápio de investimentos, com oportunidades mais ou menos promissoras.

Em si, essa entidade conhecida como mercado muda pouco. Mudanças nas expectativas provocam oscilações de preço, há ativos que estão caros e outros que estão subvalorizados e notícias podem provocar solavancos nas cotações.

O ano de 2022 deve ser pródigo em solavancos, ainda mais tendo em vista a eleição presidencial. Não por acaso, a edição mais recente do Relatório Focus já mostra uma leve diminuição na expectativa de crescimento econômico para este ano. O que pode mudar, então?

O que pode mudar, cara investidora, querido investidor, é sua maneira de olhar essa entidade multifacetada, dinâmica e plural chamada mercado. O que pode melhorar é sua capacidade de interpretar as mudanças de humor e descobrir as oportunidades que se abrem todos os dias.

Para ajudar você, os analistas da Levante Ideias de Investimentos têm algumas sugestões. A principal delas é diversificar. Nunca houve tantas alternativas novas à sua disposição. Podem ser BDR (Brazilian Depositary Receipts), que são ações de empresas internacionais negociadas na B3 em reais. Podem ser ETF (Exchange Traded Funds), que são cotas de fundos que reproduzem índices de mercado, brasileiros e internacionais. Podem ser fundos imobiliários, Fiagro (fundos do agronegócio), podem ser commodities e criptoativos.

Há inúmeras alternativas que há pouco tempo só eram acessíveis a profissionais do mercado, e que agora podem ser encontradas com alguns toques na tela do seu celular. Basta um pouco de dedicação e uma mudança gradual de atitude para encontrar esses investimentos e integrá-los ao seu portfólio.

Assim, para que as promessas de Ano Novo não se percam devido à inércia, mantenha-se fiel às promessas do Ano Velho e todos os demais: buscar o melhor para o seu dinheiro.

E, para isso, conte – neste ano e nos próximos – com os analistas da Levante Ideias de Investimentos.

Relatório Focus

A última edição de 2021 do Relatório Focus, publicada nesta segunda-feira (03) pelo BC (Banco Central), mostra estabilidade nas expectativas de inflação, taxa de câmbio e taxa Selic para 2022. A única alteração nos prognósticos é mais uma leve redução no crescimento econômico previsto para o ano que se inicia.

Na edição anterior, a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022 era de um crescimento de 0,42%. A estimativa mais recente é de um avanço de 0,36%. Há quatro semanas, a projeção era de uma alta de 0,51%. E, a título de curiosidade, a projeção de crescimento para 2022 no fim de 2020 era de 2,5%, o que mostra como as expectativas pioraram ao longo de 2021.

E Eu Com Isso?

A primeira sessão do ano começa com uma leve alta nos contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500, em um ambiente de liquidez ainda abaixo da média.

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: O começo de (mais) um ano desafiador | Domingo de Valor.

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O que esperar para 2022? https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-que-esperar-para-2022 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-que-esperar-para-2022#respond Thu, 30 Dec 2021 14:04:32 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35080 Se o ano de 2020 desgastou o uso da palavra “desafiador”, 2021 pode ser classificado como o ano das surpresas – e também das decepções. Havia muita expectativa quanto a uma recuperação rápida das economias globais e com o fim da pandemia e a normalização das relações econômicas. Parte disso ocorreu de fato. No entanto,… Read More »O que esperar para 2022?

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Se o ano de 2020 desgastou o uso da palavra “desafiador”, 2021 pode ser classificado como o ano das surpresas – e também das decepções. Havia muita expectativa quanto a uma recuperação rápida das economias globais e com o fim da pandemia e a normalização das relações econômicas. Parte disso ocorreu de fato. No entanto, ao longo de todo o ano, os investidores tiveram de conviver com movimentos inesperados dos preços dos ativos.

Talvez o melhor exemplo sejam as cotações do minério de ferro no mercado internacional. O gráfico das cotações deixa constrangidas as mais iradas montanhas-russas. No fim de 2020, a tonelada com 63,5% de teor de hematita estava cotada a US$ 159.

No fim de 2021, as cotações haviam recuado para US$ 112,5, uma queda de cerca de 30%. Parece o retrato de um ano relativamente sossegado. No entanto, no meio do caminho, em maio, as cotações chegaram a US$ 229, recorde histórico. E em novembro haviam caído para US$ 79, mínimo em 16 meses. Ou seja, em pouco mais de seis meses houve duas alterações abruptas nas expectativas para com a economia, refletidas nas cotações de uma das principais commodities.

Por aqui, os preços também foram difíceis de prever. O ano começou com otimismo quanto ao Ibovespa. Porém, até o pregão da quarta-feira (29), a queda acumulada no ano foi de 12,5%. Nenhuma das aplicações financeiras – ações, juros ou dólar – superou a inflação. O IGP-M de 2021 cravou 17,78%. E o IPCA em 12 meses até novembro está em 10,74%. Mesmo com toda a volatilidade, o real se depreciou pouco menos de 9% em relação ao dólar.

Tudo isso, porém, é passado. O que esperar para o ano que se inicia? Segundo os analistas da Levante Ideias de Investimentos, não será um período fácil. A retomada em “V” da economia, que se anunciava no começo do ano, ocorreu de fato. Porém, o que se seguirá a ela será, muito provavelmente, uma desaceleração das atividades.

A causa disso é, principalmente, o desequilíbrio das contas públicas. O arcabouço fiscal se deteriorou ao longo do ano, com as sucessivas manobras do Congresso e do próprio Executivo para romper o teto de gastos. Na ponta do lápis, o desempenho fiscal foi marginalmente melhor do que se esperava. Porém, isso ocorreu mais pelos defeitos do governo do que por suas qualidades. O que aliviou o desequilíbrio fiscal foi a alta da inflação, que ajudou a arrecadação fiscal.

O subproduto dos gastos públicos, a inflação, tornou-se um problema mais grave. Durante os anos de equilíbrio fiscal, o dragão permaneceu dormindo em sua caverna. No entanto, com as despesas descontroladas, a alta de preço passou a ser mais estrutural e menos conjuntural. Como se não bastasse, o ano que se inicia terá, de novo, uma eleição presidencial extremamente polarizada. E, no Brasil, polarização quer dizer populismo econômico, tudo o que os investidores não querem ouvir.

Isso vai exigir a volta da aplicação de um remédio amargo, a forte alta dos juros. A taxa Selic iniciou 2021 a 2% ao ano e encerrou a 9,25% ao ano. As projeções do Relatório Focus indicam que esse percentual pode chegar a 11,50% durante o primeiro semestre, e só deverá retornar à casa de um dígito em 2023.

Essa prescrição desacelera a economia, deprime a geração de empregos e torna mais desafiador (para usar a palavra de 2020) encontrar boas alternativas de investimento, tanto na renda fixa quanto na bolsa. Mas, para isso, você pode contar sempre com os especialistas da Levante Ideias de Investimentos.

Nós temos um encontro marcado no primeiro dia de 2022. Não perca.

E Eu Com Isso?

A última sessão do Ibovespa de 2021 começa com uma leve alta, seguindo um movimento suave de valorização em Wall Street. O pregão deve ser volátil e com liquidez reduzida.

As notícias são positivas para a bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Os desafios que 2021 deixa para os próximos anos | Denise Campos de Toledo.

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