Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Thu, 04 Dec 2025 13:51:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 PIB cresce 0,1 por cento no 3T25, abaixo do esperado https://levanteideias.com.br/artigos/pib-cresce-01-por-cento-no-3t25-abaixo-do-esperado https://levanteideias.com.br/artigos/pib-cresce-01-por-cento-no-3t25-abaixo-do-esperado#respond Thu, 04 Dec 2025 13:51:10 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52663 O post <strong>PIB cresce 0,1 por cento no 3T25, abaixo do esperado</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1 por cento no 3T25 na comparação com o 2T25, abaixo do crescimento de 0,4 por cento no 2T25. O resultado foi inferior à mediana das expectativas, que era de 0,2 por cento. Em quatro trimestres houve um crescimento de 2,7 por cento, acima das expectativas de 1,7 por cento.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “embora a Agropecuária (0,4 por cento) e a Indústria (0,8 por cento) tenham mostrado variações positivas nessa comparação, o setor de Serviços, que tem maior peso na economia, ficou praticamente estável (0,1 por cento)”.

O IBGE informou que, “em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre chegou a 3,2 trilhões de reais. O Valor Adicionado dos três grandes segmentos da economia foi de 176,2 bilhões de reais para a Agropecuária, 682,2 bilhões de reais para a Indústria e 1,9 trilhão de reais para os Serviços.”

O resultado mostra que a atividade econômica está mais desacelerada do que o esperado. Havia uma grande dispersão das projeções. As estimativas para o crescimento trimestral oscilavam de uma retração de 0,5 por cento a um crescimento de 1,4 por cento. O intervalo mostra incerteza sobre o ritmo da atividade em meio à desaceleração da indústria e à perda de força dos serviços. As projeções para o crescimento acumulado em 12 meses também estavam dispersas e variam de 0,3 por cento a 3,2 por cento.

Apesar do número negativo, a reação dos investidores pode ser positiva. O crescimento da economia desacelerou, mas isso era o esperado em um cenário de aperto prolongado da política monetária. A redução do ritmo de atividade pode contribuir para que a inflação convirja mais depressa para o centro da meta, aumentando as probabilidades de o Banco Central (BC) começar a baixar a taxa Selic, atualmente em 15 por cento ao ano.

Na quarta-feira houve uma queda do dólar e mais um recorde no Ibovespa. O movimento de alta na bolsa e queda do câmbio contou com suporte externo: nos EUA, dados fracos de emprego no setor privado reforçaram a expectativa de que o FED vai cortar juros na reunião de dezembro e indicar um afrouxamento mais rápido da política monetária americana. Esse cenário tende a favorecer moedas de economias emergentes e bolsas como a brasileira.


E Eu Com Isso?

O desempenho do PIB abaixo do esperado pode levar a um movimento de realização pontual de lucros na bolsa. No entanto, o cenário externo segue positivo com a possibilidade de corte dos juros americanos, e o panorama para a bolsa é positivo.


Smart Fit compra 60 por cento da Evolve e acelera estratégia de expansão


A Smart Fit (SMFT3) anunciou na terça-feira (02) a aquisição de 60 por cento do capital da Evolve, uma rede de academias com presença no Centro-Oeste brasileiro. O acordo prevê um investimento total de até 100 milhões de reais, dos quais 40 milhões de reais serão desembolsados no fechamento da operação.

O montante restante poderá ser pago ao longo dos próximos dois anos, condicionado ao cumprimento de metas previamente definidas e ajustado pela inflação medida pelo IPCA. Com essa transação, a Evolve foi avaliada em um enterprise value de 199,7 milhões de reais, embora o valor final a ser pago pela participação dependa da apuração da dívida líquida da companhia na data do fechamento.

Atualmente, a Evolve opera 28 unidades, quatro delas inauguradas já em 2025, e possui mais sete academias em fase de construção. Essa estrutura já estabelecida é um dos principais atrativos do negócio: para a Smart Fit, trata-se de um atalho para fortalecer sua atuação em uma região onde a marca ainda não tinha presença dominante. A incorporação de unidades prontas, com base de clientes formada e localização estratégica, reduz significativamente o tempo e o custo necessários para expansão orgânica, que normalmente exige construção, captação de clientes e amadurecimento gradual da operação.

Apesar de a Evolve representar, inicialmente, uma contribuição relativamente pequena aos resultados consolidados da Smart Fit, estimada em algo entre 1 por cento e 2 por cento do Ebitda no curto prazo, o valor estratégico da aquisição vai muito além do impacto imediato. A Smart Fit planeja realizar uma integração gradual das unidades, convertendo-as ao padrão operacional, tecnológico e visual da própria rede. Esse processo tende a gerar sinergias relevantes, sobretudo em eficiência de custos, ampliação do poder de negociação com fornecedores, padronização de serviços e reforço da marca.

Além disso, o acordo firmado entre as companhias inclui um pacto de acionistas que estabelece diretrizes de governança e concede à Smart Fit opções de compra e venda das ações que permanecerão nas mãos dos sócios minoritários. Essa estrutura permite que a empresa, no futuro, adquira a totalidade da Evolve caso julgue estratégico, mantendo flexibilidade para aprofundar a integração quando for mais conveniente.

Como ocorre em transações desse porte, a conclusão do negócio está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), etapa necessária para garantir que a operação não gera desequilíbrios competitivos no setor.


E Eu Com Isso?

Do ponto de vista estratégico, a aquisição não se resume ao aumento do número de academias no portfólio. Ela representa um movimento de expansão calculado em um mercado regional de alto potencial e ainda em desenvolvimento, onde a presença da Smart Fit era menor. Ao incorporar uma rede já consolidada, a empresa ganha escala rapidamente, acelera sua penetração no Centro-Oeste e se posiciona de maneira mais competitiva diante de um segmento que vem se profissionalizando e crescendo de forma consistente nos últimos anos.

Em longo prazo, a integração entre as duas operações pode reforçar ainda mais a liderança da Smart Fit no mercado brasileiro de academias. Com a captura de sinergias operacionais, maior capilaridade e uma marca amplamente reconhecida, a companhia se prepara para competir em um ambiente cada vez mais exigente, no qual eficiência, tecnologia e expansão geográfica são fatores determinantes para sustentar crescimento e rentabilidade.


PRIO (PRIO3) divulga dados operacionais de novembro com forte aumento na produção

A PRIO (PRIO3) divulgou seus resultados operacionais de novembro, registrando produção média de 138,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), avanço de cerca de 55 por cento em relação a outubro e melhor desempenho da companhia em 2025.

O crescimento foi impulsionado principalmente pela consolidação da participação de 80 por cento no campo de Peregrino, cuja produção passou a ser incorporada integralmente ao longo do mês.

O fechamento da aquisição adicional de 40 por cento ocorreu no dia 11, e o ativo contribuiu com 68,8 mil boepd de forma proporcional em novembro, reforçando sua importância estratégica no portfólio da empresa. Entre os demais ativos, o desempenho foi mais estável, com variações pontuais.

O campo de Frade produziu 31,4 mil boepd, ligeira queda em relação a outubro. O cluster Polvo + TBMT alcançou 13,98 mil boepd, redução de 6,6 por cento no mês, enquanto Albacora Leste produziu 24,56 mil boepd, recuo de 1,1 por cento devido a uma falha no sistema de compressão de gás, que deve ser totalmente solucionada até a primeira quinzena de dezembro.

Apesar dessas pequenas oscilações, Peregrino compensou amplamente qualquer redução marginal nos demais ativos, elevando o volume total da companhia. Em novembro, a PRIO comercializou 5,1 milhões de barris de petróleo, volume significativamente superior ao de outubro, impulsionado pelo aumento da produção e venda de estoques acumulados. A integração da nova fatia de Peregrino, somada à estabilização operacional, resultou em forte incremento tanto no volume produzido quanto no volume vendido.

O aumento das vendas, aliado à elevação da produção em relação ao terceiro trimestre, tende a fortalecer receitas e EBITDA, criando cenário favorável para a continuidade do crescimento em 2026. A expectativa é que a produção siga em trajetória ascendente, especialmente com os avanços na entrada em operação do campo de Wahoo, que pode adicionar cerca de 40 mil boepd à capacidade da PRIO já em 2026.

A consolidação de Peregrino, a futura contribuição de Wahoo e o melhor aproveitamento do portfólio atual reforçam a tendência de expansão operacional e financeira da companhia, fortalecendo sua posição no setor de óleo e gás.

 
E Eu Com Isso?
 
Para o investidor, a perspectiva para os próximos trimestres permanece favorável. Peregrino cria uma base sólida de produção, enquanto os ativos legados tendem a se recuperar de pequenas oscilações, como em Albacora. Além disso, o desenvolvimento de Wahoo projeta um aumento significativo na produção já em 2026, reforçando a geração de caixa da empresa.

No campo do valuation, PRIO3 é negociado a 5,5 vezes EV/EBITDA e 6,0 vezes o lucro estimado para os próximos 12 meses, múltiplos compatíveis com a média do setor. Apesar da volatilidade operacional ao longo do ano, o desempenho de novembro sinaliza retomada consistente. Projetando um EBITDA em torno de 8 bilhões de reais para 2025, há espaço para uma reprecificação positiva à medida que Peregrino amadurece, Wahoo se aproxima da operação e os ativos atuais se estabilizam.

Diante desse conjunto de fatores, mantemos visão positiva para PRIO3, com expectativa de crescimento sustentável e geração consistente de valor para os acionistas.



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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE

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O recorde do Ibovespa e as expectativas para o FED https://levanteideias.com.br/artigos/o-recorde-do-ibovespa-e-as-expectativas-para-o-fed https://levanteideias.com.br/artigos/o-recorde-do-ibovespa-e-as-expectativas-para-o-fed#respond Wed, 03 Dec 2025 12:31:47 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52661 Em termos práticos, um Ibovespa a 159.900 pontos não é muito diferente de um Ibovespa a 161.092 pontos. A diferença é de 0,7 por cento. No entanto, a ruptura de números “redondos” como 140 mil, 150 mil ou 160 mil pontos é importante em termos psicológicos para os investidores. Sem fazer contas, um Ibovespa a… Read More »O recorde do Ibovespa e as expectativas para o FED

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Mercados com Rafael Bevilacqua


Em termos práticos, um Ibovespa a 159.900 pontos não é muito diferente de um Ibovespa a 161.092 pontos. A diferença é de 0,7 por cento. No entanto, a ruptura de números “redondos” como 140 mil, 150 mil ou 160 mil pontos é importante em termos psicológicos para os investidores. Sem fazer contas, um Ibovespa a 159,9 mil pontos parece estar menos valorizado do que um índice a 160 mil pontos (qualquer comerciante que anuncia um produto por 19,99 reais sabe disso).

Dito isso, o Ibovespa resolveu encerrar 2025 não apenas batendo recordes sucessivos, mas superando diversos “níveis psicológicos”. Na terça-feira (02) ele fechou na máxima do dia a 161.092 pontos, alta de 1,56 por cento em relação à véspera. Foi o primeiro fechamento da história acima de 161 mil pontos. No ano, o principal indicador do mercado acionário acumula uma valorização nominal de 34 por cento.

O cenário doméstico não inspira muito otimismo. As declarações mais recentes de presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, não indicam notícias boas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Marcado para os dias 9 e 10 de dezembro, o encontro não deverá resultar em uma sinalização clara de corte de juros em 2026.

Por isso, a justificativa para a alta do Ibovespa é principalmente internacional. Os investidores reagiram a rumores sobre a indicação do economista Kevin Hassett, assessor econômico de Donald Trump, para a presidência do Federal Reserve (FED), o banco central americano, sucedendo Jerome Powell, que fica no cargo até maio de 2026. Hassett é alinhado a Trump e considerado um defensor de juros mais baixos, o que poderia significar um FED mais tolerante com a inflação a partir do ano que vem.

Essa expectativa fez com que o dólar se depreciasse em relação a várias moedas, o real brasileiro inclusive, reduziu os juros americanos no mercado secundário e permitiu uma alta das ações. O entendimento dos investidores é que, sob a liderança de Hassett, haverá um grande incentivo para o FED reduzir os juros, beneficiando os resultados das empresas e a alta das ações. Além disso, os juros menores tornarão as aplicações em dólar menos interessantes, aumentando a oferta de recursos para os demais mercados.


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Vale (VALE3): Projeções de produção e proventos bilionários indicam futuro da mineradora

A Vale (VALE3) divulgou nos últimos dias um conjunto de informações que reforça sua estratégia para os próximos anos e revela como a companhia enxerga sua posição no cenário global de commodities. Ao atualizar suas estimativas de produção, custos, vendas e investimentos, a mineradora demonstra que está focada em consolidar eficiência operacional e estabilidade financeira, em um ambiente marcado por volatilidade internacional. Paralelamente, a companhia também anunciou proventos bilionários aos acionistas, reforçando a confiança em sua capacidade de geração de caixa e chamando a atenção de investidores.

Nas novas projeções, a empresa indica que pretende manter a produção de minério de ferro em um patamar elevado nos próximos anos. Para 2025, a expectativa é de cerca de 335 milhões de toneladas, com crescimento gradual até alcançar algo próximo de 360 milhões de toneladas em 2030. Além disso, a Vale apresentou estimativas para dois metais considerados estratégicos no contexto da transição energética, cobre e o níquel.

A produção de cobre deve crescer de forma contínua entre 2025 e 2030, enquanto as projeções para os metais básicos apontam um avanço consistente na produção de ambos os materiais, reforçando seu papel essencial nas tecnologias ligadas à eletrificação.

Para o níquel, a empresa estima cerca de 175 mil toneladas em 2025, com evolução gradual até atingir uma faixa entre 210 e 250 mil toneladas em 2030, impulsionada pela demanda crescente de baterias e soluções elétricas.

No caso do cobre, a previsão é igualmente positiva, com produção projetada de aproximadamente 370 mil toneladas em 2025 é possível avanço para algo entre 420 e 500 mil toneladas até o início da próxima década, acompanhando o fortalecimento de setores como energia renovável, veículos elétricos e infraestrutura tecnológica.

O controle de custos também aparece como ponto central nas projeções da mineradora. A Vale acredita que conseguirá manter o custo caixa do minério de ferro em torno de 21 dólares por tonelada em 2026, enquanto o custo total all-in deve permanecer próximo de 55 dólares por tonelada, o que sustenta margens competitivas mesmo em períodos de oscilação nos preços internacionais.

Em relação aos investimentos, a companhia projeta aplicar aproximadamente 5,5 bilhões de dólares em 2025, com foco predominante na manutenção de suas operações e menor destinação para expansão, refletindo uma postura de prudência alinhada à busca por estabilidade.

E Eu Com Isso?

A Vale anunciou que distribuirá cerca de 15,3 bilhões de reais ao longo de 2026, valor composto por dividendos e juros sobre capital próprio. Essa remuneração será paga em três parcelas: 1,24 real por ação em 7 de janeiro, 0,77 real por ação em 4 de março, e 1,57 real por ação, também em 4 de março, totalizando 3,58 reais por ação no trimestre. Para quem investe, trata-se de um retorno expressivo que reflete a robustez financeira da empresa.

A combinação de projeções operacionais consistentes com proventos elevados evidencia uma estratégia clara: manter equilíbrio entre investir no futuro e gerar retorno imediato aos acionistas. Essa postura reforça a imagem de uma companhia madura, capaz de enfrentar oscilações do mercado global sem comprometer sua capacidade de criar valor.

Ainda assim, acompanhar a evolução da demanda internacional, dos preços do minério e dos custos logísticos será fundamental para avaliar a sustentabilidade desse desempenho.

No conjunto, a Vale se posiciona como protagonista no mercado de matérias-primas essenciais e demonstra preparo tanto para o presente quanto para os próximos ciclos do setor.


Ultrapar (UGPA3) anuncia 1 bilhão de reais em dividendos e ações sobem

A Ultrapar (UGPA3) anunciou nesta semana o pagamento de dividendos, movimentando o mercado e impactando o valor de suas ações. O Conselho de Administração da companhia decidiu distribuir um montante superior a um bilhão de reais, equivalente a aproximadamente um real por ação ordinária, com pagamento previsto para dezembro de 2025.

O direito ao recebimento dos dividendos será definido pela data-base de 5 de dezembro de 2025. A partir de 8 de dezembro, as ações passarão a ser negociadas ex-dividendos na Bolsa de São Paulo.

O anúncio ocorre em um contexto de resultados financeiros considerados sólidos pela empresa. A Ultrapar atua em diferentes setores, o que contribui para estabilidade operacional e fluxo de caixa contínuo.

Recentemente, mudanças na legislação tributária indicam a possibilidade de taxação de dividendos, o que pode afetar o retorno líquido recebido pelos acionistas. O impacto dependerá do modelo final adotado pelo governo, influenciando a avaliação de empresas que historicamente distribuem dividendos, como a Ultrapar.

Entre suas principais operações estão a Ipiranga, no varejo de combustíveis e conveniência; a Ultragaz, dedicada à distribuição de gás; e a Ultracargo, que atua na armazenagem e logística de líquidos e produtos químicos. Esses negócios contribuem para geração de caixa, permitindo à companhia manter sua política de dividendos enquanto realiza investimentos estratégicos.

Nos últimos anos, a Ultrapar também ampliou sua atuação no segmento de logística e transporte por meio da Hidrovias do Brasil, integrando o transporte hidroviário à sua cadeia de negócios. Essa expansão fortalece a diversificação da companhia e amplia sua presença em setores complementares.

 

E Eu Com Isso?
 
Os indicadores financeiros recentes da Ultrapar mostram um P/L (preço sobre lucro) de aproximadamente 12 vezes, um Dividend Yield em torno de 6 por cento, e um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de cerca de 15 por cento.

Esses números sugerem que as ações estão sendo negociadas em níveis compatíveis com seus resultados e com o histórico de distribuição de dividendos, indicando uma precificação alinhada às expectativas de mercado.

O pagamento de dividendos confirma a continuidade da política de distribuição da empresa. A variação nas ações refletiu a reação do mercado ao anúncio.

Ao combinar diversificação de negócios, estabilidade operacional e política de distribuição de dividendos, a Ultrapar segue buscando equilibrar investimentos estratégicos e remuneração aos acionistas.





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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

 

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Galípolo adverte contra excesso de otimismo https://levanteideias.com.br/artigos/galipolo-adverte-contra-excesso-de-otimismo https://levanteideias.com.br/artigos/galipolo-adverte-contra-excesso-de-otimismo#respond Tue, 02 Dec 2025 13:35:08 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52659 O post <strong>Galípolo adverte contra excesso de otimismo</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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Guardião da estabilidade da moeda, o Banco Central (BC) tem de realizar tarefas desagradáveis e manter o aperto na economia por meio de taxas de juros elevadas. Por isso já se comparou o trabalho do banqueiro central ao do cidadão que desliga a música no melhor da festa. Quando todo mundo espera uma notícia boa, o BC traz as expectativas de volta à realidade.

Foi isso que Gabriel Galípolo, presidente do BC, fez na segunda-feira (1). Em um evento em São Paulo, Galípolo declarou que o mercado de trabalho brasileiro segue bastante aquecido, o que reduz o espaço para o BC baixar os juros. “Por diversas métricas, é difícil contestar um mercado de trabalho que se mostra aquecido”, afirmou Galípolo. Segundo ele, esses dados e outros mostram “uma economia forte, aquecida e resiliente” o que exige “uma postura humilde e conservadora por parte do Banco Central”.

Galípolo disse ter dificuldades para explicar o motivo de o desemprego seguir caindo, apesar de a taxa de juros estar elevada há bastante tempo. Na teoria, as taxas de juros elevadas deveriam aumentar o desemprego, mas isso não está ocorrendo. “Eu não consigo achar uma solução elegante para explicar isso”, disse o presidente do BC. Ele levantou dúvidas sobre a “tese do desalento”, ou seja, a ideia de que há pessoas fora do mercado de trabalho porque não veem esperanças de conseguir uma vaga.

A conclusão das declarações de Galípolo é inevitável: a probabilidade é menor de que o Comitê de Política Monetária (Copom) comece a reduzir os juros já na reunião de janeiro. Na segunda-feira (1), as opções de Copom negociadas na B3 mostraram isso. A probabilidade de manutenção da taxa Selic nos atuais 15 por cento ao ano subiu de 95 por cento na sexta-feira, 29 de novembro, para 97 por cento. No caso da reunião de janeiro, a probabilidade de manutenção subiu de 33 por cento no dia 25 de novembro para 40 por cento e a expectativa de corte de 0,5 ponto percentual caiu de 26 por cento para 19 por cento.

O que esperar para as próximas sessões? Há uma grande expectativa por parte dos investidores de que o Copom inicie uma trajetória de corte dos juros na reunião de janeiro, apesar das declarações conservadoras do BC. Ser cauteloso faz parte da descrição de cargo de Galípolo. Por isso, será preciso observar os novos indicadores da economia. Na quinta-feira (4) está prevista a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. E na próxima quarta-feira (10), último dia da reunião do Copom, será divulgada a inflação de novembro medida pelo IPCA. Apenas a partir desses números, e do Comunicado e da Ata do Copom, será possível saber com mais certeza o que esperar dos juros.


E Eu Com Isso?

A terça-feira (02) começa com uma leve alta nos contratos futuros dos principais índices americanos no pré-mercado, e também com uma valorização discreta das cotas do Exchange Traded Fund (ETF) EWZ iShares MSCI Brazil, negociadas em Nova York. No entanto, os investidores podem adotar uma postura mais cautelosa tendo em vista as probabilidades menores de o corte de juros pelo Copom começar em janeiro de 2026.


Itaúsa (ITSA4) distribui 8,7 bilhões de reais em proventos e mantém tese positiva


Na segunda-feira (01) a Itaúsa (ITSA4) anunciou uma distribuição de proventos no valor total de 8,7 bilhões de reais, o que corresponde a um pagamento de 0,80 real por ação. Para o investidor que estiver posicionado na data de corte definida para 9 de dezembro de 2025, esse repasse representa um dividend yield aproximado de 6,4 por cento apenas nessa distribuição específica.

Considerando o conjunto de proventos projetados para todo o ano de 2025, o rendimento anual estimado chega a cerca de 13,93 por cento. Além disso, a empresa apresenta uma relação preço/lucro em torno de 7,0 vezes para os próximos doze meses, número que interpretamos como indicativo de uma ação negociada a múltiplos atrativos frente ao potencial de lucros futuros.

Apesar disso, um ponto novo entrou no radar dos investidores brasileiros, a mudança na tributação dos dividendos, a nova legislação prevê que, a partir de 2026, dividendos pagos por uma mesma empresa a um indivíduo ficarão sujeitos à retenção de 10 por cento caso ultrapassem 50 mil reais em um único mês.

Esse limite não considera o total de dividendos recebidos de todas as empresas, mas sim o valor mensal pago por cada empresa separadamente. Isso significa que, se um investidor recebe 40 mil reais em dividendos de uma companhia e mais 40 mil de outra no mesmo mês, nenhum desses montantes seria tributado, já que cada fonte individual ficou abaixo do limite. Por outro lado, se uma única empresa pagar 60 mil reais em um determinado mês, todo o valor pago estará sujeito à retenção.

O projeto também introduz um imposto mínimo anual para pessoas cuja renda total supere 600 mil reais por ano. Essa regra alcança a soma de todas as fontes de renda do contribuinte, incluindo salários, dividendos, juros e outras receitas. A partir desse patamar anual, aplica-se uma tributação progressiva que pode chegar a 10 por cento sobre a parcela que excede determinados níveis de renda. Em termos práticos, mesmo investidores que não ultrapassam o limite mensal de 50 mil reais em dividendos de uma empresa podem, ao final do ano, ser alcançados pelo imposto mínimo caso seus rendimentos totais sejam elevados.

Há, contudo, uma exceção relevante: dividendos referentes a lucros apurados até 2025 e cuja distribuição for aprovada ainda dentro de 2025 poderão ser pagos até 2028 sem incidência da nova retenção. Isso significa que a distribuição anunciada pela Itaúsa, caso seja formalmente aprovada dentro do exercício de 2025, tende a escapar da tributação adicional, preservando o rendimento bruto prometido aos acionistas.

De forma ampla, vemos a Itaúsa como uma holding de elevada qualidade, sustentada principalmente pela participação no Itaú Unibanco, que permanece como seu ativo mais relevante. A rentabilidade continua robusta: o retorno sobre o patrimônio nos últimos doze meses atingiu 17,2 por cento, enquanto o lucro do banco tem avançado de maneira consistente, crescendo em torno de 10 por cento ao ano. Essa combinação de crescimento de resultados, geração de caixa forte e histórico de distribuição generosa de proventos reforça o potencial da companhia para seguir entregando retornos expressivos ao acionista nos próximos doze meses.


E Eu Com Isso?

Outro ponto que merece destaque é o valuation atrativo. Mesmo com a solidez operacional e a perspectiva positiva de resultados, a Itaúsa ainda negocia a múltiplos considerados descontados quando comparados ao seu próprio histórico e à média do setor. Há espaço para que as ações voltem a ser negociadas perto de 10 vezes lucro, patamar que sugere um potencial de valorização interessante, especialmente se combinado ao fluxo de dividendos esperado para os próximos anos.

Além do Itaú, a holding também possui participação em empresas com forte capacidade de expansão, como a Aegea, focada no setor de saneamento. Trata-se de uma área com elevada demanda reprimida no Brasil e com forte tendência de investimentos estruturais no longo prazo. A presença da Itaúsa nesse segmento reforça a diversificação do portfólio e amplia as fontes de crescimento futuro, criando novas avenidas de geração de valor para o acionista.

Diante desse conjunto de fatores, mantemos uma visão construtiva para a Itaúsa e para as ações ITSA4. O equilíbrio entre rentabilidade elevada, crescimento consistente, política de distribuição atrativa e valuation ainda abaixo do potencial sustenta nossa percepção positiva para o desempenho dos papéis no médio e longo prazo.



RD Saúde (RADL3) divulga plano de expansão e bonificação deixa mercado cauteloso

A RD Saúde (RADL3) divulgou um comunicado relevante que movimentou suas ações no dia anterior. Apesar de tentar transmitir previsibilidade estratégica, o mercado reagiu com cautela, e os papéis recuaram cerca de 2,0 por cento. A combinação de aumento de capital, bonificação de ações e guidance de expansão para 2026 gerou certo ceticismo entre os investidores.

O anúncio detalha a proposta de aumento de capital social em 750 milhões de reais por meio da capitalização de reservas, acompanhada de uma bonificação de 2 por cento em ações para os acionistas. Embora seja uma prática comum, essa iniciativa não representa geração imediata de valor econômico e levantou questionamentos sobre o timing escolhido.

Em um cenário de margens pressionadas, custos crescentes e maior competição no varejo farmacêutico, a bonificação pode ter soado menos como fortalecimento da empresa e mais como tentativa de amenizar a percepção de resultados mais modestos no curto prazo.

A companhia também divulgou projeção de abertura de lojas para 2026, estimando entre 330 e 350 inaugurações brutas, com base em sua capacidade financeira, disponibilidade de pontos comerciais e estrutura interna. Embora expressivo, parte do mercado enxerga risco em manter uma expansão acelerada em um ciclo econômico menos favorável ao consumo. O ritmo elevado de inaugurações aumenta despesas iniciais, alonga o prazo de maturação das lojas e pode pressionar o retorno sobre o capital investido.

No aspecto de valuation, a RD Saúde negocia atualmente a cerca de 30 vezes o lucro (P/L), um patamar elevado frente ao histórico do setor, com múltiplo P/VPA em torno de 5,9x, refletindo expectativas de crescimento já embutidas no preço das ações. Em momentos de expansão intensa, margens pressionadas e maior necessidade de capital, múltiplos elevados tornam o mercado mais sensível a qualquer sinal de desaceleração nos resultados.

Enquanto isso, o investidor precisa ponderar que, embora o plano de expansão seja ambicioso e reforce a presença da RD Saúde no mercado, ele também implica em maiores gastos de capital e riscos operacionais.

Cada nova loja exige investimento inicial significativo, tempo até atingir maturação e pressão sobre margens já apertadas. Assim, a expectativa de crescimento precisa ser equilibrada com a disciplina financeira e a capacidade de gerar retorno consistente para que a estratégia não comprometa a rentabilidade futura.

 
E Eu Com Isso?
 
O conjunto de informações sobre bonificação, aumento de capital e plano de expansão robusto foi recebido com cautela pelo mercado. O investidor, atento à desaceleração gradual das vendas mesmas lojas e à pressão sobre custos operacionais, tende a manter postura conservadora enquanto não houver sinais claros de melhora na lucratividade, retorno das novas unidades e capacidade da empresa de sustentar seus múltiplos atuais.

Em resumo, o mercado observa de perto a execução do plano de expansão da RD Saúde e a eficácia das medidas para fortalecer sua estrutura de capital. A empresa demonstra ambição e capacidade de crescimento, mas os investidores permanecem cautelosos, equilibrando a expectativa de expansão com disciplina financeira.




DISCLAIMER
A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE

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As expectativas de dezembro e as projeções para 2026 https://levanteideias.com.br/artigos/as-expectativas-de-dezembro-e-as-projecoes-para-2026 https://levanteideias.com.br/artigos/as-expectativas-de-dezembro-e-as-projecoes-para-2026#respond Mon, 01 Dec 2025 13:07:42 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52627 O post <strong>As expectativas de dezembro e as projeções para 2026</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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Mercados com Rafael Bevilacqua

Faltando apenas 31 dias para 2026, os investidores estão dedicados a traçar cenários para o próximo ano. A segunda semana do mês terá as últimas reuniões do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) e de seu equivalente americano, o Federal Open Market Committee (Fomc).

Deve haver poucas surpresas em relação aos resultados. No caso do Copom, na sexta-feira (28) havia 95 por cento de probabilidade de manutenção da taxa Selic nos atuais 15 por cento ao ano. No caso do Fomc, a ferramenta FedWatch mostrava uma expectativa de 84 por cento de corte dos Fed Funds em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,50 e 3,75 por cento ao ano.

Para traçar essas projeções com mais precisão, os participantes do mercado contam com os indicadores econômicos que devem ser divulgados nos próximos dias, em especial os índices de inflação e de emprego. Os dados de inflação tiveram sua divulgação afetada pela paralisação das atividades do governo americano (“shutdown”) por 43 dias, o que torna mais difícil fazer previsões.

Por isso, os membros do Fomc não poderão contar com índices de inflação como o Consumer Price Index (CPI) e o Personal Consumption Expenditure (PCE), conhecido como a “inflação do FED” (referindo-se ao banco central americano) para tomar sua decisão. Os números de novembro só serão divulgados após a reunião. A publicação do CPI de novembro está agendada para 18 de dezembro, e a divulgação do PCE de novembro ainda não tem data prevista.

Alguns números relevantes deverão ser divulgados nesta semana. Entre eles estão o relatório de empregos do setor privado elaborado pela empresa ADP e diversos indicadores de atividade do ISM, mostrando a temperatura dos negócios na indústria e nos serviços. No entanto, os membros do Fomc estão tendo de pilotar a política monetária por instrumentos, sem ter acesso aos dados primários.

Um indicador de risco, a cotação do bitcoin, está em forte baixa no início da manhã. A criptomoeda mais negociada é cotada a 86,5 mil dólares, queda de 5,5 por cento em relação à sexta-feira. Os investidores estão reticentes com relação a uma falha crítica na plataforma DeFi Yearn Finance, que trouxe preocupações sobre liquidez e sobre a criação de tokens não autorizados.



Petrobras (PETR4) divulga plano plurianual 2026-2030


Na noite da quinta-feira (27), a Petrobras (PETR4) divulgou seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, prevendo aportes entre 91 bilhões e 109 bilhões de dólares no período. Considerando um câmbio de 5,35 reais por dólar, o montante total equivale a aproximadamente 535 bilhões de reais. Mesmo diante de um cenário de preços mais baixos do petróleo, o plano mantém o foco no crescimento da companhia, preservando a sustentabilidade financeira.

Para 2026, ano com maior grau de precisão nas projeções, a Petrobras estima investimentos de cerca de 16,9 bilhões de dólares, ou aproximadamente 95 bilhões de reais. Para os anos de 2029 e 2030, há previsão de redução nos investimentos, embora, em nossa avaliação, o impacto seja menor em comparação à análise detalhada do próximo ano.

Os recursos continuarão sendo majoritariamente direcionados ao segmento de Exploração e Produção, que deverá receber 76,3 por cento da alocação em 2026. Esse percentual tende a crescer nos próximos anos, à medida que a Petrobras avança seu plano de expansão nos segmentos de Refino, Transporte e Comercialização.

No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, a empresa pretende alocar 16,5 por cento dos recursos, com foco na ampliação da produção de diesel, cuja participação na produção total deve passar de 40 por cento para 45 por cento.

Já o segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono receberá 6,7 por cento do montante total, com investimentos prioritariamente voltados para etanol e biodiesel, acompanhando as tendências globais de transição energética.

A Petrobras também apresentou projeções de geração de caixa, que servirão para financiar tanto o plano de investimentos quanto a remuneração aos acionistas. Para 2026, a expectativa é gerar entre 190 bilhões e 200 bilhões de reais em Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais nos próximos 12 meses.

Considerando investimentos de aproximadamente 95 bilhões de reais no próximo ano e aplicando a fórmula de pagamento de dividendos, estimamos uma distribuição de proventos entre 40 bilhões e 45 bilhões de reais, equivalente a um dividend yield de 10 por cento a 11 por cento.

O endividamento da companhia permanece em nível confortável, com relação dívida líquida/EBITDA em 1,5x, patamar que a empresa pretende manter nos próximos anos.



Axia (AXIA3) propõe grande distribuição de proventos e busca Novo Mercado

A Axia Energia, antiga Eletrobras, informou ao mercado que a decisão de propor a distribuição de quase 40 bilhões de reais em reservas de lucros, em forma de proventos, marcou um dos movimentos corporativos mais relevantes do setor elétrico brasileiro nos últimos anos. A proposta, embora tenha sido imediatamente associada à ideia de um mega dividendo, é mais complexa e envolve uma engenharia societária que busca equilibrar governança, planejamento tributário, flexibilidade financeira e previsibilidade para os acionistas.

O plano consiste em transformar essas reservas acumuladas em uma nova classe de ações preferenciais, chamadas PNC, que seriam distribuídas gratuitamente aos acionistas na forma de bonificação.

Essas ações não representam um dividendo em dinheiro imediato, mas sim um crédito econômico que pode se materializar no futuro através de pagamento de proventos, recompras ou conversões em ações ordinárias.

A criação das PNCs responde a uma conjuntura regulatória e tributária que vem pressionando empresas brasileiras a encontrar modelos mais eficientes de distribuição de lucros. Com a perspectiva de taxação de dividendos em breve, muitas companhias buscam estratégias para antecipar o reconhecimento de reservas e, ao mesmo tempo, preservar a capacidade de escolher o melhor momento para realizar pagamentos em dinheiro.

A estrutura desenhada pela Axia dá à administração a possibilidade de decidir, exercício a exercício, se converterá PNCs em dividendos, se recomprará parte delas ou se as transformará em ações ordinárias até 2031. Esse longo prazo oferece grande margem de manobra, permitindo adaptação a diferentes cenários fiscais, regulamentares ou setoriais.

Além da questão tributária, o movimento está inserido em um esforço mais amplo de fortalecimento da governança corporativa. A empresa retomou estudos para migrar para o Novo Mercado da B3, segmento que exige o uso exclusivo de ações ordinárias e padrões elevados de transparência e direitos aos acionistas.

A classe PNC, mesmo sendo preferencial, foi desenhada com direito a voto, justamente para não violar os princípios de igualdade e não criar assimetrias que comprometeriam uma eventual migração. Esse desenho reforça o compromisso declarado da companhia com práticas de governança que atendam às expectativas de investidores institucionais e internacionais, muitos dos quais consideram imprescindível a presença no Novo Mercado para incluir o papel em seus portfólios.

Para os acionistas, a proposta abre um leque de potenciais benefícios, mas também exige compreensão dos riscos e da natureza mais gradual desse tipo de mecanismo. Em tese, reconhecer quase 40 bilhões de reais como reserva distribuível deveria representar uma sinalização positiva sobre a robustez financeira da empresa e sua disposição de retornar valor aos investidores.

 
E Eu Com Isso?
 
No entanto, a ausência de pagamento imediato significa que parte desse valor só será percebida ao longo dos próximos anos, dependendo de decisões futuras da administração e das condições de mercado. Ainda assim, o fato de que cada PNC carrega um direito econômico explícito tende a ancorar expectativas positivas sobre o valor das ações, sobretudo se o mercado acreditar na capacidade da empresa de gerar caixa e se beneficiar das mudanças de governança.

A proposta será levada à votação em assembleia de acionistas no fim de 2025, etapa crucial para sua implementação. Até lá, investidores acompanharão atentamente não apenas a evolução regulatória e tributária, mas também a performance operacional da Axia, seu plano estratégico e sua eventual mudança de segmento de governança.

Em um setor que exige investimentos pesados e possui forte influência estatal, a capacidade de construir previsibilidade e confiança pode ser tão valiosa quanto os próprios dividendos prometidos. Assim, a iniciativa da Axia representa não apenas uma movimentação financeira, mas um gesto simbólico: o de tentar redefinir sua relação com o mercado após anos de transformações estruturais.




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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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O fim de um novembro atípico: Ibovespa em alta e Wall Street em baixa. https://levanteideias.com.br/artigos/o-fim-de-um-novembro-atipico-ibovespa-em-alta-e-wall-street-em-baixa https://levanteideias.com.br/artigos/o-fim-de-um-novembro-atipico-ibovespa-em-alta-e-wall-street-em-baixa#respond Fri, 28 Nov 2025 12:51:01 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52625 O post O fim de um novembro atípico: Ibovespa em alta e Wall Street em baixa. apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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Mercados com Rafael Bevilacqua

As estatísticas são claras. Novembro é um mês de alta em Wall Street. Um levantamento do comportamento dos mercados desde 1950 mostra que, na média, o índice americano S&P de 500 ações se valoriza 1,8 por cento no penúltimo mês do ano. E no primeiro ano de mandato de um presidente, essa alta é de 1,6 por cento. No entanto, este novembro está sendo totalmente atípico.

O último pregão do mês se inicia com uma perspectiva diferenciada para os mercados no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o Ibovespa teve um mês bastante positivo. A alta acumulada no mês até a quinta-feira (27) era de 5,9 por cento em reais e de 6,6 por cento em dólares. Já em Wall Street, o índice S&P de 500 ações recuou 0,4 por cento até a quarta-feira (26) e o Nasdaq caiu 2,15 por cento – não houve pregão na quinta-feira devido ao feriado nacional do Dia de Ação de Graças.

Em geral, quando o Ibovespa e os índices americanos seguem caminhos diferentes, as ações sobem por lá e recuam por aqui – principalmente pelos problemas domésticos. No entanto, em novembro ocorreram dois movimentos distintos.

Os investidores americanos revisaram para pior suas expectativas com as ações das empresas de tecnologia, em especial as de inteligência artificial (IA). A preocupação não é com o crescimento do setor – os usuários das diversas ferramentas de IA seguem fiéis a seus pilotos e continuam compartilhando animadamente prompts para funções diversas.

A questão é se os investimentos bilionários dessas empresas para desenvolver software e, mais preocupante, capacidade de processamento terão retorno financeiro. Na dúvida, muitas ações caíram. Não foi um acaso que o Nasdaq, que tem predomínio das ações de tecnologia, tenha caído mais do que o S&P 500.

Por aqui, os investidores celebraram expectativas melhores para os juros comprando ações. Há uma perspectiva de que o Federal Reserve (FED), o banco central americano, reduza os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião do ano do Federal Open Market Committee (Fomc), agendada para os dias 9 e 10 de dezembro.

E apesar de haver 92 por cento de expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a Selic inalterada em 15 por cento na reunião agendada para a mesma data, os investidores esperam uma sinalização de afrouxamento da política monetária em 2026. Esses dois cenários distintos justificaram os movimentos diferenciados dos índices.

Vai continuar? A política de Donald Trump de alterar tarifas e regras para o fluxo de trabalhadores para os Estados Unidos adiciona um componente de incerteza para a economia. Essa incerteza quer dizer mais risco. Os mercados acionários funcionam como um amplificador das expectativas, e isso se reflete no aumento da volatilidade. Por isso, a única certeza é que será mais difícil prever o comportamento das ações ao longo das próximas semanas.


E Eu Com Isso?

O movimento da manhã em Wall Street está sendo prejudicado por uma falha técnica no centro de dados da bolsa de Chicago, a CME, que paralisou temporariamente as negociações de contratos futuros nos Estados Unidos e dificulta uma leitura mais precisa dos ativos americanos neste início de dia. Sem o parâmetro do mercado americano, o Ibovespa recuou na quinta-feira (27) mas manteve o nível de 158 mil pontos. Não se descarta a hipótese de que a realização de lucros continue.

Para terminar, quero compartilhar uma novidade exclusiva.

Levante Master Black já está no ar e apresenta uma condição única na história da Levante.

Você poderá entender como funciona o acesso vitalício a todas as estratégias.

As vagas são restritas e podem esgotar rapidamente.


 Mercado especula que Ultrapar (UGPA3) estaria montando posição em Rumo (RAIL3)


Nos últimos dias, alguns movimentos no mercado acionário chamaram a atenção por sugerirem que a Ultrapar (UGPA3) pode estar realizando uma entrada gradual na Rumo (RAIL3), uma das principais companhias de infraestrutura ferroviária do país.

Embora não haja comunicado oficial, segundo o Brazil Journal foram observados fluxos que indicam que a holding estaria buscando exposição econômica ao ativo por meio de instrumentos derivativos, especialmente contratos conhecidos como total return swaps. Esse tipo de operação é utilizado por investidores que desejam capturar o desempenho de uma ação sem necessariamente adquirir a posição direta na Bolsa.

Nesse arranjo, uma instituição financeira compra os papéis no mercado tradicional e transfere ao investidor os ganhos e perdas da variação desses ativos. Em troca, recebe uma remuneração previamente definida. Esse mecanismo tem sido cada vez mais usado para operações estruturadas, pois combina discrição com eficiência de alocação de capital.

A dinâmica de mercado reforçou essa interpretação. Nas últimas sessões, houve um aumento do volume negociado das ações da Rumo, com um pregão registrando a movimentação de mais de doze milhões e meio de papéis, número bastante superior ao padrão recente. O mercado especula que esse movimento está ligado à atuação de um banco internacional, que, segundo leituras de fluxo, poderia ser o Morgan Stanley, embora nada tenha sido oficialmente confirmado.

Esse interesse surge em um momento em que a ação da Rumo vinha sendo negociada próxima aos níveis mais baixos dos últimos anos. Em cenários como esse, investidores com horizonte de longo prazo costumam reavaliar oportunidades, sobretudo quando a companhia em questão possui ativos únicos, posição estratégica no setor e perspectivas de expansão. No caso da Rumo, o avanço da malha ferroviária, a integração logística e a relevância do agronegócio brasileiro sustentam expectativas de crescimento consistente no médio e no longo prazo.

A estrutura de governança da Rumo, por sua vez, estabelece mecanismos que preservam a estabilidade acionária ao exigir oferta pública caso um novo investidor ultrapasse 15 por cento do capital. Esse tipo de cláusula tende a desencorajar movimentos abruptos e reforça a necessidade de qualquer investidor interessado adotar uma estratégia gradual.

A Ultrapar mantém um portfólio diversificado, que inclui operações em combustíveis, GLP, petroquímica e armazenagem, além da presença crescente em ativos logísticos, como demonstrado pela aquisição de controle da Hidrovias do Brasil. Esse histórico recente sugere que a holding avalia oportunidades que ampliem sua exposição à infraestrutura essencial, reforcem sinergias operacionais e contribuam para a resiliência do grupo.


E Eu Com Isso?

Outro ponto que fortalece a interpretação de um interesse estratégico da Ultrapar é o atual presidente do conselho, que participou anteriormente da reestruturação que deu origem ao modelo operacional atual da Rumo.

Essa experiência prévia facilita a leitura do setor e contribui para identificar oportunidades alinhadas com o perfil de investimentos da holding, que tradicionalmente privilegia negócios com estabilidade de fluxo, relevância logística e vínculos naturais com energia e infraestrutura.

Diante desse contexto, seguimos com visão neutra para os papéis envolvidos, mas monitoramos de perto a evolução do fluxo de mercado. Continuamos revisando nossos modelos de avaliação por Fluxo de Caixa Descontado, buscando identificar ativos com potencial de retorno mais elevado e fundamentos capazes de sustentar valorização ao longo do tempo.



Vibra (VBBR3) inicia fornecimento regular de SAF em Salvador, ações avançam

A Vibra Energia (VBBR3) iniciou recentemente o fornecimento de combustível sustentável de aviação (SAF) no Aeroporto Internacional de Salvador, em parceria com o governo da Bahia. A operação marca a primeira utilização contínua deste tipo de combustível em voos comerciais no Brasil. Do ponto de vista do investidor, o movimento representa um avanço na estratégia de diversificação da companhia, mas ainda em fase inicial de desenvolvimento frente ao peso atual do portfólio tradicional da empresa.

O SAF passou a abastecer rotas operadas por GOL e LATAM, em voos diários conectando Salvador a Brasília e São Paulo. A mistura utilizada 10 por cento de SAF e 90 por cento de querosene convencional, segue o padrão aceito internacionalmente, permitindo uso em aeronaves comerciais sem necessidade de adaptações. Para a Vibra, esse fornecimento abre espaço para testar a maturidade operacional e logística desse produto em escala comercial, avaliando custos, demanda das companhias aéreas e viabilidade de expansão.

Embora o mercado de SAF ainda seja pequeno e com preços superiores ao combustível fóssil, há pressão regulatória e ambiental crescente no setor aéreo, o que pode estimular novos contratos no futuro. Para o investidor de VBBR3, o ponto-chave é observar se essa operação se consolida como uma linha de negócio capaz de ganhar participação relevante dentro do faturamento total da empresa, já que, por enquanto, tem participação marginal frente às operações de distribuição de combustíveis tradicionais.

A capilaridade logística da Vibra pode favorecer a expansão futura desse tipo de fornecimento, caso a demanda aumente. A empresa possui uma rede ampla de infraestrutura de distribuição, o que facilita a integração do SAF às suas operações. No entanto, ainda existe dependência de terceiros na produção do combustível, além de limitações de oferta no mercado nacional, fatores que tendem a influenciar a velocidade de crescimento desse segmento.

A entrada no fornecimento de SAF é coerente com os compromissos públicos assumidos pela companhia em relação à transição energética. Entretanto, é importante diferenciar iniciativas com impacto reputacional positivo, de impactos financeiros de curto prazo, que devem permanecer limitados até que haja escalabilidade na produção e redução de custos.

 
E Eu Com Isso?
 
Para o acionista, o principal benefício imediato está mais relacionado ao posicionamento estratégico do que ao resultado financeiro direto, ao menos no primeiro momento. O fornecimento regular de SAF coloca a Vibra entre as empresas brasileiras que estão se preparando para atender demandas futuras de descarbonização, especialmente em setores de difícil redução de emissões, como a aviação. Ainda assim, é cedo para estimar o tamanho real do mercado nacional ou o papel que a empresa poderá ocupar nele.

A operação em Salvador representa um avanço dentro da agenda de transição energética da Vibra, mas ainda não altera a estrutura de receitas da companhia. Trata-se de um movimento em relação ao desenvolvimento da cadeia de produção de SAF no Brasil, à evolução regulatória e ao interesse das companhias aéreas em adoção mais ampla do combustível. 

De maneira geral, seguimos observando Vibra como bem precificada neste momento.


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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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A boa notícia do IGPM e o feriado americano https://levanteideias.com.br/artigos/a-boa-noticia-do-igpm-e-o-feriado-americano https://levanteideias.com.br/artigos/a-boa-noticia-do-igpm-e-o-feriado-americano#respond Thu, 27 Nov 2025 13:30:42 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52622 O post <strong>A boa notícia do IGPM e o feriado americano</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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Mercados com Rafael Bevilacqua

Apesar de celebrar o Dia Nacional de Ação de Graças ser um costume observado praticamente apenas nos Estados Unidos e que – ao contrário do Halloween, não pegou no Brasil – os investidores brasileiros não estariam errados se parassem por um momento para agradecer pelo bom momento da inflação (e do pregão na B3).

Em dia de liquidez reduzida à suspensão dos negócios em Wall Street, o pregão deve se iniciar com uma notícia positiva. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro. A inflação foi de 0,27 por cento, invertendo a deflação (queda de preços) de 0,36 por cento em outubro. Com esse resultado, o índice acumula queda 0,11 por cento em 12 meses. Para comparar, em novembro de 2024 o IGP-M havia subido 1,30 por cento e a alta em 12 meses era de 6,33 por cento.

Segundo a FGV, “apesar da alta do IGP-M no mês, chama atenção o fato de que a taxa em 12 meses voltou ao campo negativo, algo que não ocorria desde maio de 2024”. No comunicado, a Fundação informou que esse resultado está muito relacionado ao comportamento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ao longo do ano. “Em boa parte de 2025 prevaleceram quedas expressivas de preços de produtos industriais e agropecuários e o IPA registrou variações negativas em vários meses”. Em novembro, o IPA subiu 0,27 por cento, invertendo o movimento de outubro, quando houve uma queda de 0,59 por cento.

Os números mostram uma desaceleração da inflação no atacado a partir de maio deste ano. A variação do IPA em 12 meses recuou de 7,68 por cento em maio para 4,02 por cento em junho, até alcançar a deflação atual de 2,06 por cento. “A queda do IGP-M em 12 meses seria ainda maior não fosse a compensação exercida pelos preços ao consumidor e pelos custos da construção”, segundo o comunicado da FGV.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,25 por cento, acelerando em relação à alta de 0,16 por cento de outubro, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,28 por cento, acelerando em relação aos 0,21 por cento de alta de outubro.

Índice menos previsível que o IPCA, que baliza as metas de inflação, o IGP-M é um bom indicador antecedente da inflação. O que ocorre nos preços no atacado tende a se repetir, com alguma defasagem, no varejo. Apesar de ter voltado para o campo positivo, o IPA indica uma inflação relativamente controlada no atacado, o que reforça a hipótese de um IPCA dentro da meta nos próximos meses, permitindo que o Banco Central (BC) comece a afrouxar a política monetária. Isso pode levar os investidores a esperar mais um dia de alta nos pregões apesar da redução de volume devido ao feriado americano.


E Eu Com Isso?

O cenário positivo para a inflação permite uma valorização estrutural das ações, o que vem garantindo os recordes sucessivos do Ibovespa. No entanto, a alta de preços e o feriado americano poderão levar a um movimento de realização de lucros, o que amplifica a volatilidade potencial do mercado.

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade



Grupo Mateus (GMAT3): Ajustes contábeis impactam patrimônio e afetam ações


O balanço do Grupo Mateus referente ao terceiro trimestre de 2025 apresenta um cenário de contrastes, combinando crescimento operacional expressivo com ajustes contábeis relevantes, que chamam atenção para a governança e os controles internos da companhia.

A empresa registrou receita líquida de aproximadamente 10,8 bilhões de reais, representando crescimento de 29,1 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA ajustado, apurado após IFRS 16 e excluindo efeitos extraordinários, atingiu cerca de 855 milhões de reais, com margem em torno de 7,9 por cento.

O lucro líquido ajustado, sem considerar eventos não recorrentes, foi de 509 milhões de reais, aumento de 48,4 por cento sobre o 3T24. Esses números refletem um desempenho operacional sólido, mesmo diante de desafios de mercado e inflação de custos.

No entanto, o trimestre também foi marcado por uma reavaliação contábil significativa. A companhia identificou que os estoques estavam supervalorizados em aproximadamente 1,1 bilhão de reais, o que levou a uma redução do saldo contabilizado em dezembro de 2024 de 6,0 bilhões para 4,9 bilhões de reais.

O ajuste impactou diretamente o patrimônio líquido, com queda de cerca de 695 milhões de reais. Para o mercado, a magnitude da correção trouxe desconforto, uma vez que ajustes retroativos podem dificultar a leitura clara da lucratividade da empresa.

O desempenho operacional apresentou sinais mistos. As vendas em mesmas lojas cresceram 2,8 por cento no consolidado, abaixo do crescimento registrado no ano anterior, uma desaceleração de 4,9 pontos percentuais. Nos formatos de atacarejo e varejo alimentar, o desempenho foi negativo, com quedas de 0,9 por cento e 0,3 por cento, respectivamente. Esses números indicam que, embora a receita total continue em alta, o ritmo de crescimento em lojas já existentes está mais lento.

A reação do mercado foi imediata. As ações da companhia recuaram cerca de 10 por cento logo após a divulgação do balanço e, em poucos dias, acumularam retração de até 25 por cento. Analistas e investidores destacaram que os ajustes contábeis retroativos tornam mais complexa a avaliação da lucratividade real e aumentam a atenção sobre potenciais fragilidades nos processos de controle interno.


E Eu Com Isso?

O episódio também ganhou relevância diante da recente troca de auditoria no início de 2025. A substituição trouxe maior rigor técnico na análise das demonstrações financeiras, mas aumentou a sensibilidade do mercado sobre possíveis lacunas na governança contábil da empresa.

A revisão de estoques evidenciou a questão da avaliação anterior e reforçou a necessidade de processos de controle mais robustos, especialmente para uma companhia de varejo de grande porte, com múltiplos formatos de loja, operações complexas e desafios logísticos e tributários.

O terceiro trimestre do Grupo Mateus mostra um cenário dual: crescimento operacional sólido, com receita, EBITDA e lucro líquido ajustado em alta, mas com ajustes contábeis expressivos que afetaram o patrimônio líquido e a percepção do mercado.

O episódio evidencia a importância de controles internos rigorosos e de comunicação transparente, elementos fundamentais para garantir a confiança de investidores e a clareza na leitura das demonstrações financeiras, mesmo em um contexto de expansão das operações.
STF marca julgamento sobre participação do governo na Axia Energia (AXIA3)

O STF marcou para 27 de novembro o julgamento sobre a participação do governo no conselho da Axia Energia (AXIA3), nova denominação da Eletrobras. O caso envolve o acordo firmado entre a União e a empresa em fevereiro, que buscava definir a limitação de 10 por cento do direito de voto.

Atualmente, o governo detém 43 por cento das ações com direito a voto e pretende indicar três dos dez membros do Conselho de Administração da companhia. A decisão deve trazer maior estabilidade à empresa.

Embora o tema tenha sido inicialmente apreciado no plenário virtual, a transferência para o plenário físico permitirá um debate mais aprofundado, aumentando a chance de uma solução consolidada. A proposta intermediária, que garante à União a indicação de três membros do conselho e um do Conselho Fiscal, tende a pacificar o arranjo de governança e avançar na consolidação da privatização.

A suspensão temporária do plano de investimentos da Eletronuclear, incluindo Angra 3, possibilita que a empresa reorganize suas prioridades estratégicas, mantendo flexibilidade na gestão dos ativos. Essa pausa permitirá que a companhia foque em investimentos em geração e transmissão de energia, segmentos em que sua gestão atua efetivamente.

A venda da Eletronuclear simplifica o portfólio da Axia, permitindo maior foco em ativos estratégicos e operação mais eficiente. Apesar do impacto contábil, a operação reforça a disciplina financeira e abre espaço para investimentos futuros.

A companhia também anunciou recentemente a mudança de nome de Eletrobras para Axia Energia, como parte de um rebranding que reforça sua identidade no mercado. O reposicionamento ajuda a empresa a se destacar como companhia privada, mantendo a confiança do mercado e buscando atrair investidores institucionais, no Brasil e no exterior.

Além disso, a Axia anunciou a distribuição de 8,3 bilhões de reais em dividendos, movimentando positivamente suas ações. Com isso, a companhia apresenta atualmente uma rentabilidade em proventos de 6 por cento, tornando-se uma opção atraente para investidores que buscam retorno consistente.

 
E Eu Com Isso?
 
De forma geral, a Axia continua avançando na reorganização societária e na simplificação da estrutura de ativos, buscando se distanciar da gestão governamental, ainda que o Estado mantenha presença com três dos dez conselheiros.

A companhia tem conseguido resolver situações complexas, como questões de governança e a venda da Eletronuclear, além de iniciativas relacionadas à marca, como a mudança de nome e a distribuição de dividendos, demonstrando seu comprometimento com o retorno aos investidores.



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A principal notícia econômica desta quarta-feira (26), último pregão antes do feriado americano do Dia de Ação de Graças, foi a divulgação da inflação de novembro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). A variação de preços foi de 0,20 por cento, levemente acima da estimativa e da inflação de outubro, ambas em 0,18 por cento.

A variação de preços em 12 meses ficou em exatos 4,50 por cento, limite superior da banda de flutuação da meta de inflação. O resultado acumulado ficou marginalmente acima da projeção de 4,49 por cento e abaixo dos 4,94 por cento nos 12 meses até outubro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Despesas pessoais (0,85 por cento e 0,09 p.p.). Nesse grupo, o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18 por cento) e no pacote turístico (3,90 por cento), com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p, respectivamente.

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, inflação usada pelo Banco Central (BC) como parâmetro da meta de inflação. A única diferença é o prazo de medição. O IPCA-15 considera a variação de preços entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês corrente, ao passo que o IPCA “cheio” observa a variação dos preços no mês fechado. Por isso, o IPCA-15 é uma antecipação excelente da inflação oficial.

Foi a primeira inflação dentro do teto da meta de 2025. A meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e defendida pelo Banco Central (BC) é de 3 por cento, com 1,5 ponto percentual de tolerância para mais ou para menos. O teto da meta é de 4,50 por cento e o resultado esperado pode ficar dentro dessa faixa.

Os investidores esperam que, no horizonte de política monetária do BC, com planejamento até 2027, a inflação continue dentro da banda de tolerância, sem necessidade de alta adicional de juros, com um eventual repique isolado em janeiro de 2026, voltando a recuar depois.

A redução da expectativa do IPCA para 2025 e a possibilidade de inflação acumulada em 12 meses permanecer dentro da meta em dezembro reforçam a convicção de que a manutenção da taxa referencial Selic em um patamar elevado vem surtindo efeito.

Algumas instituições financeiras já revisaram suas projeções para dezembro, levando a inflação projetada para algo próximo ao teto da meta, o que sugere crescente convicção de convergência para o intervalo desejado. Apesar disso, a inflação ainda deve demorar para convergir ao centro da meta de 3 por cento, o que reduz a probabilidade de o BC iniciar uma redução da Selic já em dezembro.

No entanto, a edição mais recente do Relatório Focus, divulgada na segunda-feira (24) trouxe uma leve redução na Selic esperada para o fim de 2026, que caiu para 12 por cento ante os 12,25 por cento que valeram por 12 semanas. A confirmação de uma queda no IPCA-15, e uma eventual baixa no IPCA “cheio” que será divulgado em dezembro, podem levar o BC a sinalizar algo mais concreto na baixa de juros na reunião do Copom agendada para os dias 9 e 10 de dezembro.


E Eu Com Isso?

Os contratos futuros dos principais índices americanos e as cotas do Exchange Traded Fund (ETF) EWZ iShares MSCI Brazil negociados em Nova York estão em alta no pré-mercado. A confirmação de uma inflação dentro da meta pode melhorar as expectativas para os juros, o que é positivo para a bolsa. No entanto, a aproximação do feriado americano do Dia de Ação de Graças deve reduzir a liquidez, o que amplifica a volatilidade dos preços.

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Projeto de Lei da privatização da Copasa (CSMG3) avança na ALMG e ações sobem


Na segunda-feira (24), o Projeto de Lei 4.380/2025, que autoriza a privatização da Copasa (CSMG3), avançou mais uma etapa na Assembleia Legislativa. A Comissão de Administração Pública aprovou o relatório favorável à desestatização, permitindo que a proposta siga agora para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO). O parecer nessa nova fase já foi apresentado e deve ser votado nos próximos dias.

A expectativa do governo é concluir a tramitação em todas as comissões ainda nesta semana, para que o texto seja liberado ao plenário na semana seguinte. O cronograma repete a estratégia utilizada recentemente durante a votação da PEC que retirou a exigência de referendo popular para a privatização da companhia.

O Executivo mineiro argumenta que a desestatização é fundamental para ampliar a capacidade de investimento da Copasa e, ao mesmo tempo, liberar recursos que poderão ser direcionados ao abatimento de dívidas do estado no âmbito do Propag, programa federal voltado à reorganização fiscal dos entes federativos.

Pelo desenho da operação, a Copasa poderá ser convertida em corporation de capital privado, mas com a manutenção, pelo estado, de uma golden share. Esse instrumento garante poder de veto em decisões estratégicas, como mudança de sede, alteração do nome da empresa ou modificações relevantes no modelo de governança.

O projeto também determina que, em até 180 dias após a sanção da lei, o governo encaminhe uma proposta de criação do Fundo Estadual de Saneamento Básico. O fundo será responsável por financiar melhorias no setor e assegurar a continuidade de investimentos em regiões vulneráveis.

Durante as discussões nas comissões, foram incorporadas diretrizes para preservar a tarifa social, garantir a universalização dos serviços, inclusive em áreas rurais e de baixa densidade populacional e estabelecer mecanismos para assegurar a modicidade tarifária.

O plano ainda prevê a preservação dos contratos de trabalho dos empregados da Copasa por, no mínimo, 18 meses após a privatização, além da possibilidade de realocação de servidores para outras entidades estatais posteriormente.


E Eu Com Isso?

A privatização da Copasa tende a reposicionar o setor de saneamento em Minas Gerais dentro do radar dos investidores, especialmente considerando a combinação de demanda estável, necessidade de expansão de infraestrutura e potencial de ganhos de eficiência operacional. A entrada do capital privado no modelo proposto pode criar um ambiente mais favorável a investimentos e acelerar a execução de projetos que hoje enfrentam limitações de orçamento público.

Do ponto de vista de risco-retorno, o processo ainda depende de definições regulatórias e do desenho final de mecanismos de modicidade tarifária, que serão determinantes para a atratividade do ativo. A presença de uma golden share, embora mantenha o Estado com relevância, mas não inviabiliza a formação de um bloco relevante de investidores capazes de influenciar a gestão e buscar melhorias de performance, desde que haja previsibilidade normativa e segurança jurídica na transição.

Se confirmada no prazo esperado pelo governo, a operação poderá marcar um dos movimentos estruturais mais relevantes no mercado mineiro em décadas, com potenciais repercussões sobre valuations do setor, equilíbrio competitivo regional e fluxo de capitais para infraestrutura.

Para o investidor, acompanhar a evolução nas comissões, os ajustes do texto e a sinalização de órgãos reguladores será essencial para mensurar riscos e identificar oportunidades na janela que se abre no pós-privatização.
Cury (CURY3) aprova dividendos de 250 milhões de reais após resultados crescentes

Nesta semana, a Cury (CURY3) anunciou o pagamento de 250 milhões de reais em dividendos intercalares, movimento que se tornou o principal destaque recente da companhia e que reforça sua capacidade de geração de caixa. A decisão ocorre em um momento em que a empresa vem registrando bons resultados ao longo de 2025, mas chama atenção pelo volume da distribuição, refletindo a confiança da administração na estrutura de capital da incorporadora.

Em um setor historicamente marcado por ciclos de alavancagem e volatilidade, a companhia vem apresentando uma combinação de crescimento e disciplina financeira que permite remunerar acionistas, ainda que o ambiente de mercado permaneça desafiador.

No terceiro trimestre de 2025, a Cury reportou lucro líquido de 255 milhões de reais, avanço próximo de 50 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA foi de 340,3 milhões de reais, e a geração de caixa operacional atingiu mais de 233 milhões de reais, reforçando a liquidez da empresa.

O ritmo de lançamentos também é relevante para avaliar a sustentabilidade da distribuição de dividendos. No terceiro trimestre, o volume lançado atingiu 2 bilhões de reais, crescimento de cerca de 27 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas líquidas chegaram a 1,83 bilhão de reais. Nos primeiros meses do ano, os lançamentos somaram quase 2,8 bilhões de reais em VGV, distribuídos entre São Paulo e Rio de Janeiro.

Esses números mostram que a companhia mantém uma agenda ativa de projetos, ainda que a velocidade de execução e as condições do mercado possam influenciar os resultados futuros.

A estrutura financeira da Cury contribui para essa posição, com dívida bruta de cerca de 986 milhões de reais e caixa superior a 1,4 bilhão de reais, resultando em caixa líquido positivo. A maior parte das obrigações possui vencimentos longos, até 2031, o que reduz pressões imediatas sobre o fluxo de caixa. Essa configuração permite que a companhia continue lançando projetos e distribuindo dividendos, mas qualquer mudança no mercado imobiliário ou no financiamento habitacional pode impactar a liquidez futura.

 
E Eu Com Isso?
 
Os dividendos aprovados de 86 centavos por ação resultam em um Dividend Yield estimado em 7 por cento, dependendo da cotação considerada. O P/L da companhia está em 12,5 vezes, um múltiplo que já pode ser considerado elevado para uma incorporadora, e passa a depender de crescimento e margens acima da média.

Esses indicadores sugerem que o retorno ao acionista é relevante, mas a avaliação do risco permanece importante, considerando a sensibilidade do setor a juros, crédito e distratos.

Alguns pontos continuam sendo monitorados, como os distratos, que representaram cerca de 11 por cento das vendas brutas, e a leve redução no preço médio das unidades lançadas. Apesar disso, a Cury mantém margens relativamente elevadas e retorno sobre o patrimônio significativo.

O anúncio dos dividendos reflete a capacidade atual da companhia de gerar caixa e distribuir valor aos acionistas, mas a sustentabilidade desse desempenho dependerá de condições de mercado e execução operacional consistentes nos próximos trimestres.


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Mais diretores do FED defendem corte de juros americanos https://levanteideias.com.br/artigos/mais-diretores-do-fed-defendem-corte-de-juros-americanos https://levanteideias.com.br/artigos/mais-diretores-do-fed-defendem-corte-de-juros-americanos#respond Tue, 25 Nov 2025 13:14:16 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52595 O post <strong>Mais diretores do FED defendem corte de juros americanos</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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À medida que se aproxima a reunião de dezembro, mais membros do Federal Open Market Committee (Fomc), versão americana do Comitê de Política Monetária (Copom), defendem um corte nos juros dos Estados Unidos. Atualmente, os juros referenciais americanos (“FED Funds”) estão no intervalo entre 3,75 e 4,00 por cento ao ano, e a expectativa dos investidores é que haja uma redução para a faixa entre 3,50 e 3,75 por cento na última reunião de 2025.

Na segunda-feira (24) o diretor Christopher Waller disse durante uma entrevista que o mercado de trabalho americano está fraco o suficiente para justificar outro corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em dezembro. A presidente do FED de São Francisco, Mary Daly, disse também na segunda-feira que apoia a redução das taxas devido a preocupações com o mercado de trabalho.

No entanto, Waller não confirmou que os juros continuarão caindo em 2026. Ele afirmou que qualquer corte além do esperado em dezembro depende de indicadores que deixaram de ser divulgados devido à paralisação do governo (“shutdown”) e que só serão conhecidos após a reunião. Ele afirmou que desde a última reunião do Fomc em outubro, “os dados do setor privado indicam que o mercado de trabalho está fraco e que ele continua a enfraquecer”.

Waller disse que a decisão de janeiro pode ser um pouco mais complicada. “Vamos receber uma enxurrada de dados. Se forem consistentes com o que temos visto, então podemos justificar um corte em janeiro. Mas se os números mostrarem uma recuperação da inflação ou do emprego, ou se a economia estiver decolando, isso pode gerar preocupação” sobre novos cortes, afirmou ele.

Além de Waller e Daly, o presidente do FED regional de Nova York, John Williams, afirmou na sexta-feira (21) que os juros dos EUA poderiam cair sem colocar em risco a meta de inflação, de modo a evitar uma queda nos empregos.

Williams afirmou que o mercado de trabalho parece estar se enfraquecendo e comparou a taxa de desemprego de setembro com os anos pré-pandemia, “quando o mercado de trabalho não estava superaquecido”.

Sua opinião é relevante. Ao contrário do Copom, onde há nove membros, todos diretores do Banco Central do Brasil (BC) e todos com direito a voto, o Fomc tem mais participantes e menos eleitores.

Ao todo, são 12 membros, incluindo quatro dos 11 diretores dos FEDs regionais, que se alternam como eleitores. O diretor do FED de Nova York é o único deles que possui direito permanente de voto. Além do peso de sua decisão por si só, Williams não faria comentários tão assertivos sem o conhecimento (e a concordância) de Jerome Powell, presidente do FED.

Graças a essas declarações, a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos na reunião de dezembro aumentou para 80,7 por cento ante os 50,4 por cento de uma semana antes. No entanto, há menos certeza de novos cortes em 2026. A probabilidade de manutenção dos juros inalterados na reunião de 28 de janeiro do ano que vem subiu para 63,0 por cento ante os 50,0 por cento de uma semana antes.


E Eu Com Isso?

A terça-feira começa com uma leve queda nos contratos futuros dos principais índices americanos, com os investidores atentos a novas falas de diretores do FED e ao comportamento das principais ações de empresas de tecnologia.


Petrobras (PETR4) deve ter menor volume de investimentos nos próximos anos


A Petrobras (PETR4) deve divulgar seu novo plano estratégico da Petrobras 2026-2030, na próxima quinta-feira, a expectativa é que o plurianual venha mais enxuto, ao menos é o que é esperado pelo mercado neste momento.

Com isso, existe a possibilidade de reduzir o Capex para algo em torno de 106 bilhões de dólares, abaixo dos 111 bilhões de dólares planejados no ciclo anterior. Embora a Petrobras ressalte que nenhuma decisão final foi tomada, o assunto deve ser deliberado pelo conselho de administração em reunião, o que deixa o mercado em compasso de espera diante de eventuais impactos financeiros.

A razão para essa revisão está ligada às premissas de preço do petróleo. O plano atualmente em vigor utiliza referência de Brent a cerca de 83 dólares por barril, enquanto a volatilidade recente, com preços mais próximos da faixa entre 60 e 70 dólares, exige maior prudência. Para um horizonte de cinco anos, a empresa estaria considerando premissas entre 60 e 65 dólares, o que reduz a previsibilidade de geração de caixa e leva naturalmente a uma postura mais conservadora na alocação de capital.

Apesar da discussão interna sobre a dimensão do corte, existem expectativas divergentes no mercado entre 5 bilhões e 12 bilhões de dólares, enquanto outros avaliam que um ajuste moderado já seria suficiente para alinhar o Capex às premissas de mercado sem comprometer a agenda de crescimento.

A sinalização que prevalece, porém, é a de um corte relativamente contido, voltado mais à reordenação do portfólio do que a uma mudança estrutural na estratégia corporativa.

Do ponto de vista financeiro, o potencial enxugamento não deve resultar em mudanças abruptas na política de dividendos. A Petrobras tem indicado que pretende manter o teto de endividamento em 75 bilhões de dólares e não trabalha, por ora, com alterações diretas na fórmula de distribuição.

Outro ponto é a composição interna desse Capex potencialmente revisado. Estimativas apontam que cerca de 91 bilhões de dólares estariam vinculados a projetos já aprovados, principalmente na área de exploração e produção, enquanto aproximadamente 15 bilhões de dólares seriam destinados a projetos ainda em avaliação.

A priorização de E&P permanece central na estratégia, reforçando que, mesmo com corte, a Petrobras continua comprometida em sustentar seus níveis de produção e rentabilidade no longo prazo.


E Eu Com Isso?

Para os investidores, a leitura predominante é de que a revisão do plano não representa uma mudança de direção, mas sim um recalibramento necessário diante do novo ambiente macroeconômico.


Ações da Neoenergia (NEOE3) avançam 7 por cento após anúncio de OPA

As ações da Neoenergia (NEOE3) registraram forte valorização na segunda-feira (21), motivadas pelo anúncio da controladora Iberdrola trazendo uma oferta pública de aquisição (OPA) para fechar o capital da empresa. O movimento representa um passo importante, tanto para a controladora quanto para o mercado brasileiro de energia, e reflete a intenção da Iberdrola de consolidar sua participação na Neoenergia, simplificando a estrutura societária e ampliando sua flexibilidade operacional e financeira.

A Iberdrola, que detém aproximadamente 84 por cento das ações da Neoenergia após adquirir participação da Previ, propôs a OPA com preço de 32,50 reais por ação. Esse valor foi calculado com base na transação prévia com a Previ e representa um prêmio relevante em relação ao preço de fechamento das ações antes do anúncio do pregão de segunda-feira.

Já o preço ajustando-se pela taxa Selic, o preço efetivo da OPA equivaleria a 32,77 reais por ação, o que configura um prêmio de cerca de 9 por cento sobre a cotação mais recente. A operação, se totalmente aceita pelos acionistas minoritários, implicaria um desembolso estimado pela Iberdrola em aproximadamente 1,03 bilhão de euros, sem considerar possíveis dividendos intermediários da Neoenergia.

O anúncio da OPA provocou reação imediata no mercado, com as ações da Neoenergia disparando no pregão. Parte dessa valorização decorre da expectativa de que os minoritários possam vender suas ações e capturar o prêmio implícito na oferta. A movimentação é compreensível, uma vez que o preço proposto supera significativamente a cotação média recente, oferecendo um retorno atraente para investidores que desejem liquidar suas posições.

Do ponto de vista estratégico, a Iberdrola busca simplificar a estrutura societária da Neoenergia, reduzindo os custos e a burocracia associados à manutenção de uma companhia aberta na bolsa de valores. Além disso, com o controle total da empresa, a Iberdrola poderá tomar decisões mais ágeis e implementar políticas de investimento com maior liberdade, sem a necessidade de submeter cada passo à aprovação de minoritários ou lidar com obrigações regulatórias típicas de empresas listadas.

Para o mercado brasileiro, a operação é interpretada como um sinal de confiança no setor de distribuição de energia, especialmente em um cenário em que a infraestrutura regulada continua apresentando oportunidades de crescimento estável.

Apesar dos benefícios, existem riscos relevantes para os minoritários e para a própria operação. A aceitação da OPA depende da decisão dos acionistas minoritários; caso parte deles rejeite a oferta, a Iberdrola precisará encontrar soluções alternativas ou ajustar sua estratégia.

 
E Eu Com Isso?
 
O processo está sujeito à aprovação da CVM e outros órgãos reguladores locais, o que pode gerar atrasos ou exigências adicionais.



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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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Focus indica Selic mais baixa em 2026 https://levanteideias.com.br/artigos/focus-indica-selic-mais-baixa-em-2026 https://levanteideias.com.br/artigos/focus-indica-selic-mais-baixa-em-2026#respond Mon, 24 Nov 2025 12:52:04 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52592 Após oito semanas, a edição do Relatório Focus desta segunda-feira (24) indicou uma expectativa de redução da taxa Selic para 2026. As expectativas dos investidores agora são de que os juros referenciais encerrem o próximo ano a 12 por cento, abaixo dos 12,25 por cento esperados desde meados de setembro. A projeção para os juros… Read More »Focus indica Selic mais baixa em 2026

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Após oito semanas, a edição do Relatório Focus desta segunda-feira (24) indicou uma expectativa de redução da taxa Selic para 2026. As expectativas dos investidores agora são de que os juros referenciais encerrem o próximo ano a 12 por cento, abaixo dos 12,25 por cento esperados desde meados de setembro. A projeção para os juros de 2025 segue inalterada em 15 por cento.

Essa alteração da expectativa de juros para 2026 mostra um avanço, entre os investidores, da expectativa de uma sinalização mais efetiva na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para os dias 9 e 10 de dezembro.

A expectativa quase unânime dos investidores, com 92 por cento de probabilidade segundo as opções de Copom negociadas na B3, é de manutenção das taxas em 15 por cento ao ano. No entanto, assim como a Ata da reunião do Copom de novembro cravou que os juros não deveriam subir mais – só deixando as alternativas de estabilidade ou queda – há uma grande expectativa de que o Comunicado e a Ata da reunião de dezembro ofereçam uma perspectiva mais clara de quando começará o afrouxamento da política monetária.

O número mais importante em uma semana de liquidez reduzida (devido ao feriado americano do Dia de Ação de Graças) será a prévia da inflação medida pelo IPCA-15. A divulgação está prevista para a quarta-feira (26). A expectativa dos investidores é elevada, uma vez que os dados mais recentes mostram uma trajetória descendente dos reajustes de preços.

O cenário é semelhante nos Estados Unidos. Também na quarta-feira (26) será divulgada – com atraso – a inflação de setembro medida pelo Personal Consumption Expenditure (PCE) e da inflação no atacado medida pelo Producer Price Index (PPI). Os dados divulgados nos últimos dias não têm sido positivos, por isso a expectativa dos investidores é grande.

O que o mercado avalia é se a reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) agendada para dezembro trará mais um corte de juros. Segundo a ferramenta Fed Watch, do CME Group, a probabilidade de manutenção dos juros no intervalo atual entre 3,75 e 4,00 por cento caiu de 57,6 por cento há uma semana para 24,5 por cento. E a expectativa de corte de 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,50 e 3,75 por cento subiu de 42,4 por cento para 75,5 por cento nesse mesmo período.


E Eu Com Isso?

A segunda-feira começa com uma leve alta nos contratos futuros dos principais índices americanos. Os investidores seguem atentos aos indicadores em uma semana de liquidez reduzida.

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade



Mercados com Rafael Bevilacqua


Empresas brasileiras são positivamente impactadas pela retirada das tarifas de 40 por cento

A retirada da sobretaxa de 40 por cento imposta pelos Estados Unidos trouxe alívio para diversos exportadores brasileiros, repercutindo diretamente em empresas negociadas na B3 e na dinâmica competitiva do comércio bilateral. Essa medida, que incide principalmente sobre produtos agropecuários e alimentos, representa uma reversão parcial do tarifaço implementado meses antes e que havia prejudicado as vendas brasileiras ao mercado americano.

Com a isenção, itens como carne bovina, frutas, café, cacau, especiarias e sucos retomam condições mais favoráveis de acesso aos Estados Unidos, recuperando competitividade em preço e margem e reduzindo distorções que vinham desestimulando importadores e pressionando os exportadores nacionais.

Entre os setores mais beneficiados, o de proteína animal se destaca empresas como JBS (JBSS32), MBRF (MBRF3) e Minerva (BEEF3), líderes do segmento, aparecem como as mais favorecidas pela retirada da sobretaxa, as ações tiveram bom desempenho na última sexta-feira. 

O motivo majoritário é a carne bovina e seus diversos cortes estão entre os produtos liberados, o que reduz o custo final da exportação, restabelece boa parte da competitividade perdida e pode estimular uma recomposição dos volumes embarcados. Como essas empresas possuem alta exposição ao mercado externo, mesmo pequenas mudanças tarifárias tendem a produzir impactos relevantes nas margens e nos resultados trimestrais.

Com a remoção da sobretaxa de 40 por cento, esse risco diminui ainda mais, dando maior previsibilidade aos fluxos comerciais e às estratégias de produção destinadas aos Estados Unidos. Outro ponto importante é que a decisão tem efeito retroativo para importações realizadas após 13 de novembro, o que pode gerar reembolsos de tarifas pagas durante esse período. Para empresas do porte de JBS, MBRF e Minerva, esse efeito financeiro adicional pode resultar em melhora relevante no caixa de curto prazo, reforçando a percepção positiva do mercado em relação ao setor.

Embora os frigoríficos liderem entre os beneficiados, outros segmentos também colhem vantagens. O setor de frutas, café e sucos, apesar de não contar com grandes companhias listadas diretamente na bolsa, ganha em competitividade e pode observar aumento nos contratos de exportação. 

Da mesma forma, empresas da cadeia de madeira e celulose, como Suzano (SUZB3), podem experimentar efeitos indiretos positivos, já que produtos como polpas e determinados itens de madeira não foram incluídos na sobretaxa adicional, mantendo-se em uma posição mais favorável nos fluxos comerciais com os EUA.


E Eu Com Isso?

No entanto, nem todos os setores foram contemplados pela nova medida. Segmentos como o aeronáutico, mineração, metalurgia e áreas relacionadas à segurança nacional permaneceram sujeitos a categorias tarifárias que não sofreram flexibilização. Com isso, empresas como Embraer (EMBR3) e Gerdau (GGBR4) não se beneficiam diretamente da remoção da sobretaxa e seguem expostas ao risco tarifário em determinadas linhas de exportação. Para essas companhias, o cenário permanece desafiador, exigindo diversificação de mercados e adaptação estratégica para mitigar possíveis impactos de custos e perda de competitividade.

Assim, enquanto parte relevante do agronegócio celebra a medida, setores industriais continuam enfrentando um ambiente externo mais restritivo, reforçando a importância de políticas de diversificação e acordos comerciais que ampliem o alcance das exportações brasileiras.


CSN Siderurgia (CSNA3) em negociação para a venda da MRS com CSN Mineração (CMIN3)

A CSN (CSNA3) divulgou comunicado ao mercado informando a possibilidade de venda de participação da MRS Logística para sua outra subsidiária listada em bolsa, a CSN Mineração (CMIN3), em um movimento que pode integrar os estudos internos sobre a estrutura de endividamento do grupo.

A operação, ainda em estágio preliminar e sem documentos vinculantes, indica que a CSN avalia reorganizar seus ativos logísticos, transferindo parte de sua participação na MRS para a subsidiária de mineração. A iniciativa se relaciona ao papel da ferrovia no escoamento de minério de ferro, principal produto da CMIN, e à busca por eficiência operacional em um segmento em que o transporte exerce influência direta sobre a competitividade.

A MRS Logística é relevante para a cadeia produtiva da CSN e, especialmente, para a CMIN, que utiliza a malha ferroviária para transportar minério das minas até portos e usinas. Ao concentrar o controle acionário da MRS na unidade de mineração, o grupo poderia ajustar o alinhamento estratégico entre produção e logística, favorecendo maior integração entre as operações, previsibilidade de custos e apoio ao planejamento de investimentos em infraestrutura ferroviária.

Já a CSN, como holding diversificada, pode estar avaliando alternativas dentro de sua estratégia de capital, considerando que agências de rating acompanham indicadores de alavancagem e capacidade de redução do endividamento.

Embora a proposta apresente coerência sob a ótica operacional, há pontos de atenção. A transação envolve empresas do mesmo grupo econômico, o que requer foco em governança, incluindo critérios de precificação e o tratamento dado aos acionistas minoritários da CMIN. Percepções sobre eventuais conflitos de interesse podem gerar questionamentos e levar a análises mais detalhadas por parte do mercado e de reguladores.

Além disso, por se tratar de infraestrutura considerada relevante para o setor, a operação deverá ser avaliada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que examinará possíveis impactos à concorrência e ao funcionamento do sistema ferroviário. Dependendo da análise, o órgão poderá estabelecer condições ou restrições para a conclusão do negócio.

 
E Eu Com Isso?
 
Sob o ponto de vista operacional, uma eventual consolidação da logística na CMIN pode gerar maior integração entre planejamento de produção e transporte, otimização do uso da malha ferroviária e direcionamento mais claro de investimentos. Para a CMIN, isso pode representar ganhos de competitividade e suporte a estratégias de expansão no médio e longo prazo. 

Para a CSN, a operação pode significar uma reorganização que fortaleça a mineradora, um dos principais geradores de caixa do grupo. A possível venda da participação da CSN na MRS para a CMIN constitui uma reorganização societária, que pode gerar impactos positivos na controladora, mas que ainda depende de negociações internas, análises de viabilidade e aprovação regulatória.

O resultado final dependerá da combinação entre potenciais sinergias, práticas de governança e atendimento às exigências de mercado e dos órgãos responsáveis.





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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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Por que os resultados da Nvidia vão pautar os negócios https://levanteideias.com.br/artigos/por-que-os-resultados-da-nvidia-vao-pautar-os-negocios https://levanteideias.com.br/artigos/por-que-os-resultados-da-nvidia-vao-pautar-os-negocios#respond Wed, 19 Nov 2025 12:22:59 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52587 Os mercados internacionais abrem com atenção centrada nos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025. Os investidores estão apreensivos com o desempenho da empresa, líder na produção de processadores para serviços de Inteligência Artificial (IA). Os resultados são vistos como um termômetro para o desempenho futuro do setor. A mediana das expectativas é de… Read More »Por que os resultados da Nvidia vão pautar os negócios

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Mercados com Rafael Bevilacqua

Os mercados internacionais abrem com atenção centrada nos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025. Os investidores estão apreensivos com o desempenho da empresa, líder na produção de processadores para serviços de Inteligência Artificial (IA). Os resultados são vistos como um termômetro para o desempenho futuro do setor. A mediana das expectativas é de um faturamento de 54,8 bilhões de dólares no 3T25. Um número abaixo disso pode indicar uma desaceleração na demanda pelos produtos da empresa.

Outro foco central será a expectativa (“guidance”) para os próximos trimestres. Os investidores esperam que a empresa divulgue perspectivas claras sobre a consistência da demanda por infraestrutura de IA, especialmente em data centers. Para muitos investidores, esse relatório será um teste de resistência da narrativa de superciclo de IA. Alguns temem que os preços das ações já reflitam demais otimismo.

As ações da Nvidia se tornaram centrais para o mercado porque a empresa concentra a maior parte da oferta global de chips usados em sistemas de inteligência artificial. Esses chips são hoje o principal insumo da corrida tecnológica entre big techs, empresas de nuvem e startups. Uma aceleração na receita e nas entregas indica que o ciclo de investimentos em IA permanece firme. Se o ritmo diminui, a interpretação dos investidores é que a demanda pode estar entrando em fase de moderação.

Investidores querem saber se os resultados de empresas ligadas à IA serão sustentáveis porque o ciclo atual depende de investimentos pesados em infraestrutura. Esse processo exige altos níveis de capital, margens consistentes e escala global. Se a Nvidia mostrar fôlego, espera-se que os resultados sigam crescendo para companhias da cadeia — fabricantes de servidores, operadoras de data centers e provedores de serviços de armazenamento em nuvem.

A importância vai além do setor de tecnologia. Muitos fundos globais aumentaram a exposição a ações de IA como principal motor de retorno em 2024 e 2025. Se a confiança nesse ciclo cair, os investidores podem reduzir risco em vários segmentos. Isso afeta empresas industriais, companhias de consumo e até bancos, porque a mudança na percepção sobre IA pode alterar o sentimento geral de mercado.

E Eu Com Isso?

Um desempenho fraco da Nvidia pode induzir realocação para renda fixa e levar a vendas generalizadas em ações de setores que não têm relação direta com tecnologia, mas que dependem de liquidez e apetite ao risco. Se a Nvidia entregar bons resultados e divulgar expectativas claras para os próximos trimestres, o mercado de empresas de IA pode ganhar novo fôlego. Perspectivas negativas podem disparar uma correção dos preços das ações ligadas à IA, elevando a volatilidade desse setor e do mercado como um todo.

Antes de encerrar, quero compartilhar uma novidade especial.

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Marcopolo (POMO4) anuncia 11 por cento de proventos após resultados do 3T25


A Marcopolo (POMO4) encerrou a divulgação de seus números referentes ao terceiro trimestre de 2025 anunciando a distribuição de 78 centavos por ação em dividendos e juros sobre capital próprio. O valor representa cerca de 11 por cento em proventos apenas neste pagamento, chamando atenção pelo montante e pelo momento escolhido para a comunicação ao mercado. Embora o anúncio tenha sido interpretado como positivo por parte dos investidores, o movimento ocorre em um cenário de volatilidade recente nos preços das ações e de discussões sobre mudanças na tributação de dividendos no Brasil.

Na semana anterior ao anúncio, a companhia havia publicado seus resultados financeiros e operacionais. No 3T25, a Marcopolo registrou receita líquida de 2,5 bilhões de reais. O desempenho é considerado neutro em comparação aos trimestres recentes, mas indica continuidade na capacidade da empresa de manter níveis consistentes de rentabilidade.

Apesar do cenário doméstico mais fraco, a companhia conseguiu preservar margens devido à combinação entre controle de custos e presença internacional.

O trimestre foi estruturalmente marcado pela diferença entre o comportamento dos mercados interno e externo. No Brasil, a demanda por ônibus urbanos e rodoviários apresentou enfraquecimento, refletindo um ambiente de negócios mais cauteloso, com impactos diretos nos volumes produzidos e vendidos. Fatores como ritmo mais lento de renovações de frotas e condições de financiamento menos favoráveis influenciaram o setor de mobilidade, e a Marcopolo não ficou imune a esse movimento.

Em contrapartida, as operações internacionais tiveram desempenho mais robusto. A diversificação geográfica, característica conhecida do modelo de negócios da companhia, voltou a desempenhar papel central no equilíbrio dos resultados consolidados. O crescimento em mercados externos compensou parte relevante da retração doméstica, contribuindo não apenas para o volume total, mas também para a diluição de custos fixos e para a sustentação da receita consolidada.

O lucro líquido do trimestre atingiu 330 milhões de reais. Embora seja considerado sólido, o resultado representa uma leve queda em relação ao mesmo período de 2024. A diferença é atribuída principalmente a custos pontuais observados ao longo do trimestre, que exerceram pressão sobre as margens. Mesmo assim, a lucratividade permaneceu em patamares adequados para um trimestre marcado por contrastes entre mercados.


E Eu Com Isso?

A companhia também destacou a manutenção de uma estrutura de capital considerada saudável, o que permitiu a realização da distribuição de proventos. Ainda que empresas com perfis semelhantes adotem práticas diversas de remuneração, o anúncio pode ser considerado como uma eventual antecipação de pagamentos antes de possíveis mudanças tributárias que seguem em discussão no Congresso Nacional. A empresa, porém, não relacionou oficialmente o anúncio a essa possibilidade.

A divulgação do pagamento foi feita na noite anterior ao pregão, e as ações POMO4 registraram alta de aproximadamente 3 por cento na sessão seguinte. O movimento refletiu a reação inicial dos investidores ao comunicado, embora a trajetória das ações ao longo das semanas seguintes dependa de fatores como expectativas setoriais, evolução da demanda interna e externa e a continuidade da política de distribuição.


Nova parceria entre Americanas (AMER4) e Magalu (MGLU3) reforça disputa no e-commerce

A Americanas (AMER3) e o Magazine Luiza (MGLU3) anunciaram uma parceria estratégica que marca mais um capítulo relevante no e-commerce brasileiro, envolvendo a integração comercial entre as duas plataformas. O movimento começa com a inclusão de produtos da Americanas no marketplace do Magalu, utilizando inicialmente 50 lojas físicas distribuídas em 15 capitais como hubs de distribuição. Nas próximas semanas, a operação será espelhada, permitindo que o estoque próprio do Magalu seja disponibilizado na plataforma da Americanas, ampliando o sortimento para ambas as bases de clientes. A iniciativa busca capturar sinergias claras entre os portfólios das duas empresas, melhorar capilaridade logística e fortalecer a presença omnichannel em um momento em que conveniência e velocidade de entrega são diferenciais competitivos cada vez mais relevantes.

A complementaridade entre as categorias oferecidas por ambas as varejistas, destacada no comunicado oficial, ajuda a explicar a lógica da operação. A Americanas, em processo de recuperação e mais focada em categorias de giro rápido — bomboniere, alimentos, higiene pessoal, limpeza e utilidades domésticas — passa a se beneficiar da estrutura digital e logística mais robusta do Magalu, que há anos investe em tecnologia, distribuição e integração entre canais. O Magalu, por sua vez, reforça sua oferta em produtos de consumo recorrente enquanto segue forte em suas categorias tradicionais, como linha branca, áudio e vídeo, telefonia, móveis e portáteis. Para o consumidor final, a parceria promete maior amplitude de opções, prazos mais competitivos e acesso facilitado a diferentes preços e categorias em um mesmo ambiente digital.

O projeto nasce com um piloto relativamente limitado, mas com expectativa de rápida expansão até dezembro, quando todas as lojas físicas da Americanas deverão estar integradas para servir como pontos de entrega. Essa estratégia de utilizar lojas físicas como mini-hubs logísticos reforça o modelo omnichannel das duas companhias, reduzindo a distância até o cliente, encurtando prazos de entrega e aumentando a eficiência do last mile. No caso da Americanas, a parceria traz uma alternativa importante para acelerar vendas e melhorar a recuperação operacional em um momento delicado, utilizando sua presença física extensa para gerar tráfego digital adicional. Para o Magalu, a entrada de novos sellers e de sortimento complementar tende a aumentar conversão, recorrência e retenção de usuários na plataforma.

O contexto da parceria ganha ainda mais relevância ao observarmos o cenário competitivo atual do e-commerce brasileiro, que passa por uma intensificação inédita de concorrência. O timing revela isso de forma clara: em outubro, Casas Bahia (BHIA3) e Mercado Livre (MELI34) também anunciaram uma aliança comercial para a Black Friday, buscando alavancar tráfego, logística e conversão durante o período mais quente do ano para o setor. Além disso, players globais como Amazon e Shopee continuam ampliando investimento no país, pressionando margens e exigindo cada vez mais eficiência operacional, logística avançada, preços agressivos e robustez tecnológica. Nesse ambiente, movimentos de cooperação entre empresas nacionais se tornam respostas quase naturais para enfrentar a força crescente de plataformas internacionais e as rápidas mudanças de comportamento do consumidor.

 
E Eu Com Isso?
 
Do ponto de vista estratégico, vemos a parceria entre Americanas e Magazine Luiza como um movimento que pode gerar ganhos operacionais relevantes, especialmente para a Americanas, que busca recuperar competitividade e aumentar capilaridade digital após um período de forte retração. No entanto, mantemos uma leitura cautelosa para o setor: a competição continua extremamente acirrada, com forte pressão sobre margens, aumentos de custo logístico e uma disputa crescente por fatias de mercado entre gigantes já consolidados. Ainda que o acordo amplie sortimento e melhore conveniência, seu impacto financeiro inicial pode ser limitado, dado o cenário macroeconômico mais desafiador e a necessidade de execução impecável para transformar sinergias em rentabilidade.

Por fim, avaliamos que o quarto trimestre tende a ser positivo em termos de volume — reforçado pela Black Friday e pelas vendas de Natal — mas isso não elimina a preocupação estrutural com a lucratividade no e-commerce. A pressão competitiva vinda de Mercado Livre, Amazon e Shopee segue aumentando, dificultando repasses de preço e comprimindo margens das varejistas tradicionais. A parceria entre Americanas e Magalu é um passo estratégico correto, bem alinhado às necessidades do setor e às demandas de curto prazo, mas ainda insuficiente para reverter, sozinha, o quadro de elevada competição, custos crescentes e dinâmica de mercado desafiadora. Assim, seguimos com visão neutra para o setor, reconhecendo iniciativas positivas, mas atentos às limitações estruturais que seguem moldando o e-commerce brasileiro.



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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE.

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