bancos – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Tue, 02 Dec 2025 13:35:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png bancos – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 Galípolo adverte contra excesso de otimismo https://levanteideias.com.br/artigos/galipolo-adverte-contra-excesso-de-otimismo https://levanteideias.com.br/artigos/galipolo-adverte-contra-excesso-de-otimismo#respond Tue, 02 Dec 2025 13:35:08 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52659 O post <strong>Galípolo adverte contra excesso de otimismo</strong> apareceu primeiro em Levante Ideias de Investimentos.

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Mercados com Rafael Bevilacqua

Guardião da estabilidade da moeda, o Banco Central (BC) tem de realizar tarefas desagradáveis e manter o aperto na economia por meio de taxas de juros elevadas. Por isso já se comparou o trabalho do banqueiro central ao do cidadão que desliga a música no melhor da festa. Quando todo mundo espera uma notícia boa, o BC traz as expectativas de volta à realidade.

Foi isso que Gabriel Galípolo, presidente do BC, fez na segunda-feira (1). Em um evento em São Paulo, Galípolo declarou que o mercado de trabalho brasileiro segue bastante aquecido, o que reduz o espaço para o BC baixar os juros. “Por diversas métricas, é difícil contestar um mercado de trabalho que se mostra aquecido”, afirmou Galípolo. Segundo ele, esses dados e outros mostram “uma economia forte, aquecida e resiliente” o que exige “uma postura humilde e conservadora por parte do Banco Central”.

Galípolo disse ter dificuldades para explicar o motivo de o desemprego seguir caindo, apesar de a taxa de juros estar elevada há bastante tempo. Na teoria, as taxas de juros elevadas deveriam aumentar o desemprego, mas isso não está ocorrendo. “Eu não consigo achar uma solução elegante para explicar isso”, disse o presidente do BC. Ele levantou dúvidas sobre a “tese do desalento”, ou seja, a ideia de que há pessoas fora do mercado de trabalho porque não veem esperanças de conseguir uma vaga.

A conclusão das declarações de Galípolo é inevitável: a probabilidade é menor de que o Comitê de Política Monetária (Copom) comece a reduzir os juros já na reunião de janeiro. Na segunda-feira (1), as opções de Copom negociadas na B3 mostraram isso. A probabilidade de manutenção da taxa Selic nos atuais 15 por cento ao ano subiu de 95 por cento na sexta-feira, 29 de novembro, para 97 por cento. No caso da reunião de janeiro, a probabilidade de manutenção subiu de 33 por cento no dia 25 de novembro para 40 por cento e a expectativa de corte de 0,5 ponto percentual caiu de 26 por cento para 19 por cento.

O que esperar para as próximas sessões? Há uma grande expectativa por parte dos investidores de que o Copom inicie uma trajetória de corte dos juros na reunião de janeiro, apesar das declarações conservadoras do BC. Ser cauteloso faz parte da descrição de cargo de Galípolo. Por isso, será preciso observar os novos indicadores da economia. Na quinta-feira (4) está prevista a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. E na próxima quarta-feira (10), último dia da reunião do Copom, será divulgada a inflação de novembro medida pelo IPCA. Apenas a partir desses números, e do Comunicado e da Ata do Copom, será possível saber com mais certeza o que esperar dos juros.


E Eu Com Isso?

A terça-feira (02) começa com uma leve alta nos contratos futuros dos principais índices americanos no pré-mercado, e também com uma valorização discreta das cotas do Exchange Traded Fund (ETF) EWZ iShares MSCI Brazil, negociadas em Nova York. No entanto, os investidores podem adotar uma postura mais cautelosa tendo em vista as probabilidades menores de o corte de juros pelo Copom começar em janeiro de 2026.


Itaúsa (ITSA4) distribui 8,7 bilhões de reais em proventos e mantém tese positiva


Na segunda-feira (01) a Itaúsa (ITSA4) anunciou uma distribuição de proventos no valor total de 8,7 bilhões de reais, o que corresponde a um pagamento de 0,80 real por ação. Para o investidor que estiver posicionado na data de corte definida para 9 de dezembro de 2025, esse repasse representa um dividend yield aproximado de 6,4 por cento apenas nessa distribuição específica.

Considerando o conjunto de proventos projetados para todo o ano de 2025, o rendimento anual estimado chega a cerca de 13,93 por cento. Além disso, a empresa apresenta uma relação preço/lucro em torno de 7,0 vezes para os próximos doze meses, número que interpretamos como indicativo de uma ação negociada a múltiplos atrativos frente ao potencial de lucros futuros.

Apesar disso, um ponto novo entrou no radar dos investidores brasileiros, a mudança na tributação dos dividendos, a nova legislação prevê que, a partir de 2026, dividendos pagos por uma mesma empresa a um indivíduo ficarão sujeitos à retenção de 10 por cento caso ultrapassem 50 mil reais em um único mês.

Esse limite não considera o total de dividendos recebidos de todas as empresas, mas sim o valor mensal pago por cada empresa separadamente. Isso significa que, se um investidor recebe 40 mil reais em dividendos de uma companhia e mais 40 mil de outra no mesmo mês, nenhum desses montantes seria tributado, já que cada fonte individual ficou abaixo do limite. Por outro lado, se uma única empresa pagar 60 mil reais em um determinado mês, todo o valor pago estará sujeito à retenção.

O projeto também introduz um imposto mínimo anual para pessoas cuja renda total supere 600 mil reais por ano. Essa regra alcança a soma de todas as fontes de renda do contribuinte, incluindo salários, dividendos, juros e outras receitas. A partir desse patamar anual, aplica-se uma tributação progressiva que pode chegar a 10 por cento sobre a parcela que excede determinados níveis de renda. Em termos práticos, mesmo investidores que não ultrapassam o limite mensal de 50 mil reais em dividendos de uma empresa podem, ao final do ano, ser alcançados pelo imposto mínimo caso seus rendimentos totais sejam elevados.

Há, contudo, uma exceção relevante: dividendos referentes a lucros apurados até 2025 e cuja distribuição for aprovada ainda dentro de 2025 poderão ser pagos até 2028 sem incidência da nova retenção. Isso significa que a distribuição anunciada pela Itaúsa, caso seja formalmente aprovada dentro do exercício de 2025, tende a escapar da tributação adicional, preservando o rendimento bruto prometido aos acionistas.

De forma ampla, vemos a Itaúsa como uma holding de elevada qualidade, sustentada principalmente pela participação no Itaú Unibanco, que permanece como seu ativo mais relevante. A rentabilidade continua robusta: o retorno sobre o patrimônio nos últimos doze meses atingiu 17,2 por cento, enquanto o lucro do banco tem avançado de maneira consistente, crescendo em torno de 10 por cento ao ano. Essa combinação de crescimento de resultados, geração de caixa forte e histórico de distribuição generosa de proventos reforça o potencial da companhia para seguir entregando retornos expressivos ao acionista nos próximos doze meses.


E Eu Com Isso?

Outro ponto que merece destaque é o valuation atrativo. Mesmo com a solidez operacional e a perspectiva positiva de resultados, a Itaúsa ainda negocia a múltiplos considerados descontados quando comparados ao seu próprio histórico e à média do setor. Há espaço para que as ações voltem a ser negociadas perto de 10 vezes lucro, patamar que sugere um potencial de valorização interessante, especialmente se combinado ao fluxo de dividendos esperado para os próximos anos.

Além do Itaú, a holding também possui participação em empresas com forte capacidade de expansão, como a Aegea, focada no setor de saneamento. Trata-se de uma área com elevada demanda reprimida no Brasil e com forte tendência de investimentos estruturais no longo prazo. A presença da Itaúsa nesse segmento reforça a diversificação do portfólio e amplia as fontes de crescimento futuro, criando novas avenidas de geração de valor para o acionista.

Diante desse conjunto de fatores, mantemos uma visão construtiva para a Itaúsa e para as ações ITSA4. O equilíbrio entre rentabilidade elevada, crescimento consistente, política de distribuição atrativa e valuation ainda abaixo do potencial sustenta nossa percepção positiva para o desempenho dos papéis no médio e longo prazo.



RD Saúde (RADL3) divulga plano de expansão e bonificação deixa mercado cauteloso

A RD Saúde (RADL3) divulgou um comunicado relevante que movimentou suas ações no dia anterior. Apesar de tentar transmitir previsibilidade estratégica, o mercado reagiu com cautela, e os papéis recuaram cerca de 2,0 por cento. A combinação de aumento de capital, bonificação de ações e guidance de expansão para 2026 gerou certo ceticismo entre os investidores.

O anúncio detalha a proposta de aumento de capital social em 750 milhões de reais por meio da capitalização de reservas, acompanhada de uma bonificação de 2 por cento em ações para os acionistas. Embora seja uma prática comum, essa iniciativa não representa geração imediata de valor econômico e levantou questionamentos sobre o timing escolhido.

Em um cenário de margens pressionadas, custos crescentes e maior competição no varejo farmacêutico, a bonificação pode ter soado menos como fortalecimento da empresa e mais como tentativa de amenizar a percepção de resultados mais modestos no curto prazo.

A companhia também divulgou projeção de abertura de lojas para 2026, estimando entre 330 e 350 inaugurações brutas, com base em sua capacidade financeira, disponibilidade de pontos comerciais e estrutura interna. Embora expressivo, parte do mercado enxerga risco em manter uma expansão acelerada em um ciclo econômico menos favorável ao consumo. O ritmo elevado de inaugurações aumenta despesas iniciais, alonga o prazo de maturação das lojas e pode pressionar o retorno sobre o capital investido.

No aspecto de valuation, a RD Saúde negocia atualmente a cerca de 30 vezes o lucro (P/L), um patamar elevado frente ao histórico do setor, com múltiplo P/VPA em torno de 5,9x, refletindo expectativas de crescimento já embutidas no preço das ações. Em momentos de expansão intensa, margens pressionadas e maior necessidade de capital, múltiplos elevados tornam o mercado mais sensível a qualquer sinal de desaceleração nos resultados.

Enquanto isso, o investidor precisa ponderar que, embora o plano de expansão seja ambicioso e reforce a presença da RD Saúde no mercado, ele também implica em maiores gastos de capital e riscos operacionais.

Cada nova loja exige investimento inicial significativo, tempo até atingir maturação e pressão sobre margens já apertadas. Assim, a expectativa de crescimento precisa ser equilibrada com a disciplina financeira e a capacidade de gerar retorno consistente para que a estratégia não comprometa a rentabilidade futura.

 
E Eu Com Isso?
 
O conjunto de informações sobre bonificação, aumento de capital e plano de expansão robusto foi recebido com cautela pelo mercado. O investidor, atento à desaceleração gradual das vendas mesmas lojas e à pressão sobre custos operacionais, tende a manter postura conservadora enquanto não houver sinais claros de melhora na lucratividade, retorno das novas unidades e capacidade da empresa de sustentar seus múltiplos atuais.

Em resumo, o mercado observa de perto a execução do plano de expansão da RD Saúde e a eficácia das medidas para fortalecer sua estrutura de capital. A empresa demonstra ambição e capacidade de crescimento, mas os investidores permanecem cautelosos, equilibrando a expectativa de expansão com disciplina financeira.




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A INSIDE RESEARCH LTDA. (“INSIDE”), empresa do Grupo Levante Investimentos (“LEVANTE ”), declara que participou da elaboração do presente relatório de análise e é responsável por sua distribuição exclusivamente nos canais autorizados das empresas do Grupo Levante, tendo como objetivo somente informar os seus clientes com linguagem clara e objetiva, diferenciando dados factuais de interpretações, projeções, estimativas e opiniões, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário. Além disso, os dados factuais foram acompanhados da indicação de suas fontes e as projeções e estimativas foram acompanhadas das premissas relevantes e metodologia adotadas. Todas as informações utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou equivocadas no momento de sua publicação, a INSIDE e os seus analistas não respondem pela veracidade das informações do conteúdo, mas sim as companhias de capital aberto que as divulgaram ao público em geral, especialmente perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”). As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações consulte a Resolução CVM nº 20/2021, e, também, o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Em cumprimento ao artigo 16, II, da referida Resolução CVM nº 20/2021. As decisões de investimentos e estratégias financeiras sempre devem ser realizadas pelo próprio cliente, de preferência, amparado por profissionais ou empresas habilitadas para essa finalidade, uma vez que a INSIDE não exerce esse tipo de atividade. Esse relatório é destinado exclusivamente ao cliente da INSIDE que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98, além da cobrança de multa não compensatória de 20 (vinte) vezes o valor mensal do serviço pago pelo cliente. Em conformidade com os artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o analista Eduardo Jamil Rahal (inscrito no CNPI sob o nº 8204) declara que (i) é o responsável principal pelo conteúdo do presente relatório de análise; (ii) as recomendações nele contidas refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e que foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à INSIDE

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Powell morde e Trump assopra https://levanteideias.com.br/artigos/powell-morde-e-trump-assopra https://levanteideias.com.br/artigos/powell-morde-e-trump-assopra#respond Thu, 30 Oct 2025 13:32:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=52366 A quarta-feira (29) teve notícias positivas e negativas. As negativas foram o balde de água fria nos mercados lançado por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano. Ao comentar a esperada redução de 0,25 ponto percentual nos juros, Powell afirmou que não há consenso sobre um novo corte nas taxas. A… Read More »Powell morde e Trump assopra

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E eu com isso versão Plus

A quarta-feira (29) teve notícias positivas e negativas. As negativas foram o balde de água fria nos mercados lançado por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), o banco central americano. Ao comentar a esperada redução de 0,25 ponto percentual nos juros, Powell afirmou que não há consenso sobre um novo corte nas taxas.

A próxima redução vinha sendo esperada para dezembro, mas ele descartou essa possibilidade. “Nas discussões do comitê nesta reunião, houve opiniões bastante divergentes sobre como proceder em dezembro”, disse Powell. “Uma nova redução na taxa básica de juros na reunião de dezembro não é uma conclusão inevitável. Longe disso.”

Ele acrescentou que existe um “coral crescente” entre os 19 membros do Federal Open Market Committee (Fomc), versão americana do Copom, para “esperar pelo menos mais uma reunião” antes de realizar um novo corte nos juros.

As declarações afetaram bastante o cenário para os juros nos Estados Unidos. Os investidores reduziram as probabilidades de um corte em dezembro de 90 por cento na terça-feira (28) para 67 por cento na quarta-feira segundo o FedWatch do CME Group. A mudança no tom do FED provocou uma forte queda nas ações de empresas de tecnologia, o que prejudicou o mercado como um todo.

As notícias do FED estão tendo mais impacto no mercado do que o resultado positivo da reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, realizada na madrugada da quinta-feira (30) na Coreia do Sul. Foi a primeira vez que Trump e Xi se encontraram em seis anos, e a cúpula durou uma hora e quarenta minutos.

Os controles de exportação chineses sobre as terras raras, anunciados em 9 de outubro, serão adiados por um ano. Os EUA também vão adiar a implementação das medidas anunciadas em 29 de setembro, que incluíram subsidiárias majoritárias de empresas chinesas na lista de entidades dos EUA, informou o Ministério do Comércio da China. Trump disse a repórteres a bordo do Air Force One, ao deixar a Coreia do Sul, que a reunião com Xi foi “incrível” e que “muitas decisões foram tomadas”.

As tarifas relacionadas ao fentanil sobre Pequim serão reduzidas de 20 por cento para 10 por cento, com efeito imediato, disse Trump, diminuindo a taxa sobre as exportações chinesas de 57 por cento para 47 por cento. Em contrapartida, Pequim “trabalhará arduamente para deter o fentanil” e retomará as compras de soja americana e outros produtos agrícolas.

O Ministério do Comércio da China afirmou que os dois países chegaram a um consenso sobre a cooperação no comércio de fentanil e produtos agrícolas. As taxas recíprocas para navios fabricados na China e nos EUA que atracam nos portos de cada país serão adiadas por um ano, de acordo com o Ministério do Comércio chinês.


E Eu Com Isso?

As ações estão em uma leve alta no pré-mercado em Nova York, apesar da volatilidade dos juros provocada pelas declarações de Powell. No entanto, o cenário segue duvidoso, pois uma alta dos juros tende a reduzir as cotações de empresas de tecnologia, que são muito relevantes nos índices e dependem muito de uma política monetária frouxa.

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade

Mercados com Rafael Bevilacqua

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Trimestre promissor https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/trimestre-promissor https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/trimestre-promissor#respond Tue, 20 Jul 2021 14:41:21 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=28131 À medida que as companhias abertas brasileiras começarem a divulgar seus resultados referentes ao segundo trimestre, os números deverão mostrar que os principais setores listados em bolsa permanecem rentáveis e com boas perspectivas para remunerar seus investidores. As medidas de restrição para conter a pandemia provocada pelo coronavírus ainda afetam alguns setores. Por exemplo, os… Read More »Trimestre promissor

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À medida que as companhias abertas brasileiras começarem a divulgar seus resultados referentes ao segundo trimestre, os números deverão mostrar que os principais setores listados em bolsa permanecem rentáveis e com boas perspectivas para remunerar seus investidores.

As medidas de restrição para conter a pandemia provocada pelo coronavírus ainda afetam alguns setores. Por exemplo, os shopping centers, que ainda se recuperam do pior das medidas de restrição.

No entanto, a alta dos preços no mercado internacional de commodities e a recuperação dos níveis de atividade nos Estados Unidos e na China devem garantir bons resultados para papéis importantes.

O trabalho da equipe de analistas da Levante Ideias de Investimentos é acompanhar de perto os resultados das empresas e seus prognósticos.

Assim, trazemos nesta edição um panorama do que deve ocorrer com os setores mais relevantes da B3 quando os números do segundo trimestre forem divulgados.

Setores baseados em commodities, como mineradoras, siderúrgicas e empresas de celulose deverão apresentar resultados muito positivos, com uma geração de caixa bastante expressiva.

A maioria das empresas desse setor tem três vantagens. Uma delas é o câmbio favorável. Com o dólar circulando acima de R$ 5 durante quase todo o segundo trimestre, o ganho nominal foi elevado.

A segunda vantagem é que o mercado internacional de commodities permaneceu aquecido durante todo o período, com altas significativas das cotações do minério de ferro, da celulose, do petróleo e de outros materiais básicos.

A terceira vantagem, mais estrutural e duradoura, é que essas companhias vinham, quase todas, em um processo de melhoria de processos e fortalecimento de seus balanços. Isso lhes permite melhorar a chamada alavancagem operacional, em que é possível aumentar a produção e o faturamento sem pressionar exageradamente os custos. Ou seja, um aumento sustentável de produtividade.

Outro setor promissor é o dos bancos.

Após um 2020 complicado, o início das divulgações do trimestre – Santander Brasil (SANB11) abre a fila, com o anúncio dos resultados no dia 28 de julho – deve mostrar bons números, com a reversão de provisões e a sustentabilidade do mercado de crédito apresentando bons resultados.

No caso da proteína animal, o cenário interno é um pouco mais complicado devido à alta dos preços dos insumos e à dificuldade de repassar preços no mercado doméstico.

Assim, as empresas em que os mercados internacionais são mais relevantes no total de resultados –JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e, em menor escala, Minerva Proteínas (BEEF3) – deverão apresentar números melhores.

No caso da BRF (BRFS3), o mercado interno é mais relevante.

Um setor que ainda deve demorar um pouco mais de tempo para retomar os níveis de atividade pré-pandemia é o dos shopping centers.

Os números do segundo trimestre não serão ruins e a melhora deve ser tímida.

Resultados mais fortes apenas a partir dos próximos trimestres.

E, claro, você pode contar sempre com os analistas da Levante Ideias de Investimentos para analisar esses números com profundidade e precisão.

E Eu Com Isso?

A sessão da terça-feira começa com uma leve alta nos contratos futuros de Ibovespa e uma valorização mais acentuada no índice americano S&P 500, em uma reação às fortes quedas da véspera.

No entanto, apesar do início positivo, a ausência de indicadores torna as cotações mais suscetíveis aos resultados das empresas americanas que estão sendo divulgados, o que deve amplificar a volatilidade.

As notícias são positivas para a bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Covid-19 volta ao radar.

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Bradesco planeja expandir crédito rural https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/bradesco-planeja-expandir-credito-rural https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/bradesco-planeja-expandir-credito-rural#respond Mon, 05 Jul 2021 12:48:26 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=27600 O Bradesco (BBDC4) tem planos para expandir seu crédito rural na safra 21/22 em 30% em relação aos R$ 37 bilhões emprestados para a safra 19/20. Segundo o diretor da área de agronegócios do banco, Roberto França, boa parte da oferta adicional de crédito, que deve chegar a R$ 11 bilhões, terá juros de mercado.… Read More »Bradesco planeja expandir crédito rural

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O Bradesco (BBDC4) tem planos para expandir seu crédito rural na safra 21/22 em 30% em relação aos R$ 37 bilhões emprestados para a safra 19/20.

Segundo o diretor da área de agronegócios do banco, Roberto França, boa parte da oferta adicional de crédito, que deve chegar a R$ 11 bilhões, terá juros de mercado.

O diretor ainda ressalta que a fonte dos recursos a serem emprestados, os depósitos à vista, tiveram crescimento de 20% em relação ao ano passado, porém o crédito para agricultores terá um crescimento ainda maior.

E Eu Com Isso?

A notícia é positiva para o banco, uma vez que o agronegócio é parte importante da economia brasileira e vem sendo priorizado pelos concorrentes.

O Santander (SANB11) e Itaú (ITUB4) vêm destacando cada vez mais esse segmento em seus resultados.

Esperamos um impacto levemente positivo nas ações do Bradesco (BBDC4) no curto prazo.

Apesar do movimento mostrar um dos pontos de foco do Bradesco (BBDC4), a companhia apresentou uma carteira de crédito expandida de R$ 705 bilhões, o que mostra que o crédito para o agronegócio ainda representa cerca de 5% e, por isso, o impacto deste crescimento deve ser ainda limitado no curto prazo.

As linhas de crédito ligadas ao agronegócio são subsidiadas pelo governo, diminuindo o risco da operação para os grandes bancos.

Acreditamos que a manutenção do câmbio em patamares elevados, o que beneficia exportadores, é um dos principais motivos pelo foco no setor no curto prazo.

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Leia também: Bradesco (BBDC4/BBDC3) anuncia recompra de ações.

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Venda do Banco Votorantim https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/venda-do-banco-votorantim https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/venda-do-banco-votorantim#respond Mon, 21 Jun 2021 13:30:56 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=26398 Após ter seu IPO adiado pela segunda vez em 2021, o Banco Votorantim, recém rebatizado de BV, gerou especulações quanto a uma possível venda para alguma outra instituição financeira. Já é público o interesse por parte dos controladores da companhia, o Banco do Brasil e o Grupo Votorantim, o desejo de realizar o desinvestimento no… Read More »Venda do Banco Votorantim

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Após ter seu IPO adiado pela segunda vez em 2021, o Banco Votorantim, recém rebatizado de BV, gerou especulações quanto a uma possível venda para alguma outra instituição financeira.

Já é público o interesse por parte dos controladores da companhia, o Banco do Brasil e o Grupo Votorantim, o desejo de realizar o desinvestimento no ativo, levando o mercado em geral a crer que o que falta para a venda é somente uma boa oferta.

O BV possui cerca de R$ 11 bilhões de patrimônio líquido, considerando o múltiplo de preço sobre valor patrimonial de outros bancos privados, especula-se que uma oferta deva avaliar a companhia próximo dos R$ 17,5 bilhões.

Entre os principais pontos que tornam o ativo atraente, estão sua posição de liderança no financiamento de veículos, rivalizando com o Santander (SANB11), além de diversas iniciativas digitais, a principal delas sendo sua participação no banco digital Neon, o qual também fornece infraestrutura.

Acreditamos que a aquisição pode fazer sentido para diversos tipos de companhias, desde os bancos tradicionais, querendo expandir sua posição em crédito, até fintechs buscando aumentar seu ecossistema de produtos e serviços, se aproveitando da sua facilidade para captação de recursos no mercado.

E Eu Com Isso?

A notícia ainda é altamente especulativa, podendo impactar o mercado de maneira mais concreta após alguma oferta seja feita.

Apesar disso, enxergamos o aumento no interesse pelo ativo como positivo para o Banco do Brasil (BBAS3), por isso acreditamos que a notícia possa impactar as ações do banco no curto-prazo.

Entre os principais nomes especulados para a compra do BV, temos a XP (XP: NASDAQ), que iniciou suas operações como banco mais recentemente.

Em nossa visão, a aquisição poderia ajudar a companhia a expandir de maneira acelerada sua oferta em alguns produtos, como crédito, no qual a companhia ainda possui uma oferta discreta.

Dito isso, os valores da transação e o modo de operar praticamente igual à um banco tradicional devem ser fatores que dificultem essa transação.

O BTG Pactual (BPAC11), principal concorrente da XP e que também vem iniciando suas operações no varejo, mais recentemente nos parece um candidato menos provável.

Isso porque aumentou recentemente sua participação no Banco Pan (BPAN4), com um projeto de diversificar as receitas do banco que já possui uma concentração proveniente de financiamentos.

Entre as instituições tradicionais, o Santander (SANB11) aparece como nome favorito, com uma possível consolidação da liderança no financiamento de veículos, porém é provável que uma possível aquisição gere problemas com o Cade, o que também torna o movimento improvável.

Entre as companhias mais inovadoras, acreditamos que a uma aquisição por parte da Stone (STNE:NASDAQ) é a que pode fazer mais sentido.

Recentemente, a companhia concluiu a compra 4,99% do Inter, iniciando uma parceria para expansão dos produtos de seu marketplace digital.

Uma aquisição em conjunto com o banco Inter poderia trazer sinergias interessantes para ambas as partes.

Entre outros nomes relevantes, o Nubank aparece com alguma força, porém é difícil acreditar que o banco vá realizar aquisição de instituições que operem de maneira mais tradicional.

Outros bancos privados de grande porte, como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), aparecem com menos força, uma vez que o financiamento de automóveis não parece ser parte do foco da estratégia das companhias e uma aquisição deste porte certamente geraria dificuldades com o Cade.

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Leia também: Suzano (SUZB3): Votorantim vende bloco de ações.

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Dividendos Itaúsa: vale a pena investir na empresa? https://levanteideias.com.br/artigos/dividendos-itausa-vale-a-pena-investir-na-empresa https://levanteideias.com.br/artigos/dividendos-itausa-vale-a-pena-investir-na-empresa#respond Fri, 21 May 2021 17:17:27 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=24571 Sumário Executivo Neste relatório, falaremos sobre a empresa pagadora de dividendos para 2021, uma das ações mais acompanhadas pelo investidor pessoa física no Brasil: a Itaúsa (ITSA3/ITSA4), conhecida pela sua relevante participação no capital do Banco Itaú Unibanco. O relatório divide-se em: i) visão geral da companhia; ii) o que tem acontecido com a Itaúsa;… Read More »Dividendos Itaúsa: vale a pena investir na empresa?

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Sumário Executivo

Neste relatório, falaremos sobre a empresa pagadora de dividendos para 2021, uma das ações mais acompanhadas pelo investidor pessoa física no Brasil: a Itaúsa (ITSA3/ITSA4), conhecida pela sua relevante participação no capital do Banco Itaú Unibanco.

O relatório divide-se em: i) visão geral da companhia; ii) o que tem acontecido com a Itaúsa; iii) inadimplência; iv) resultados do 1T21; v) relação Itaúsa e XP; vi) Dividend Yield Itaúsa.

Nós, da Levante, reiteramos a nossa recomendação de COMPRA das ações Itaúsa até o preço de R$ 13,50. Para isso, baseamo-nos nos seguintes aspectos:

Dividendos Itaúsa: os principais pontos da tese de investimento

  • O valuation é atrativo. As ações do Banco Itaú estão descontadas, com possibilidade de reversão de provisões do Itaú, aumento no lucro líquido e com o fechamento do desconto de holding da Itaúsa para 20% (de 25% atualmente);
  • Alta margem de segurança, com relação risco e potencial de retorno atrativa;
  • Poder da marca Itaú e, agora, XP no Brasil;
  • Histórico de competência e consistência dos gestores, com rentabilidade e transparência elevadas;
  • Manutenção do alto potencial de distribuição de proventos aos acionistas no longo prazo;
  • Oportunidades de crescimento em outros negócios: saneamento básico com a Aegea, em que a Itaúsa tem cerca de 10% de participação, com dois novos blocos no leilão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro).

Acreditamos que a Itaúsa pode ser considerada a Berkshire Hathaway brasileira, uma empresa holding de participações, sendo que a participação no banco Itaú Unibanco é a grande geradora de caixa para o crescimento dos novos negócios da Itaúsa.

Principais catalisadores das ações da Itaúsa

  • Investimento no setor de saneamento básico na Aegea, que venceu dois lotes no leilão da Cedae, o que pode reduzir a dominância do resultado do Itaú no resultado consolidado da Itaúsa;
  • Fechamento do desconto de holding da Itaúsa depois que os acionistas do Itaú receberam os BDRs da participação do Itaú na XP;
  • Possibilidade de venda de participação da Itaúsa na XP, que tem valor de mercado total de R$ 128 bilhões, com 15,12% de participação indireta da Itaúsa na XP (R$ 19,34 bilhões);
  • Remuneração aos acionistas: programa de recompra de ações da Itaúsa está aberto e tem possibilidade de aumento do percentual de distribuição de lucros (payout) para 50%;
  • Retorno em dividendos de 5,3% em 2021, com payout de 50%.

Visão geral da companhia

A Itaúsa (Investimentos Itaú S.A.) é uma holding pura e corresponsável pela política empresarial e pela gestão de suas controladas.

A maioria das empresas investidas também têm capital aberto na Bolsa e estão localizadas no estado de São Paulo.

Seu principal foco de atuação é a área de serviços financeiros, com investimento relevante no banco Itaú Unibanco S.A e o restante em Duratex S.A., Alpargatas S.A, NTS S/A e Copagaz S/A.

Atualmente, pouco menos de 90% do valor de suas participações patrimoniais são no Banco Itaú (ITUB3/ITUB4), um dos maiores bancos privados do mundo:

Dividendos Itaúsa - gráfico itaúsa

Guardadas as devidas proporções, a Itaúsa pode ser considerada a Berkshire Hathaway – a famosa companhia administrada por Warren Buffet – brasileira, visto que o foco da empresa é a geração de valor para os acionistas por meio de participações em empresas com históricos consistentes de rentabilidade (ROE) e altos fluxos de dividendos, como preconiza a filosofia de investimentos do oráculo de Omaha.

Como holding pura, a Itaúsa não dispõe de receita própria proveniente de bens e serviços, somente de receitas de equivalência patrimonial.

Em 2019, a Itaúsa obteve uma receita de equivalência patrimonial consolidada de R$ 10,4 bilhões, um crescimento de 7,3% em relação a 2018.

Já em 2020, ano marcado pela pandemia do coronavírus, a Itaúsa obteve uma receita de equivalência patrimonial consolidada de R$ 7,2 bilhões, um decréscimo de 30,9% em relação a 2019.

No primeiro semestre de 2021, a receita de equivalência patrimonial foi de R$ 2,3 bilhões, um aumento de 75,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O que tem acontecido com a Itaúsa

Aquisição da Aegea e Impactos do Leilão de Concessão da CEDAE

Em 27 de abril, a Itaúsa anunciou um investimento na Aegea Saneamento, com um valor de R$ 1,3 bilhão pela participação de 10,20% do capital votante e 8,53% do capital total.

A aquisição vem em linha com o que a companhia tem divulgado ao mercado, de aquisição de empresas em setores com fluxo de capital estável e em setores não financeiros.

A Aegea é líder no setor privado de saneamento básico no Brasil, atendendo mais de 11 milhões de pessoas em 126 municípios de 12 estados brasileiros.

A aquisição, avaliada como positiva pela agência de rating Moody’s, permitirá à Aegea financiar novos investimentos no país, o que irá se refletir positivamente em Itaúsa.

Logo após essa notícia, foi realizado, em 30 de abril, o leilão de concessão da Cedae, na B3, no qual o consórcio da Aegea sagrou-se vencedor.

O leilão foi bastante concorrido e superou as expectativas com arrecadação de cerca de R$ 22,7 bilhões, com três dos quatro blocos arrematados.

A vitória foi bastante positiva para a Aegea, por permitir a viabilização da expansão de suas operações no país, e também para a Itaúsa, consequentemente.

Segundo previsto no contrato de concessão, os consórcios vencedores deverão investir cerca de R$ 30 bilhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo do contrato de 35 anos, com R$ 12 bilhões devendo ser desembolsados nos primeiros cinco anos.

O investimento contempla o objetivo de universalização da água até o décimo segundo ano da concessão, conforme estabelecido no novo marco regulatório do saneamento.

Aumento de Participação na NTS

Além do novo investimento na Aegea, a companhia também aumentou sua posição na NTS, se aproveitando da venda da participação da Petrobras (PETR4) na companhia no final de abril.

Assim, a Itaúsa aumentou sua posição de 7,65% para 8,50% do capital total da companhia.

Este artigo é uma versão reduzida do Report Completo sobre o assunto produzido pela Equipe Levante.

Para baixar o Report Completo gratuitamente e ler o conteúdo completo, basta clicar aqui!

Impacto no Setor Financeiro

No ano, as ações preferenciais da Itaúsa (ITSA4) recuam mais de 10%, desempenho bastante inferior ao Ibovespa, que apresentou leve alta de 3,3% até 11 de maio de 2021.

Em nossa avaliação, o desempenho ruim das ações de Itaúsa está associado aos acontecimentos mais recentes do setor de bancos no Brasil, visto que há uma alta exposição da Itaúsa ao Banco Itaú.

Desde o ano passado, tais companhias financeiras têm se deparado com uma série de desafios que têm colocado todas as suas histórias e resiliências à prova.

Como se sabe, o setor de bancos, no Brasil, sempre foi bastante concentrado, com poucas instituições correspondendo a praticamente toda a fatia do mercado.

Na composição atual do Ibovespa, as quatro maiores instituições têm peso de 15,7% no Índice, algo bastante representativo se comparado à relevância do serviço financeiro no PIB do Brasil.

Nos últimos anos, o setor tem vivenciado profundas transformações em seu funcionamento, em sua dinâmica e em sua estrutura competitiva, o que tem reduzido a visibilidade futura das companhias do setor e aumentado a percepção de risco do mercado frente às suas ações.

Nós separamos os fatores que têm afetado negativamente o desempenho das ações dos bancos desde 2020 em três pontos:

Aumento da concorrência

A tecnologia e a tendência de digitalização dos serviços financeiros reduziram as barreiras de entrada no setor, o que permitiu a chegada de novos concorrentes – os quais oferecem serviços a preços mais baixos que os praticados anos atrás.

Risco regulatório

Além de a atuação do Banco Central (BC) estar bastante orientada ao aumento da concorrência no setor, a pandemia trouxe de volta a discussão a respeito dos resultados dos grandes bancos na Câmara dos Deputados e no Senado.

Dois riscos têm assombrado o setor: o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e a fixação de um teto de taxa de juros em algumas linhas de crédito para pessoa física.

Inadimplência

Com os impactos da Covid-19 na economia, os bancos ligaram o sinal de alerta para o risco de aumento das taxas de inadimplência sobre suas carteiras de crédito.

Em 2020, os bancos aumentaram as suas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), uma forma de aumentar o colchão de reservas para o futuro.

A exposição natural que os bancos possuem à “economia real” elevou a percepção de risco sobre suas ações no curto prazo, o que ajuda a explicar o mau desempenho das ações até o momento.

Conclusão

Apesar de avaliarmos que os três pontos comentados acima sejam relevantes e capazes de atingir a rentabilidade das instituições (levando-a a patamares menores que o histórico), nós acreditamos que tais fatores estão pesando de forma desproporcional no preço das ações da Itaúsa em 2021.

Inadimplência

Com a pandemia e todos os prejuízos gerados no contexto econômico, os bancos ligaram o sinal de alerta para o risco de aumento das taxas de inadimplência sobre suas carteiras de crédito.

Ao longo dos últimos 12 meses, podemos observar que os quatro bancos destinaram um total de R$ 78,3 bilhões para a conta de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), com destaque para Itaú, provisionando cerca de R$ 23,9 bilhões no período.

Levante Ideias - Itaúsa gráfico report

Apesar de ainda elevada, essa provisão já apresenta melhora quando comparado o 1T21 com o 1T20, com queda de 42% para Bradesco, 81% para Banco do Brasil, 8% para Santander e alta de 69% para Itaú, mais conservador.

Neste ponto, enxergamos que há, de fato, um risco relevante de aumento da inadimplência ao longo de 2021, muito embora entendamos que essa dinâmica seja pontual e não afete estruturalmente as condições econômicas brasileiras no longo prazo.

O aumento do custo do crédito, por meio do acréscimo na PDD, foi o principal fator que levou os grandes bancos a registrarem quedas relevantes em seus lucros no primeiro semestre.

A baixa na receita com serviços também reduziu o seu resultado, mas com impacto limitado em comparação com o impacto da PDD.

Por ora, acreditamos que os índices de inadimplência não justificam o aumento nas provisões realizadas pelos bancos.

É evidente que algum estresse nos indicadores de calote deve ser notado a partir do próximo ano, visto que as renegociações das dívidas realizadas deram certo alívio aos tomadores no curto prazo.

Dessa forma, esperamos que o maior impacto nos índices ocorra na metade de 2021.

Mesmo assim, em nossa visão, esse aumento é, sobretudo, estratégico e relacionado não apenas a critérios operacionais (conservadorismo), mas também à mitigação de riscos fiscais e regulatórios relevantes no momento.

Ao aumentar o custo de crédito via PDD, o banco reduz seu lucro, seu tributo a pagar e a visibilidade dos seus fortes resultados (mesmo em meio à pandemia), o que poderia ser visto como uma “extorsão” e ganhos “em cima” do tomador de crédito por reguladores, por sindicatos e pela mídia.

Acreditamos que os grandes bancos brasileiros, principalmente Itaú e Bradesco, são sempre bastante conservadores nas provisões para perdas com crédito, a chamada PDD.

Os quatro bancos fizeram provisões no valor total de R$ 90,4 bilhões em 2020, sendo R$ 29,9 bilhões do Itaú, R$ 25,8 bilhões do Bradesco, R$ 22,1 bilhões do Banco do Brasil e apenas R$ 12,6 bilhões do Santander.

Com a retomada da economia, o crescimento da concessão de crédito e a manutenção da inadimplência em níveis controlados, acredito que os bancos poderão fazer reversão das provisões (PDD) no fim de 2021, o que, de certa forma, já pode ser observado nos resultados do 1T21, especialmente nos casos de Banco do Brasil e do Santander.

Essa reversão das provisões feitas em 2020 vai significar um aumento nos lucros dos bancos em 2021.

Acreditamos que o potencial de revisão para cima nos lucros do Itaú e do Bradesco é maior devido ao maior tamanho das PDDs desses bancos mais conservadores.

Resultados do 1T21

A Itaúsa (ITSA4) divulgou, em 10 de abril, o resultado do primeiro trimestre de 2021. Por ser uma empresa de participações (holding), com praticamente todo seu capital investido em companhias de capital aberto que já reportaram seus resultados previamente (Itaú, Alpargatas e Duratex), os números não apresentaram grandes surpresas.

O lucro líquido recorrente da companhia atingiu R$ 2,4 bilhões no trimestre, com crescimento de 123% no a/a.

O forte crescimento é explicado por uma performance melhor do Itaú (ITUB4), que, no primeiro trimestre do ano passado, fez diversas provisões para perdas de crédito devido ao início da pandemia, diminuindo a base de comparação.

Com isso, a companhia obteve um ROE recorrente anualizado de 16,6%, com avanço em relação aos 8% apresentados no 1T20.

O resultado da própria Itaúsa, isto é, os custos da holding, tiveram uma queda de 54% no a/a, atingindo R$ 100 milhões, devido principalmente a uma diminuição de 70% nas despesas tributárias, que atingiram R$ 51 milhões no período.

Este artigo é uma versão reduzida do Report Completo sobre o assunto produzido pela Equipe Levante.

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Resultado da Méliuz (CASH3) do 1T21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/resultado-da-meliuz-cash3-do-1t21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/resultado-da-meliuz-cash3-do-1t21#respond Mon, 17 May 2021 14:31:58 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=24343 A Méliuz (CASH3) reportou nesta segunda-feira (17), seu resultado do primeiro trimestre de 2021, o segundo após a abertura de capital, realizada em novembro de 2020. A companhia apresentou sólido crescimento de receita, porém o principal destaque fica por conta do potencial das aquisições. A companhia atingiu um valor total transacionado (GMV) em sua plataforma… Read More »Resultado da Méliuz (CASH3) do 1T21

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A Méliuz (CASH3) reportou nesta segunda-feira (17), seu resultado do primeiro trimestre de 2021, o segundo após a abertura de capital, realizada em novembro de 2020. A companhia apresentou sólido crescimento de receita, porém o principal destaque fica por conta do potencial das aquisições.

A companhia atingiu um valor total transacionado (GMV) em sua plataforma de 844 milhões de reais, 93 por cento maior na comparação anual, e atingiu 2,9 bilhões de reais nos últimos 12 meses. Já na parte de serviços financeiros, o valor total transacionado (TPV) pelos cartões da companhia atingiu 607 milhões de reais, 7,5 vezes mais do que os 80 milhões no 1T20.

A companhia apresentou uma receita de 51,8 milhões de reais, 64 por cento maior na comparação anual, sendo 42,7 milhões vindas do marketplace (crescimento anual de 41 por cento) e 9,1 milhões de reais de serviços financeiros (6,5x mais do que em 120).

Do lado das despesas, o que mais chamou a atenção foi o gasto com marketing, que saltou de 0,3 milhões em 1T20 para 7,0 milhões em 1T21, com o objetivo de sustentar o crescimento acelerado da companhia, porém resultando em uma queda da margem Ebitda ajustado de 30,6 por cento, para 14,7 por cento no mesmo período, atingindo 7,6 milhões de reais.

Por fim, a companhia apresentou um lucro líquido de 3,0 milhões de reais, pouco menos da metade do lucro em 1T20 de 6,2 milhões, resultado da maior intensidade dos gastos com marketing e despesas para a aquisição de outras empresas.

Em 2020 a receita da companhia totalizou 125,4 milhões, se acrescentarmos o resultado de 2020 de todas as 5 companhias adquiridas individualmente, a receita teria vindo 206,7 milhões de reais, evidenciando o potencial de crescimento da companhia para 2021.

E Eu Com Isso?

O resultado apresentou números levemente abaixo das expectativas, porém com destaque para indicadores operacionais fortes, mostrando o potencial das companhias recém adquiridas, por isso esperamos impacto levemente positivo no preço das ações da companhia no curto prazo.

A companhia obteve 16,4 milhões de novas contas abertas no trimestre, representando um aumento de 73 por cento em relação ao 1T20. Além disso, a base de usuários ativos nos últimos 12 meses atingiu 7,1 milhões de usuários, número 226 por cento superior ao mesmo trimestre do ano passado.

Na parte de serviços financeiros, a companhia atingiu 1,4 milhões de solicitações por cartões no trimestre, atingindo 4,5 milhões desde o início. Além disso, a companhia lançou um marketplace de crédito, onde os consumidores podem comparar as ofertas de crédito de diversas instituições e escolher o melhor para elas, modelo de negócios já existente em outros países, com empresas como a Funding Circle (Reino Unido) e Fundera (EUA).

Como a companhia já havia divulgado em seu IPO, metade dos recursos captados serão destinados para aquisições de empresas de tecnologia e complementares ao ecossistema da Méliuz. Até aqui, a companhia já adquiriu: i) Acesso Bank (aquisição feita em maio, pendente aprovação), fintech especializada em soluções de pagamentos e plataforma “banking as a service”; ii) Promobit, rede social focada em troca de ofertas e descontos entre usuários; iii) Melhor Plano, companhia que compara planos de telefonia e internet e que recentemente entrou em serviços financeiros; e por último iv) Picodi, plataforma de cupons com presença em mais de 44 países, dando início a expansão internacional da companhia.

Acreditamos que o principal catalisador para a companhia seja a continuação da execução de sua estratégia de aquisições, além do lançamento de novos produtos, como fez com o marketplace de crédito neste trimestre. O segmento de atuação vem chamando a atenção do mercado, com bancos digitais intensificando ofertas do tipo, atrelado a pontos de seus cartões de crédito.

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Leia também: Resultado do BTG Pactual (BPAC11) do 1T21.

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Análise dos resultados do 1T21 dos grandes bancos | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/analise-dos-resultados-do-1t21-dos-grandes-bancos-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/analise-dos-resultados-do-1t21-dos-grandes-bancos-domingo-de-valor#respond Sun, 09 May 2021 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=24085 Na coluna de hoje, vou falar sobre os resultados do 1T21 dos grandes bancos: Santander Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, comentando sobre os principais fundamentos do resultado e os impactos no preço das ações no curto prazo. Em linhas gerais, o lucro líquido reportado pelos bancos no 1T21 veio cerca de 10… Read More »Análise dos resultados do 1T21 dos grandes bancos | Domingo de Valor

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Na coluna de hoje, vou falar sobre os resultados do 1T21 dos grandes bancos: Santander Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, comentando sobre os principais fundamentos do resultado e os impactos no preço das ações no curto prazo.

Em linhas gerais, o lucro líquido reportado pelos bancos no 1T21 veio cerca de 10 por cento acima do esperado, principalmente devido às perspectivas pessimistas com as instituições no trimestre, mas também porque alguns indicadores mostraram evolução positiva.

Resumo Resultados 1T21

Resumo do resultado dos bancos - Domingo de Valor - Levante

A minha análise dos resultados dos bancos leva em consideração os seguintes pontos: i) custo do crédito, Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) e inadimplência; ii) crescimento da carteira de crédito; iii) comportamento da margem financeira líquida com clientes; iv) receita de serviços em queda devido ao aumento da concorrência e; v) redução nas despesas operacionais, com fechamento de agências e corte de pessoal.

Esses pontos acima são os principais drivers para os resultados dos bancos, com o crescimento do lucro líquido e o aumento do retorno sobre o patrimônio líquido.

Em termos gerais eu diria que os melhores resultados, na ordem do mais forte e acima do consenso para o menos forte, foram: Banco do Brasil, Santander Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco.

Na parte final, eu comento um pouco sobre múltiplos (valuation) dos bancos, principais catalisadores das ações e qual o impacto da reversão de provisões (PDD) no lucro dos bancos que deixa os múltiplos ainda mais atrativos, pois as ações estão com desempenho inferior ao Ibovespa em 2021.

Santander Brasil

De forma geral, o resultado do Santander Brasil veio um pouco acima do esperado devido à redução do custo de crédito e à ausência de PDD complementar, com recuperação de rentabilidade medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). As ações (SANB11) fecharam em forte alta de 8,1 por cento no dia 28 de abril, repercutindo esse resultado acima das expectativas. O resultado veio 9 por cento acima do esperado em termos de lucro líquido, que totalizou 4,012 bilhões de reais. O retorno sobre capital próprio (ROE) foi de 20,9 por cento, mantendo-se em patamares relativamente próximos aos vistos antes da crise da Covid-19, porém ainda abaixo dos 22,3 por cento observados no mesmo trimestre de 2020.

Mais uma vez não houve provisão extraordinária para devedores duvidosos (PDD). As provisões atingiram 3,2 bilhões de reais, uma queda de 7,7 por cento na comparação anual. Assim, o custo do crédito representou 2,6 por cento da carteira de crédito no trimestre (2,5 por cento no 4T20).

Itaú Unibanco

O lucro líquido do Itaú foi de 6,4 bilhões de reais, 9 por cento acima do esperado, com destaque para a melhora da rentabilidade (ROE) de 18,5 por cento (16,1 por cento no 4T20).

O ROE caiu muito no 1T20, atingindo 12,8 por cento e mostrou uma evolução gradual em todos os trimestres subsequentes, mas ainda muito abaixo do ROE visto em 4T19 de 23,7 por cento, pré-pandemia.

A PDD também teve melhora sequencial, com queda de 21,4 por cento em relação ao 4T20 e registrando uma melhora de 57,3 por cento em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A redução nas provisões indica um cenário macroeconômico melhor, especialmente em relação ao fim do 1T20, quando os efeitos da Covid-19 ainda eram muito incertos.

Um dos pontos a se destacar do resultado foi a capacidade de controle de custos da companhia, com uma queda nas despesas operacionais de quase 1 bilhão de reais, uma queda de 6,6 por cento em relação ao último trimestre, apesar de um crescimento de 3,2 por cento em relação ao 1T20.

Bradesco

O lucro líquido recorrente foi de 6,5 bilhões de reais no trimestre, 6 por cento acima do consenso, continuando a tendência vista ao longo de 2020 após a queda do primeiro trimestre após o início da pandemia.

O crescimento anual no lucro líquido de 73,6 por cento com relação ao 1T21, impulsionou o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) a patamares próximos aos vistos em 2019, atingindo 18,7 por cento no trimestre, uma melhora significativa aos 11,7 por cento vistos no 1T20.

A PDD expandida, maior motivo para a forte queda no lucro dos bancos em 2020, atingiu 3,9 bilhões de reais, representando uma queda de 14,5 por cento em relação ao último trimestre e um tombo de 41,8 por cento em relação ao 1T20.

O Bradesco demonstrou foco ao melhorar sua eficiência com uma queda de 4,7 por cento nas despesas operacionais no trimestre quando comparado com 1T20, um bom número, mas que apresenta uma desaceleração em relação à redução anual de 9,3 por cento vista no trimestre anterior.

Banco do Brasil

O lucro líquido ajustado totalizou 4,9 bilhões de reais no 1T21, representando um crescimento de 44,7 por cento comparado ao 1T20 e 33 por cento superior ao 4T20. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 15,1 por cento no trimestre, uma melhora de 2,6 pontos percentuais na comparação anual.

O BB apresentou um melhor resultado também em sua PDD, com queda de 54,2 por cento na comparação anual, atingindo 2,5 bilhões de reais.

O bom resultado de lucro pode ser atribuído, além do forte aumento da margem financeira líquida (crescimento de 33 por cento em relação ao 4T20), ao controle de despesas operacionais, uma vez que o banco divulgou uma queda de 4,8 por cento nas despesas administrativas em relação ao 4T20. As despesas caíram para 7,7 bilhões de reais.

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Valuation

As ações dos grandes bancos, exceto Banco do Brasil, estão sendo negociadas a múltiplos preço/lucro 2021 entre 9 e 10 vezes.

Valuation P/L Grandes Bancos - Domingo de Valor - Levante

Em relação ao múltiplo preço/valor patrimonial da ação (P/VPA) a faixa é de 1,7 a 1,9 vezes.

P/VPA Grandes Bancos 1T21 - Domingo de Valor - Levante

Potencial de valorização com a reversão da PDD

Acredito que os grandes bancos brasileiros, principalmente Itaú e Bradesco, são sempre bastante conservadores nas provisões para perdas com crédito, a chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD).

Os quatro bancos fizeram provisões no valor total de 90,4 bilhões de reais em 2020, sendo 29,9 bilhões do Itaú, 25,8 bilhões do Bradesco, 22,1 bilhões do Banco do Brasil e apenas 12,6 bilhões do Santander.

Com a retomada da economia, o crescimento da concessão de crédito e com manutenção da inadimplência em níveis controlados, acredito que os bancos poderão fazer reversão das provisões (PDD) no fim de 2021, o que de certa forma já pode ser observado nos resultados do 1T21, especialmente nos casos de Banco do Brasil e do Santander.

Essa reversão das provisões feitas em 2020 vai significar um aumento nos lucros dos bancos em 2021. Acredito que o potencial de revisão para cima nos lucros do Itaú e do Bradesco é maior devido ao maior tamanho das PDDs desses bancos mais conservadores.

Somente como exercício: assumindo que os bancos irão reverter 15 por cento das provisões constituídas em 2020, o aumento no lucro líquido projetado (consenso) de 2021 é de 16 por cento na média.

Impacto da reversão da PDD nos lucros

PDD Grandes Bancos - Domingo de Valor - Levante

A revisão para cima nos lucros dos bancos vai tornar as ações ainda mais atrativas em termos de valuation, com múltiplos preço/lucro 2021 variando de 8,0 a 8,6 vezes (9,2 a 10,1 vezes anteriormente, exceto Banco do Brasil).

Dividendos

Assumindo que os bancos deverão distribuir 50 por cento dos lucros em 2021, o retorno em dividendos (yield) projetado é de pelo menos 5 por cento para os grandes bancos (exceto Banco do Brasil).

Informações de mercado

Informações de mercado - Domingo de Valor - Levante Ideias

Conclusão

Acredito que existe uma assimetria com as ações dos grandes bancos na Bolsa, pois parece que todas as más notícias estão incorporadas no preço das ações, mas a potencial revisão para cima no lucro em 2021 parece ainda não ter sido incorporada nas perspectivas de mercado.

As ações do setor de bancos ficaram para trás em 2021: Banco do Brasil (- 23,2 por cento), Bradesco (- 2,4 por cento), Itaú (- 12,5 por cento) e Santander Brasil (- 12,6 por cento), com desempenho inferior ao Ibovespa (+0,8 por cento).

Quando olho para o valuation das ações dos bancos, os múltiplos parecem atrativos em termos de preço/lucro, podendo ficar ainda mais baratos se for considerada a reversão da PDD e a revisão para cima do consenso de lucros. Adicionalmente, existe ainda a possibilidade de bons ganhos com dividendos e recompra de ações dos bancos em 2021 (o Bradesco acabou de aprovar o seu programa).

Por último, não recomendamos o investimento nas ações do Banco do Brasil, por se tratar de uma empresa estatal sujeita às interferências políticas, o que elevou muito o risco do investimento, mesmo com os múltiplos mais baixos. Neste momento, não há nenhuma ação de empresa estatal nas carteiras de ações da Levante.

Abraços,
Eduardo Guimarães.

Leia a minha última coluna do Domingo de Valor para ficar por dentro da Bolsa: Fusão Lojas Americanas e B2W Digital | Domingo de Valor.

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Resultados do Santander (SANB11) do 1T21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/resultados-do-santander-sanb11-do-1t21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/resultados-do-santander-sanb11-do-1t21#respond Wed, 28 Apr 2021 14:45:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=23779 O Banco Santander Brasil foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar seus resultados do primeiro trimestre de 2021 nesta quarta-feira (28) antes da abertura do mercado. O resultado veio acima do esperado em termos de lucro líquido que totalizou 4,012 bilhões de reais. O retorno sobre capital próprio (ROE) foi de 20,9 por cento,… Read More »Resultados do Santander (SANB11) do 1T21

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O Banco Santander Brasil foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar seus resultados do primeiro trimestre de 2021 nesta quarta-feira (28) antes da abertura do mercado. O resultado veio acima do esperado em termos de lucro líquido que totalizou 4,012 bilhões de reais.

O retorno sobre capital próprio (ROE) foi de 20,9 por cento, mantendo-se em patamares relativamente próximos aos vistos antes da crise da Covid-19, porém ainda abaixo dos 22,3 por cento observados no mesmo trimestre de 2020.

Mais uma vez não houve provisão extraordinária para devedores duvidosos (PDD), as provisões atingiram 3,2 bilhões de reais, uma queda de 7,7 por cento na comparação anual. Assim, o custo do crédito representou 2,6 por cento da carteira de crédito no trimestre (2,5 por cento no 4T20).

A carteira de crédito seguiu a tendência de crescimento vista ao longo de 2020, com uma expansão de 12,2 por cento na comparação anual, atingindo 425 bilhões de reais, com destaque para a carteira de pequenas e médias empresas com crescimento de 28,4 por cento.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias tiveram uma expansão em relação ao 1T20 de 8,2 por cento, atingindo 4,8 bilhões de reais. Nesta linha, o principal destaque ficou com as receitas de cartões e serviços de adquirente (Getnet) que teve uma expansão de 9,1 por cento, atingindo 1,6 bilhão de reais.

Em meio a um cenário econômico ainda desafiador impactado pelas medidas de distanciamento social, investidores se atentam aos índices de inadimplência do banco, que neste trimestre ficou em 2,1 por cento, mesmo número dos últimos 2 trimestres. Vale ressaltar que os bancos prorrogam as dívidas durante os momentos mais críticos da crise, levando o mercado a desconfiar se esses índices poderão se manter em patamares razoáveis no segundo semestre.

As despesas totais da companhia apresentaram queda de 0,5 por cento na comparação anual, atingindo 5,3 bilhões de reais, bom resultado atribuído principalmente em uma redução de 4,4 por cento nas despesas com pessoal.

E Eu Com Isso?

De forma geral, o resultado do Santander Brasil, terceiro maior banco privado do país, veio um pouco acima do esperado, com a redução do custo de crédito, sem PDD complementares, com recuperação de rentabilidade medido pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). Esperamos que a boa performance operacional do banco impacte positivamente não só as ações do Santander (SANB11) mas também do setor como um todo, incluindo Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC3/BBDC4), no curto prazo.

Na noite anterior ao resultado, o banco também anunciou o pagamento de 3,0 bilhões de reais em dividendos, representando um retorno em dividendos (yield) de 2,1 por cento, a serem pagos no dia 2 de Junho. A partir de 10 de maio, às ações do Santander (SANB11) serão negociadas ex-dividendos.

O banco apresentou um resultado operacional forte, com expansão anual em suas margens financeiras tanto com clientes (4,3 por cento) quanto com o mercado (14,6 por cento), mais uma vez superando as expectativas do mercado. Os números agora devem deixar os investidores mais atentos aos resultados dos outros bancos, ainda há certa desconfiança dos impactos na economia de uma retomada mais vagarosa com os atrasos na vacinação e os possíveis impactos gerados nos bancos, em especial nas inadimplências.

Importante destacar também o resultado da divisão de cartões e adquirência, a Getnet, neste trimestre, além da receita, o banco divulgou o lucro da divisão de cartões, que por sua vez atingiu 110 milhões de reais, um número considerado forte para o trimestre quando comparamos com os 359 milhões de reais apresentados no ano de 2020 como um todo

O segmento ganhou destaque após os executivos da companhia aprovarem em novembro de 2020 estudos sobre um possível “spin-off” com listagem na bolsa de valores. O plano parte também do controlador do banco, o Santander da Espanha, e consiste em criar um player global de pagamentos para competir com plataformas globais no setor.

Enxergamos como principais catalisadores para as ações do Santander (SANB11) a retomada acelerada da economia brasileira com a aceleração da vacinação e novos desenvolvimentos quanto ao spin-off da Getnet que deve dar aos acionistas do banco ações da nova empresa.

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Leia mais sobre a empresa: 4T20 do Santander Brasil (SANB11).

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Na coluna de hoje vou falar sobre a abertura de capital (Initial Public Offering, IPO) da Caixa Seguridade Participações S.A., uma subsidiária integral da Caixa Econômica Federal, que atua de forma diversificada em produtos de seguro (foco principal), planos de previdência complementar aberta, títulos de capitalização, administração de consórcios e serviços de assistência e corretagem de seguros.

Direto ao ponto

A recomendação é NÃO ENTRAR na oferta pública inicial (IPO) da Caixa Seguridade.

O principal motivo para ficar de fora do IPO da Caixa Seguridade é o fato de a empresa ser estatal, com risco de interferência política em sua administração.

Além do mais, a oferta será totalmente secundária, ou seja, os recursos da oferta não entrarão no caixa da empresa e sim nos cofres do Governo Federal.

Risco de Interferência política

Acredito que a relação entre risco e retorno no investimento das ações da Caixa Seguridade não é favorável, pois existe uma grande chance de a empresa não buscar o melhor retorno para os seus acionistas devido às possíveis interferências políticas.

Por enquanto, não houve mudança no comando da Caixa Econômica Federal (CEF). Embora o presidente Pedro Guimarães venha fazendo um bom trabalho, mudanças podem vir a acontecer, como já ocorreu com Eletrobras, Banco do Brasil e Petrobras, o que afetaria a direção da Caixa Seguridade.

Posição da Levante: fora de empresas estatais

A Levante Ideias de Investimentos decidiu não mais ter papéis de empresas estatais em nossas carteiras de ações, pois acreditamos que o risco é muito alto para um retorno não tão atrativo assim. Dessa forma, não recomendamos nem a compra das ações da BB Seguridade (BBSE3), nem a entrada no IPO da Caixa Seguridade (CXSE3).

Pontos positivos da Caixa Seguridade

No lado positivo do IPO da Caixa Seguridade eu destaco: i) posição de liderança da Caixa Seguridade no mercado de seguro habitacional; ii) rede de distribuição de vendas contando com as agências da Caixa e; iii) diversificação do seu portfólio de seguros.

Perfil da empresa

Com o direito assegurado de acessar a base de clientes da Caixa e de explorar economicamente a marca da sua controladora, a Caixa Seguridade é uma das principais empresas de seguros do Brasil, oferecendo seguros nos ramos Habitacional, Prestamista (modalidade cujo objetivo é realizar a quitação total ou parcial do crédito tomado pelo segurado), de Vida, de Residência, Patrimonial, entre outros.

Market Share

A Caixa Seguridade é a líder de mercado no segmento de seguros habitacionais, com participação de mercado de 61,4 por cento, com 2,77 bilhões de reais em prêmios emitidos em 2020, segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados).

A empresa também tem posição de liderança de mercado em outros dois segmentos de seguros: i) prestamista com R3,08 bilhões de reais em prêmios e 20,9 por cento de market share e; ii) residencial com prêmios de 521 milhões de reais e 15,5 por cento de market share.

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Modelo de negócios

A Caixa Seguridade atua principalmente por meio do sistema de Bancassurance (parceria entre banco e seguradora, para que a seguradora possa oferecer e comercializar seus produtos por meio de canais de distribuição do banco) com a Caixa, mas também conta com participações societárias em empresas dos ramos de seguros, em especial no canal de Bancassurance do Banco PAN e no segmento Mar Aberto – serviços efetuados fora do balcão Caixa.

Estratégia da empresa

Como principal estratégia, a companhia busca estar ainda mais próxima do balcão de atendimento aos clientes, de forma a melhor identificar as oportunidades de rentabilização, além de monitorar o desempenho de seus parceiros comerciais em sua rede de distribuição.

Para isso, sua nova configuração conta com equipe própria atuando junto às superintendências de varejo, de forma a focar no melhor atendimento aos clientes e nas demandas da rede parceira, estes sendo correspondentes bancários e casas lotéricas.

Rede de distribuição

A companhia tem a maior rede de distribuição de produtos bancários do país. De fato, a Caixa é, hoje, o maior banco brasileiro no que se refere a depósitos e empréstimos, além de também se encontrar nos primeiros lugares em relação à capacidade de distribuição. A empresa ainda está presente em 99 por cento dos 5.570 municípios brasileiros, por meio de 26.035 pontos físicos de atendimento.

No fim de 2020, a Caixa reportou possuir uma base de mais de 145 milhões de clientes (pessoa física e jurídica). Muitos clientes que ingressaram para o banco, ressalta, iniciaram seu relacionamento por meio do Programa de Auxílio Emergencial lançado pelo Governo Federal em abril de 2020, visando prestar suporte financeiro às famílias cujos membros perderam seus empregos devido à pandemia do coronavírus.

Detalhes da oferta (IPO)

A oferta inicial será de 450 milhões de ações ordinárias da Companhia, ou seja, todos os recursos líquidos irão para o caixa da Acionista Vendedora (Caixa Econômica Federal).

Uso dos recursos

Todos os recursos captados pela Oferta serão direcionados para o Acionista Vendedor (Caixa Econômica Federal).

Cronograma da oferta

IPO da Caixa Seguridade (CXSE3) - Cronograma - Levante Investimentos

Valuation

Na faixa de preço da oferta de R9,33 reais a 12,67 reais, o valor de mercado da Caixa Seguridade ficará entre 28 bilhões e 38 bilhões de reais.

O múltiplo Preço/Lucro de 2022 da Caixa Seguridade fica no intervalo de 10,4x a 14,1x, conforme a faixa de preço da oferta.

A faixa média do intervalo de 11,00 reais por ação implica num múltiplo Preço/Lucro de 2022 de 12,2x com base em nossas estimativas.

Análise Financeira

Considerando o efeito dos acordos antigos, que, em grande parte, deve impactar a rentabilidade das vendas ainda em 2021, acreditamos que, para o caso da Caixa Seguridade, os números projetados para 2022 devem refletir melhor a realidade da companhia.

A projeção de receita total da companhia é de 2,825 bilhões de reais em 2022. É importante ressaltar que por a Caixa Seguridade ser uma holding, a maior parte dos custos já está incluída na receita que é proveniente do lucro das subsidiárias. Dessa forma, o lucro líquido estimado para 2022 é de 2,7 bilhões de reais.

Comparação com outras empresas do setor de seguros

No preço médio da oferta, as ações da Caixa Seguridade estão com múltiplo P/L 2022 projetado de 12,2x, valor elevado quando comparado a Sul América, BB Seguridade e Porto Seguro, que apresentam múltiplos de 11,9x, 9,6x e 9,0x, respectivamente.

Múltiplo P/L Caixa Seguridade (CXSE3) - Levante Investimentos

Conclusão

Ao analisar as principais empresas de seguradoras na B3, acredito que há oportunidades melhores do que a Caixa Seguridade, avaliando principalmente o Preço/Lucro 2022.

Além disso, é importante notar que as empresas com controle estatal, como é o caso neste IPO e na BB Seguridade, em geral, são negociadas com desconto em relação aos pares privados. Isso se deve aos riscos quanto à governança da companhia, uma vez que é relativamente comum o interesse da União e dos investidores não estarem alinhados.

Se o investidor deseja ter exposição ao setor de seguros no Brasil, que tem baixa penetração na economia e alto potencial de crescimento, acredito que existem alternativas melhores de investimento em ações de empresas como SulAmérica (SULA11) e Porto Seguro (PSSA3).

Quer aprofundar mais seus conhecimentos sobre a Bolsa de Valores? Então leia minha última coluna: Pergunta que eu respondo (2) | Domingo de Valor.

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