Aumento dos juros – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Thu, 09 Dec 2021 19:17:23 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png Aumento dos juros – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 O Copom e o desafio de ancorar as expectativas | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-desafio-de-ancorar-as-expectativas https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-desafio-de-ancorar-as-expectativas#respond Fri, 10 Dec 2021 10:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=34645 O Copom, mesmo confirmando o que tinha sinalizado (uma alta de 1,5 da Selic, agora em 9,25% a.a.), acabou surpreendendo com o tom mais pesado do comunicado que saiu junto à decisão, sem demonstrar maior preocupação com a desaceleração da economia, a recessão técnica e a frustração com dados mais recentes de atividade, como os… Read More »O Copom e o desafio de ancorar as expectativas | Denise Campos de Toledo

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O Copom, mesmo confirmando o que tinha sinalizado (uma alta de 1,5 da Selic, agora em 9,25% a.a.), acabou surpreendendo com o tom mais pesado do comunicado que saiu junto à decisão, sem demonstrar maior preocupação com a desaceleração da economia, a recessão técnica e a frustração com dados mais recentes de atividade, como os da indústria e do comércio. Superando a média das expectativas, já contratou mais um aumento de 1,5 para a taxa básica na primeira reunião de 2022, insistindo na intenção de provocar a convergência das projeções para as metas dos próximos anos.

Essa posição do BC levou o mercado a refazer as contas de quanto os juros podem subir, para produzir os efeitos esperados, e o impacto que todo o ajuste poderá ter sobre a atividade e o desempenho dos vários setores. Há quem já conte com a Selic em 12,25% a partir da postura hawkish do comunicado. Vale lembrar que a insistência nessa estratégia de aperto monetário, para garantir a desinflação e a ancoragem das expectativas em torno das metas, tem relação com o fato de as projeções do mercado estarem estouradas em 2021, com 10,18% no Focus, o que dá quase o dobro do teto; em 2022, em 5,02%, ante o teto de 5%; e em 2023 com 3,5%, superando o centro da meta, de 3,25%. Por mais que se conte com uma desaceleração da inflação até meados do próximo ano, as previsões só têm piorado.

Por outro lado, fica uma preocupação maior quanto a um possível exagero da política monetária, que tem um tempo para produzir resultados e pode acabar penalizando demais a atividade. Sendo que as expectativas para a atividade também têm passado por uma revisão, para pior, até pelo consumo mais restrito de boa parcela da população, o que tende a colaborar para uma perda de ritmo dos reajustes de preços. Ainda que o BC possa rever a posição até a próxima reunião, cortando o ritmo dos aumentos, o mercado já faz novos ajustes na curva curta e longa dos juros, com implicações sobre a rentabilidade da renda fixa. Também está revendo o potencial de desempenho dos vários setores, que sofrem influência positiva ou negativa dos juros mais altos, como os bancos e as empresas de varejo, por exemplo. E resta uma certa dúvida até quanto ao impacto no câmbio, onde a atratividade maior dos juros pode ajudar a manter o dólar em patamar mais baixo. Só que também se percebe uma certa preocupação do BC com as incertezas dos agentes em relação ao arcabouço fiscal e o impacto de possíveis mudanças nas políticas dos Bancos Centrais pelo mundo, que agiriam em sentido inverso.

Os dados mais recentes de seguro-desemprego e inflação nos EUA reforçam o tapering pelo Federal Reserve, além do possível aumento dos juros em 2022. Já na Europa mudanças podem ser adiadas pelo temores ainda decorrentes da pandemia, não só pela variante Ômicron, mas também pela resistência às vacinas, que tem levado a novas restrições, diante do aumento do número de infectados e até de mortes, como os recordes registrados na Alemanha.

O comportamento do mercado tende a ser pautado por todos esses temas, já que notícias mais favoráveis, como a aprovação da PEC dos Precatórios, mesmo com toda a polêmica que ainda gera, já tinha sido precificada, ajudando a alavancar um desempenho melhor da Bolsa, com acomodação do dólar em patamar mais baixo. Mas a própria PEC, com aprovação fatiada, ainda pode trazer alguma incerteza, caso a Câmara não confirme o carimbo da folga orçamentária, dando margem para mais gastos. Nesse sentido, o presidente Bolsonaro voltou a reforçar as preocupações, ao defender reajustes para os servidores, citando vários percentuais. Como a equipe econômica não tem resistido muito a essas iniciativas, a questão fiscal ainda pode, de fato, produzir mais volatilidade sobre os negócios, especialmente em 2022, com a proximidade das eleições. Não foi sem motivo que o comunicado do Copom observou as incertezas quanto ao arcabouço fiscal, apesar da melhora recente das contas públicas. Fato é que o Banco Central ainda não conseguiu ancorar as expectativas sequer quanto aos futuros passos da política de juros.

Leia a última coluna da Denise Campos de Toledo: Mercado tenta driblar o excesso de pedras no caminho.

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Copom eleva taxa Selic para 6,25% ao ano https://levanteideias.com.br/artigos/copom-eleva-taxa-selic-para-625-ao-ano https://levanteideias.com.br/artigos/copom-eleva-taxa-selic-para-625-ao-ano#respond Wed, 22 Sep 2021 21:28:06 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=31156 Depois de muita expectativa para saber de quanto seria o aumento da Selic, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou, nesta quarta-feira (22), que a taxa básica de juros subiu para 6,25% ao ano, maior nível em mais de dois anos. Essa foi a quinta alta consecutiva da taxa. O aumento definido nessa reunião vai… Read More »Copom eleva taxa Selic para 6,25% ao ano

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Depois de muita expectativa para saber de quanto seria o aumento da Selic, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou, nesta quarta-feira (22), que a taxa básica de juros subiu para 6,25% ao ano, maior nível em mais de dois anos. Essa foi a quinta alta consecutiva da taxa.

O aumento definido nessa reunião vai de acordo com a expectativa do mercado, que esperava uma elevação de um ponto percentual na taxa. Na reunião anterior, em 4 de agosto, o Copom elevou a Selic ao patamar de 5,25% ao ano, um aumento de 100 pontos-base.

De acordo com a edição mais recente do Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (20), a projeção do mercado é que a Selic termine 2021 no patamar de 8,25% ao ano. Ademais, a projeção para o fim de 2022 é que a taxa básica de juros suba para 8,50% ao ano. Em 2023 e 2024, a estimativa é de 6,75% ao ano e de 6,50% ao ano, respectivamente.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, afirma o Copom.

Inflação em alta

A inflação tem sido um dos principais motivos de preocupação do mercado em relação à economia e a principal razão para as recentes altas da Selic.

Nesse sentido, em agosto, a inflação subiu 0,87%. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a maior inflação para o mês em 21 anos.

Além disso, no ano, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 5,67% e, em 12 meses, de 9,68%. Este último é o maior acumulado desde fevereiro de 2016. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021 é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Na edição de segunda-feira (20) do Boletim Focus, a previsão da inflação subiu de 8% para 8,35% em 2021. Essa foi a 24ª elevação consecutiva do indicador. Dessa forma, como maneira de contornar a alta da inflação, o Banco Central utiliza a Selic como ferramenta para tentar controlar e manter a inflação na meta. 

A percepção dos analistas da Levante Ideias de Investimento é que apenas a divulgação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), agendada para o dia 30 de setembro, vai levar a uma convergência entre os prognósticos do mercado e a percepção do BC.

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A melhor dosagem para os juros | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-melhor-dosagem-para-os-juros https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-melhor-dosagem-para-os-juros#respond Fri, 30 Jul 2021 12:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=29130 A semana termina com incertezas em relação aos futuros passos da política de juros no País. A aposta quase unânime é de aumento de um ponto na reunião da próxima semana do Copom, com a Selic indo a 5,25%, agora, e 7% (ou até mais) no fechamento do ano. A dúvida é quanto à eficácia… Read More »A melhor dosagem para os juros | Denise Campos de Toledo

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A semana termina com incertezas em relação aos futuros passos da política de juros no País. A aposta quase unânime é de aumento de um ponto na reunião da próxima semana do Copom, com a Selic indo a 5,25%, agora, e 7% (ou até mais) no fechamento do ano. A dúvida é quanto à eficácia e aos efeitos colaterais desse aperto.

Não há dúvidas de que a inflação vem mantendo-se persistentemente elevada. O acumulado em 12 meses passa de 8%, e as projeções para 2021 estão na faixa de 6%. Para uma economia ainda muito indexada, com custos acumulados no atacado e setores ainda engatando uma retomada mais firme, carentes de recomposição de ganhos, temos uma combinação muito propícia para mais pressões de preços. E vale lembrar que, além do estouro do teto da meta deste ano, já há indicações de que a inflação de 2022 possa ficar acima do centro da meta, que será de 3,5%.

A questão é que a alta da inflação vem sendo puxada por muitos aumentos que independem dos juros ou da atividade doméstica, como a alta de commodities, de alimentos, de petróleo, de minério, dos preços administrados ou insumos e de componentes que ficaram escassos por desequilíbrios estruturais ou de produção. A energia pode até ter novos aumentos em função da crise hídrica e do uso das termelétricas, pesando mais nos índices. Mas não há uma pressão de demanda. A demanda em recuperação é que poderá dar margem para as recomposições que foram citadas. Só que juros muito altos, encarecendo o crédito, não só para os consumidores, mas também para as empresas, podem, em alguma medida, tirar fôlego dessa retomada. A economia pode ter mais dificuldade para manter um potencial maior de avanço. Potencial já comprometido pelo desemprego, pela perda de renda, até em função da inflação mais elevada, mas também pelo desequilíbrio gerado pela pandemia, com aumento da pobreza, e pelo endividamento maior. 

Claro que não dá para facilitar com a inflação, e, justamente por isso, o Banco Central acertou ao retomar a elevação dos juros. Sendo que os juros mais altos, até pelo diferencial em relação aos praticados no exterior, colaboram para uma maior atratividade para o capital externo. Isso pode ajudar a manter o dólar em patamar mais baixo. E o dólar é um diferencial importante na formação de preços. A dosagem do remédio é que deve ser bem avaliada. Não dá para ceder apenas ao recado que vem da curva de juros. Vale considerar, inclusive, que alguns preços de atacado estão cedendo, como mostrou o IGPM de junho, com alta de 0,78%, longe de uma variação confortável, mas abaixo das projeções. 

Ainda que o aumento agora seja de um ponto na Selic, como sinalizam as apostas do mercado, e os investidores mais conservadores agradeçam o ganho de rentabilidade, os ajustes futuros devem ser bem avaliados, não apenas sob o aspecto da convergência das projeções de inflação.

Embora o controle da inflação seja o objetivo da política do BC, temos uma situação atípica de desempenho da economia, prejudicado pela pandemia, que pode sofrer as consequências, inclusive, do cenário político mais conturbado. Aí muitos podem lembrar que esse cenário também traz incertezas do ponto de vista fiscal e, até, da estabilidade do mercado e do dólar. Mesmo assim, cabe uma avaliação mais cuidadosa das implicações de ajustes mais pesados na política de juros.

A Coluna da Denise Campos é publicada toda sexta-feira em nossa Newsletter ‘E Eu Com Isso’.

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Leia mais da Denise Campos de Toledo: Cenário de retomada não minimiza o peso das incertezas.

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Semana decisiva para os juros https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/semana-decisiva-para-os-juros https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/semana-decisiva-para-os-juros#respond Fri, 11 Jun 2021 14:01:26 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=25900 A próxima semana será decisiva para a trajetória dos juros brasileiros de agora em diante. Em circunstâncias normais, o prognóstico seria de alta das expectativas expressas no Boletim Focus, e das taxas na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Porém, a grande incógnita dos juros permanece a mesma. Se o Banco Central (BC) vai… Read More »Semana decisiva para os juros

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A próxima semana será decisiva para a trajetória dos juros brasileiros de agora em diante. Em circunstâncias normais, o prognóstico seria de alta das expectativas expressas no Boletim Focus, e das taxas na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Porém, a grande incógnita dos juros permanece a mesma. Se o Banco Central (BC) vai ou não imitar sua contraparte americana, o Federal Reserve (Fed), e indicar tolerância com a inflação.

Explicando. Atualmente, a taxa de juros referencial Selic está em 3,5% ao ano. Ela estava em 2% início do ano, mas iniciou sua trajetória ascendente em março.

Desde então, em suas duas últimas reuniões, o Copom elevou a Selic em 0,75 ponto percentual a cada encontro. E, no Comunicado e na Ata da reunião mais recente, ficou claro que haverá outro aumento dessa magnitude no próximo encontro, marcado para os dias 15 e 16 de junho.

Até aí, nenhuma novidade. No entanto, dois indicadores econômicos recentes obrigaram os investidores a refazer seus cálculos.

No dia 1º de junho foi publicado o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2021. O resultado foi uma alta de 1,2%, acima dos prognósticos de 0,7%.

A suavização das medidas de isolamento social permitiu uma relativa volta da economia à normalidade e melhorou seu desempenho.

Na terça-feira (9) foi divulgado o IPCA de maio. A inflação “oficial”, usada para balizar a meta de inflação, foi de 0,83%, a maior para o quinto mês desde 1996.

Em 12 meses, a inflação acumulada é de 8,06%, muito acima da meta, que é de 5,25% incluindo a margem de tolerância.

Por isso, em circunstâncias normais, a próxima semana seria um momento de alta das expectativas e das taxas.

Na segunda-feira (14) será divulgado o relatório Focus, como ocorre em todas as segundas-feiras.

Ela provavelmente vai mostrar um aumento da expectativa para a Selic de dezembro. Na edição mais recente, publicada na segunda-feira (7), o prognóstico era de 5,75%. Já há um consenso de que 6% é o piso da nova expectativa.

Porém, expectativas são uma coisa, a realidade é outra. Na quarta-feira (16) o Copom vai divulgar sua decisão sobre os juros e seu Comunicado.

O mais provável é uma elevação da Selic para 4,25%. No entanto, o que realmente interessa ao mercado é o que o Comitê vai fazer no segundo semestre.

O Copom pode seguir o exemplo americano. Na quinta-feira (10), a inflação ao consumidor nos Estados Unidos superou as expectativas. O Consumer Price Index (CPI) foi de 0,6% em maio, acima do esperado que era de 0,5%.

Em 12 meses, a inflação está em 5,0%. Apesar disso, o Fed indicou que manterá sua política monetária frouxa e vai tratar da inflação mais tarde, quando a recuperação econômica estiver consolidada.

Como haverá uma reunião do Copom americano nesta semana, nas mesmas datas da reunião do Copom brasileiro, será possível saber com segurança qual a visão do Fed.

Ou o Copom pode decidir que o risco de “desancoragem” das expectativas de inflação é grande demais e anunciar uma alteração na política monetária, acelerando a alta da Selic. Qualquer que seja o resultado, a próxima semana será decisiva para a trajetória de juros.

E Eu Com Isso?

O último pregão da semana começa com uma leve alta nos contratos futuros do índice americano S&P 500 e com estabilidade nos contratos futuros de Ibovespa.

As notícias são positivas para a Bolsa.

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Leia também: Trocas na Esplanada.

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Mercado em alerta com inflação e política de juros | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/mercado-em-alerta-com-inflacao-e-politica-de-juros-denise-campos-de-toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/mercado-em-alerta-com-inflacao-e-politica-de-juros-denise-campos-de-toledo#respond Fri, 21 May 2021 11:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=24549 A ata do FOMC divulgada na quarta-feira, uma das grandes expectativas da semana, reafirmou a intenção do Federal Reserve de manter a taxa de juros, nos Estados Unidos, estável entre 0 e 0,25%, ainda que a inflação esteja acima das expectativas. Insiste no discurso de que a meta é de inflação média de 2% no… Read More »Mercado em alerta com inflação e política de juros | Denise Campos de Toledo

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A ata do FOMC divulgada na quarta-feira, uma das grandes expectativas da semana, reafirmou a intenção do Federal Reserve de manter a taxa de juros, nos Estados Unidos, estável entre 0 e 0,25%, ainda que a inflação esteja acima das expectativas.

Insiste no discurso de que a meta é de inflação média de 2% no longo prazo, o que dá condições de aceitar algo um pouco acima disso por algum tempo, apesar do risco de que suba mais que o esperado, principalmente, pelo descompasso na cadeia de produção. Uma novidade foi a observação de decisões, como do Banco Central do Canadá, que reduziu a compra de ativos, antecipando a elevação dos juros.

Além disso, o FED sinalizou que, talvez, já na próxima reunião, possa discutir a redução da compra de ativos. Seria um primeiro passo, antes de repensar a política de juros. O fato é que mesmo demonstrando estar atento às mudanças de cenário, quis passar o recado de não intenção de alterar os juros antes do previsto. De imediato, acalmou o mercado, mas logo a pressão voltou, com alta do dólar frente a outras moedas e dos juros dos treasuries.

No Brasil também temos visto a curva de juros pressionada pelo mercado, com muita frequência, para além da sinalização dada pelo Copom quanto ao ritmo de elevação da Selic. Pesa por aqui tanto o comportamento da inflação como as indicações vindas do mercado externo, essa possível mudanças na política do FED.

Independentemente das indicações dos Bancos Centrais, os mercados devem continuar tentando antecipar possíveis alterações nas perspectivas de ajustes dos juros. A alta dos preços de commodities é um alerta global para a inflação, somada aos efeitos da demanda mais aquecida, desequilíbrios da oferta e outros fatores mais específicos que podem fazer com que as pressões dos índices deixem de ser temporárias, exigindo maior aperto monetário.

A persistência do discurso do Federal Reserve na manutenção da atual política pode até ter algum reflexo sobre os movimentos do mercado, mas dificilmente vai reverter a expectativa de mudanças em prazo mais curto. Indicadores de atividade e inflação vão continuar sendo monitorados com muita atenção e divergências de leituras, como tem ocorrido desde a economia americana entrou em um ciclo de retomada mais vigorosa, sustentado pela forte aceleração da vacinação no País, além dos estímulos fiscais.

Já no Brasil, a inflação está ameaçando a meta. É quase certo que supere o teto neste ano, com projeções que já ultrapassam o ponto central no próximo. Ainda que seja uma inflação de custo, puxada, principalmente, por commodities, além de alguns preços administrados, pode ganhar força também do lado da demanda, caso se confirmem as projeções de uma retomada mais forte da atividade no segundo semestre.

Esse parece ser um ciclo muito provável, pelo esperado avanço da vacinação. Mesmo que estejamos convivendo com dificuldades maiores no trato da pandemia, que levaram até a uma CPI e atrasos no cronograma de vacinação, as indicações são de mais vacinas nos próximos meses.

A economia, que já tem mostrado dados acima das projeções, pode ter um desempenho bem mais favorável com a reabertura maior de atividade, permitido com a ampliação da vacinação e até mesmo antes disso, como se tem percebido pela queda dos índices de isolamento. Daí a expectativa de muitos analistas de uma elevação dos juros que ultrapasse a normalização parcial, como tem indicado o Copom.

Vale observar que, ainda que a inflação não seja de demanda, o atual processo de ajuste da Selic já colaborou muito para segurar o dólar, que também vinha sendo um forte componente das pressões de preços. Houve acomodação em meio às incertezas políticas e fiscais. Sem isso, a inflação poderia estar em patamar ainda mais alto. Isso demonstra que os juros estavam em patamar incompatível com o balanço de riscos. A correção em curso é adequada até para evitar que pressões adicionais coloquem a inflação em patamar ainda mais arriscado do ponto de vista da meta ou da convergência das projeções.

Enfim, há uma boa probabilidade de os mercados continuarem tentando antecipar movimentos dos juros diferentes das indicações das autoridades monetárias, com todas as implicações que isso possa ter sobre o fluxo de recursos e preços dos ativos. Sendo que a política de elevação dos juros, pelo Copom, acaba garantindo uma proteção adicional quanto aos reflexos desses movimentos. Pode segurar as pressões no câmbio sem atingir um patamar que comprometa o potencial da Bolsa que, vale observar, tem sido favorecida por essa alta das commodities, que traz tanta preocupação, assim como pela melhoria das projeções de expansão da atividade.

A Coluna da Denise Campos é publicada toda sexta-feira em nossa Newsletter ‘E Eu Com Isso’.

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Leia mais da Denise Campos de Toledo: O país da resiliência | Denise Campos de Toledo.

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Países Emergentes elevam juros https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/paises-emergentes-elevam-juros https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/paises-emergentes-elevam-juros#respond Mon, 22 Mar 2021 13:40:24 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=22669 A decisão do Banco Central (BC) de elevar a taxa referencial Selic para 2,75 por cento ano, anunciada na semana passada, não deve ser nem a última nem a única. Ao longo dos últimos dias, banqueiros centrais de diversos países emergentes elevaram ou anunciaram a intenção de elevar seus juros. A justificativa é a mesma:… Read More »Países Emergentes elevam juros

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A decisão do Banco Central (BC) de elevar a taxa referencial Selic para 2,75 por cento ano, anunciada na semana passada, não deve ser nem a última nem a única. Ao longo dos últimos dias, banqueiros centrais de diversos países emergentes elevaram ou anunciaram a intenção de elevar seus juros. A justificativa é a mesma: conter elevações dos preços. A alta das commodities vem pressionando a inflação ao redor do mundo, com mais impacto nas economias emergentes. Apesar de os efeitos das medidas de restrição ainda serem sentidos, as autoridades monetárias vêm elevando as taxas para conter a alta de preços.

O caso mais dramático está ocorrendo na Turquia. No sábado (20), o presidente Recep Tayyip Erdogan demitiu Naci Agbal, o presidente do banco central turco, pois ele havia elevado as taxas de juros mais do que o esperado. Na quinta-feira (18), os juros referenciais na Turquia haviam subido para 19 por cento ao ano, em uma tentativa de conter a inflação, que chegou a 15,61 por cento em 12 meses. No entanto, a alta custou o cargo do presidente do banco central.

A intervenção de Erdogan reacendeu os temores de um retorno à política econômica anterior, que tolerava uma forte desvalorização da moeda e uma inflação crescente. Erdogan indicou Agbal no ano passado, no que parecia um retorno a políticas econômicas mais ortodoxas. Com isso, a lira turca perdeu 10 por cento de seu valor em relação ao dólar

A Turquia não foi o único caso. O banco central da Rússia elevou inesperadamente as taxas de juros na sexta-feira pela primeira vez em mais de dois anos, citando os riscos do aumento da inflação e ameaças geopolíticas. O movimento fez as taxas referenciais subirem para 4,5 por cento ao ano, após terem permanecido em 4,25 por cento durante muito tempo.

A decisão aumentou as expectativas de novas elevações nos próximos meses. Elvira Nabiullina, governadora do banco central russo, disse que a Rússia estava voltando a uma taxa “neutra” de 5 por cento a 6 por cento ao ano, mas advertiu que “incertezas” podem impedir que ela alcance essa meta até o fim do ano.

A recuperação econômica relativamente rápida da Rússia, depois de se recusar a seguir muitos outros países na imposição de um segundo bloqueio contra o coronavírus no outono passado, significou que a inflação estava subindo mais do que o esperado. A Rússia estabeleceu limites de reajustes para vários alimentos importantes no final do ano passado, depois que os preços dispararam, agravando uma longa queda nos padrões de vida que a pandemia exacerbou. Agora, o banco central espera que o Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia cresça entre 3 e 4 por cento este ano, após cair 3,1 por cento em 2020.

Relatório Focus

O relatório Focus publicado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (22) mostra uma deterioração das expectativas. A projeção da inflação medida pelo IPCA subiu para 4,71 por cento, ante 4,60 por cento na semana passada e 3,82 por cento há quatro semanas. A taxa referencial Selic prevista para dezembro subiu para 5,00 por cento ao ano ante os 4,50 previstos na semana passada. O dólar previsto para dezembro permaneceu inalterado em 5,30 reais e a estimativa de crescimento da economia está em 3,22 por cento, praticamente estável ante os 3,23 por cento da semana anterior.

Indicadores

A expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses subiu 0,2 ponto percentual no mês de março para 5,5 por cento, sendo esse o maior valor desde novembro de 2018 diante de sete períodos consecutivos de alta. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a mediana subiu 0,7 ponto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

E Eu Com Isso?

Diversos países emergentes têm elevado os juros em uma tentativa de conter a alta de preços e a desvalorização das moedas em relação ao dólar, devido tanto à alta dos preços das commodities quanto aos sinais de melhoria da economia americana. Esses movimentos sugerem o início de um processo de reacomodação das economias emergentes a um cenário de redução da liquidez global. No Brasil, a divulgação da Ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a terça-feira (23) deverá alinhar as expectativas com relação aos juros no País. Nesta manhã, apesar da alta dos contratos futuros do índice americano S&P 500, os contratos futuros do Ibovespa estão começando o dia em queda.

O mercado também está na expectativa dos pronunciamentos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano. Powell deve falar nesta segunda-feira em um evento do Bank for International Settlements (BIS), o banco central dos bancos centrais, e vai testemunhar diante do Congresso na terça e na quarta-feiras.

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Leia também: Retomada em fevereiro.

Retomada em fevereiro

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Depois dos juros será o dólar https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/depois-dos-juros-sera-o-dolar https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/depois-dos-juros-sera-o-dolar#respond Thu, 18 Mar 2021 13:58:19 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=22531 As oito semanas que separaram a primeira e a segunda reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2021 mostraram uma guinada radical na atuação do Banco Central (BC). No dia 20 de janeiro, o BC manteve a taxa referencial Selic nos 2 por cento ao ano que vinham desde meados do ano passado e… Read More »Depois dos juros será o dólar

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As oito semanas que separaram a primeira e a segunda reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2021 mostraram uma guinada radical na atuação do Banco Central (BC). No dia 20 de janeiro, o BC manteve a taxa referencial Selic nos 2 por cento ao ano que vinham desde meados do ano passado e indicou claramente que, apesar de todas as incertezas da economia, ainda era necessário que a política monetária permanecesse “extremamente estimulativa”, como diz o jargão do Copom. Na quarta-feira (17), o Comitê elevou os juros em 0,75 ponto percentual, acima do consenso, que previa uma alta de 0,50 ponto. E não parou por aí. No Comunicado divulgado após a reunião, o Copom deixou claro que vai promover outra elevação de 0,75 ponto percentual em maio. Em apenas 56 dias o BC passou de uma posição “dovish” (mais tolerante com a inflação) para “hawkish” (mais ortodoxa em termos monetários). Essa decisão surpreendente levanta duas perguntas: 1) será suficiente para conter a inflação? 2) será suficiente para impedir solavancos maiores na taxa de câmbio?

Começando pela inflação. A alta das commodities e dos combustíveis vem pressionando os índices de preços, como pode ser percebido pela segunda prévia do IGP-M de março, divulgada nesta quinta-feira. Isso elevou drasticamente os prognósticos para a inflação. Na última edição do Relatório Focus de 2020, o IPCA projetado para 2021 era de 3,32 por cento. Na edição mais recente, da segunda-feira (15), essa estimativa havia subido para 4,60 por cento (3,98 por cento na edição anterior). Isso indica que os agentes econômicos estão refazendo as contas para os preços. Nesse cenário, faz todo o sentido para um BC independente (ou apenas competente) apertar os juros. A questão é se o BC não demorou demais para agir, o que o obrigará a elevar a dose de elevação da Selic para fazer a inflação retornar para a meta. Quem investe dinheiro sabe que além de agir certo, é preciso agir no momento certo.

Isso leva ao câmbio. Considerando-se apenas o dólar comercial, a depreciação do real desde o início do ano está ao redor de 9 por cento, muito acima da inflação acumulada e dos juros do período. O dólar é um dos melhores indicadores da percepção de riscos com relação à economia. Há várias semanas, o BC diariamente vende dólares no mercado à vista e oferece contratos de “swap” cambial para reduzir a pressão de alta sobre a taxa de câmbio. Mesmo assim, a cotação da moeda americana vem se sustentando acima de 5,50 reais nas últimas semanas, e não dá sinais de engatar uma tendência de alta.

Pelo livro-texto, a elevação dos juros pelo BC aumenta a rentabilidade das aplicações em renda fixa. Isso teoricamente tornaria o real brasileiro mais atrativo em um cenário internacional de juros perto de zero e liquidez elevada. E, também teoricamente, traria mais dólares ao País, reduzindo a pressão de alta sobre o câmbio.

Essa teoria será confirmada na prática? Na abertura dos negócios nesta quinta-feira, os contratos futuros de dólar com vencimento em abril estão indicando um dólar a 5,50 reais, queda de 1,52 por cento em relação à véspera. A questão de vários trilhões de dólares, porém, é quanto a decisão do BC e sua sinalização para a próxima reunião conseguirão de fato ancorar as expectativas para a economia, reduzir a percepção de risco e fazer a inflação voltar aos trilhos.

Indicadores

Os aumentos da gasolina e do óleo diesel voltaram a pressionar a inflação. A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma inflação de 2,98 por cento no segundo decêndio de março, acima dos 2,29 por cento do mesmo período de fevereiro. Com este resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 28,64 por cento para 31,15 por cento, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 3,72 por cento em março ante 2,98 por cento em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,89 por cento (0,29 por cento em fevereiro) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,31 por cento ante 1,00 por cento.

Federal Reserve

O Federal Open Market Committee (Fomc), equivalente americano do Copom, confirmou as expectativas e manteve os juros americanos perto de zero. Em seu pronunciamento após a reunião, Jerome Powell, presidente do banco central americano, afirmou que a economia dos Estados Unidos deverá crescer 6,5 por cento neste ano e que, mesmo assim, o Fed deverá manter sua atitude mais tolerante com a inflação para não interromper o processo de recuperação econômica.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros de Ibovespa iniciaram o dia em alta, acompanhando a queda do dólar após o resultado da reunião do Copom. No entanto, os contratos futuros do índice americano S&P 500 estão em queda, o que deve elevar a volatilidade do mercado local.

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