Política sem Aspas, por Felipe Berenguer

O melhor do Política Sem Aspas em 2020 | Política sem Aspas

Feliz Ano Novo a todos! E que venha 2021, com bons lucros, prosperidade e reformas, reformas e mais reformas.

No artigo de hoje, vou aproveitar a virada de ano pouco movimentada em termos políticos para elencar os cinco melhores artigos do Política Sem Aspas deste ano que acabou de passar. O ano de 2020 foi bastante atípico, tendo a pandemia do coronavírus sido o grande pano de fundo, até mesmo para acontecimentos políticos.

No entanto, não foi somente a Covid-19 que pautou os noticiários, as conversas no trabalho e as discussões em família. Tivemos um ano consideravelmente agitado na política externa e na política brasileira. Dito isso, quero relembrar os melhores momentos – ou as melhores colunas – deste ano que fica para a história.

1. Quando o normal não tinha nada de novo

O primeiro texto da seleção desta coluna nos remete ao dia 22 de fevereiro de 2020, o sábado que antecedeu o feriado de Carnaval no Brasil. O coronavírus, naquele momento, era mais uma preocupação chinesa e europeia do que propriamente uma pandemia global – cujos efeitos seriam intensos, a ponto de surgir a famigerada expressão: “novo normal”.

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Tenho carinho especial pelo texto em questão por duas razões específicas: primeiro, por reforçar essa curiosa noção de temporalidade, já que o texto era praticamente uma petição em prol das reformas econômicas, em meio a um ambiente de esperança no que se refere a essa agenda. No desenvolvimento, citei alguns importantes dados sobre a recuperação econômica brasileira e o panorama fiscal, com ênfase no excelente (e que veio a ser citado em outras ocasiões posteriores) Relatório de Acompanhamento Fiscal, elaborado pela Instituição Fiscal Independente do Senado Federal. Mal sabíamos que chegaria a pandemia e o lockdown nem um mês depois.

Em segundo lugar, porque, mesmo em clima de otimismo, foi necessária a reflexão de que o caminho para a aprovação de reformas não seguiria o mesmo trilhado pela reforma previdenciária. Cito o texto: “As PECs do pacto federativo foram enviadas, mas continuam no mesmo lugar; a reforma administrativa foi adiada incontáveis vezes; e a reforma tributária parece mais uma bandeira do Congresso que do Planalto. Aquele sentimento de que o Executivo está com a faca e o queijo na mão, mas se perde na hora de realizar o ato, volta a me assombrar.”

Confira o artigo “– Ó abre alas que eu quero passar” clicando no link anterior.

2. Artigos da Covid-19

A minha segunda escolha não diz respeito a um texto, mas sim a um conjunto de textos que trataram da grande novidade de 2020: a Covid-19. Lembro-me de que o primeiro texto sobre o tema, “A minha visão sobre o coronavírus“, foi publicado no dia 14 de março, quando havia ainda muita discussão sobre o estrago potencial do vírus. Trouxe alguns dados importantes sobre a disseminação da doença para reforçar a seriedade da Covid-19 em um momento em que se debatia qual seria a amplitude das consequências negativas de uma pandemia. Ressaltei que o Ocidente não conseguiria reagir da mesma forma que a China. Fui chamado de pessimista. Porém, o ano mostrou que vale realmente a pena confiar em dados e evidências para tirar as próprias conclusões. Tais números estão no artigo.

Outra coluna referente à temática em questão é sobre qual seria o melhor tipo de quarentena: vertical ou horizontal. Publicado no dia 22 de março, o texto trazia o debate à tona – debate, esse, que caiu no esquecimento, afinal, pouco mudou entre um modelo e outro.

Por fim, menção honrosa para dois textos imbuídos de maior licença poética: “Crônica de uma morte anunciada” (18/04), sobre a queda de Mandetta; e “Nelson Teich e o Mito de Sísifo“; que versou sobre o novo ministro da Saúde e sua delicada posição de submissão ao presidente.

3. Eleições americanas before it was cool

Gosto muito, também, do conjunto de textos que fiz sobre as eleições americanas por ter abordado o tema antes de ele ter entrado no radar do mercado brasileiro. No “E as eleições americanas?” (13/06), alertei para as adversidades envolvendo o futuro das eleições nos EUA, como a grande quantidade de votos por correio e outras peculiaridades – melhores exploradas na segunda parte do texto.

Como bom Analista Político, disse que “não hesitaria em apostar uma boa quantia de dinheiro na vitória de Joe Biden” faltando cinco meses para o pleito. Reforcei essa visão no terceiro – e último – texto sobre o tema: E as eleições americanas? – parte III” (04/07). Como mencionei, o risco para Trump estava em Estados como Geórgia e Arizona, que foram ganhos em 2016 e que poderiam tornar-se democratas em 2020. Dito e feito.

4. Unindo a teoria e a prática

 A minha quarta seleção é sobre os textos que alinharam princípios teóricos a questões práticas da política brasileira. Em “As reformas e a política brasileira segundo Princípios Newtonianos” (19/09), escrevo sobre as reformas econômicas sob a luz dos Princípios Newtonianos.

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Cerca de um mês depois – provavelmente, frustrado com o andamento das pautas –, em “Os ‘traços de teimosa permanência’ persistem: o quadro fiscal brasileiro de nossos dias” (10/10), à luz do filósofo Eduardo Giannetti, discorri sobre os motivos pelos quais é tão difícil transformar estruturalmente – a economia, a sociedade, o conjunto da obra como um todo – o Brasil.

Destaco, por fim, a dobradinha sobre “O desafio do teto – parte I e parte II“, em que o objetivo foi debater possíveis alternativas para um eventual descumprimento do teto de gastos já em 2021.

5. Eleições municipais

Por fim, mas com certeza não menos importante, destaque para o diagnóstico feito após o resultado das eleições municipais de 2020. Em “O fim da Antipolítica”, foi o momento de perguntar se seria o fim da antipolítica e quais os impactos para a corrida presidencial de 2022.

Para concluir – e provocar –, vou deixar aqui o parágrafo de fechamento, a fim de me cobrar (e que vocês me cobrem, também) após o desfecho daqui a dois anos:

“A história e os achados da ciência política mostram que o campo das eleições é, muitas vezes, pendular. A política é líquida, na esteira dos desejos dos eleitores e do comportamento da população frente às novidades – praticamente cotidianas – de se viver em sociedade. A eleição de 2018 foi marcante ao tirar o pêndulo da preferência política da esquerda. Alguns até consideram que esse movimento foi demasiadamente brusco ao eleger Bolsonaro à Presidência. Se 2020 for uma introdução para 2022, teremos um reajuste pendular para algum espaço entre o centro e a centro-direita.”

 Seguimos com o pé direito nessa parceria para 2021. Muitos assuntos a serem debatidos e muitos projetos a serem votados. Continuemos com a parceira! Ótimo ano a todos e a todas.

Um abraço,

Felipe Berenguer

Quer aprofundar mais seus conhecimentos em assuntos como mercado e política? Então leia minha última coluna: Retrospectiva política de 2020 | Política sem Aspas.

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