Domingo de Valor – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Thu, 07 Sep 2023 22:37:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png Domingo de Valor – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 Mercado afetado por incertezas e falta de boas notícias https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/mercado-afetado-por-incertezas-e-falta-de-boas-noticias https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/mercado-afetado-por-incertezas-e-falta-de-boas-noticias#respond Fri, 08 Sep 2023 11:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=44991 O mercado teve um agosto péssimo e o início de setembro não está sendo muito diferente, com Bolsa em queda, dólar beirando os R$ 5, curva de juros pressionada. Na prospecção de cenário não se vê nada de mais grave. Talvez tenha passado a fase de notícias mais favoráveis e agora seja o momento de… Read More »Mercado afetado por incertezas e falta de boas notícias

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O mercado teve um agosto péssimo e o início de setembro não está sendo muito diferente, com Bolsa em queda, dólar beirando os R$ 5, curva de juros pressionada.

Na prospecção de cenário não se vê nada de mais grave. Talvez tenha passado a fase de notícias mais favoráveis e agora seja o momento de acompanhar com atenção os fatores que vão definir o que se pode esperar para o próximo ano. 

Antecipação de dificuldades? Não. É que 2024 será um ano em que, entre outras incertezas, vamos conferir como o governo irá gerenciar as finanças para viabilizar as metas propostas no arcabouço. E a equipe econômica até está se preparando para isso, com as várias medidas para ampliar a receita tributária, por exemplo. Só que a proposta de orçamento do próximo ano embute um otimismo exagerado quanto ao possível reforço de Caixa. Além das medidas tributárias, conta com receita das estatais o que, em princípio, até traz uma sinalização positiva. A Petrobras deve administrar os preços de forma a gerar resultados e dividendos, independentemente das mudança da política, que não segue mais a paridade internacional. Mas há toda uma incerteza também quanto à evolução dos preços das commodities no exterior. Outro foco de preocupações do mercado. 

Ainda que as projeções tenha melhorado desde o começo do ano, há possibilidade de um desempenho da economia global pior que o esperado. A China tenta reverter a desaceleração do crescimento e outras dificuldades internas. A Europa já convive com a piora de indicadores paralelamente à tendência de continuidade da elevação dos juros, para fazer a inflação retornar à meta. Mesmo objetivo dos Estados Unidos onde o contexto macroeconômico não está muito claro. Há uma certa desaceleração da atividade, da geração de empregos, mas não de forma a dar mais segurança quanto ao controle da inflação. O mercado de trabalho segue robusto o que ainda pode manter o consumo em nível que não ajude muito a derrubar os preços. Daí a possibilidade de mais aumento dos juros, pelo Federal Reserve, ainda neste ano. Situação que remete ao risco de os ajustes acumulados das taxas levarem, em algum momento, a uma retração de atividade. Sem esquecer que juros mais altos dos títulos americanos podem desviar investimentos de outros mercados, especialmente em momentos de maior aversão ao risco.

Voltando ao cenário doméstico, fora as dúvidas quanto ao fiscal, a inflação já deixou a melhor fase pra trás, deixando também de alimentar perspectivas mais otimistas quando aos cortes dos juros. Na fase de maior empolgação se chegou a apostar mais em um corte de 0,75 pp da Selic, apesar da sinalização clara do Copom de 0,50. Com as incertezas fiscais talvez, até, seja mais difícil manter esse ritmo no próximo ano.

Em contrapartida, mesmo com a boa surpresa que foi a expansão do PIB no primeiro semestre, a política monetária contracionista, mesmo que siga a sinalização do Copom, pode colaborar para a esperada desaceleração neste segundo semestre e para a confirmação de menor expansão em 2024. 

Por mais que o governo tente estimular o crescimento com correção do salário mínimo. programas sociais, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, renegociação de dívidas no Desenrola, investimentos como os previstos no PAC, ainda faltam alavancas para dar maior impulso à atividade. 

Sendo que pela necessidade de segurar despesas, alguns programas não devem ter reajuste no ano que vem, assim como o funcionalismo.

Tudo isso mostra que passou a fase de boas notícias, como expansão acima do previsto, queda mais acentuada da inflação, lançamento e ampliação de programas, definição de regras fiscais. Agora é arregaçar as mangas para buscar mudanças mais estruturais. Tem a Reforma Tributária. Pode ser uma notícia boa, desde que haja uma revisão do texto, pelo Senado, reduzindo benesses setoriais e garantindo que a alíquota do novo tributo não fique alta demais ou penalize muito setores que podem alavancar melhores resultados para a economia, como Serviços. Buscar o equilíbrio na redistribuição da carga tributária é um desafio e tanto. Depois tem a defesa de Arthur Lira, presidente da Câmara, da Reforma Administrativa. Reforma importante, sem dúvida. Mas qual o real interesse de Lira, cujas pautas incluem, costumeiramente, aumento de despesas para o governo, até com a recriação de órgãos, ampliação de áreas que demandam mais gastos? De qualquer modo, ele conseguiu fazer o governo se mexer para discutir uma proposta, contrariando até a resistência do PT, muito ligado ao sindicalismo. É ver o encaminhamento do tema, sem esquecer que o direito adquirido limita resultados a curto prazo.

Mas é fato também que quando interesses políticos entram em jogo os rumos da conversa podem mudar. Basta ver a reforma ministerial e o quanto contrariou propostas e posturas iniciais do governo, ao reduzir a presença feminina, trazendo pra perto opositores e partidos com lideranças próximas a Bolsonaro. Será que o preço pago será compensado em termos de ampliação da base de apoio no Congresso?

Questões políticas como essas, falas do presidente em relação a temas internacionais, a defesa do voto secreto de ministros do STF, geram ruídos que, embora indiretamente, também mexem com o humor do mercado. É aquela história da pulga atrás da orelha. E pulgas não estão faltando. Por enquanto, não dá pra falar em acomodação das expectativas, que assegurem melhor performance dos ativos, mesmo que a Bolsa tenha espaço para subir, o dólar para se manter em patamar mais baixo, assim como a curva de juros, diante da previsão de Selic em queda. Mas essas pulgas…

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Alívio nos mercados | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/alivio-nos-mercados-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/alivio-nos-mercados-domingo-de-valor#respond Sun, 24 Jul 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=39565 A melhora na última semana em preços de tela trouxe alegria para os investidores de curto e longo prazo. Sempre assim: mercado de alta traz ânimo, mercado de baixa, pânico – e eu prefiro trazer verdades. Até quando teremos essa recuperação e o que levou a essa recuperação? “Começando do início”, temos o principal fator… Read More »Alívio nos mercados | Domingo de Valor

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A melhora na última semana em preços de tela trouxe alegria para os investidores de curto e longo prazo. Sempre assim: mercado de alta traz ânimo, mercado de baixa, pânico – e eu prefiro trazer verdades.

Até quando teremos essa recuperação e o que levou a essa recuperação? “Começando do início”, temos o principal fator que é: Quanto mais pode piorar?

Pensando em termos técnicos, quanto as projeções de lucro das empresas podem estar furadas pelo consenso de mercado? Quanto a taxa de juros pode subir além do previsto? Qual malabarismo político poderia ocorrer?

Nos parece que a relação está assimétrica. E, como já falamos por aqui, parte da recessão já está acontecendo.

Estávamos há 5 semanas em consolidação de preços, e nos parece que iremos voltar para uma. Se por um lado fatores de melhora ainda são tímidos, aqueles de piora não deixaram o Ibovespa ir longe dos 100 mil pontos novamente.

A questão é sempre a mesma para os investimentos, não podemos nos deixar levar pelo sentimento, seja ele de pânico ou de euforia. Os erros ocorrem nesses momentos.

É pensando nisso que falamos tanto sobre estratégia e nos erros das projeções nos últimos domingos.

Bom, se tudo está tão ruim que não poderia piorar (sob a ótica de preços e curto prazo), então o que de fato veio melhor?

Não podemos deixar passar a alta de juros do banco central Europeu que ocorreu na última semana. A taxa básica por lá foi para incríveis 0,5%.

Pode parecer ironia, mas não é. Essa mudança de direção nos diz muitas coisas. Vale lembrar que desde março de 2016 esse nível de taxa era mantido em 0.

Juros zero com inflação aparecendo é vontade de estimular economia, juro zero com inflação acelerando é uma bazuca de estímulos.

Estamos com uma inflação de 8,6% na União Europeia, estimando os últimos 12 meses, segundo a Eurostat.

Ora, mas então por que os mercados sobem se vem aperto econômico?

Pelo reconhecimento de que o Banco Central está deixando escapar a meta de inflação dos 2% e, com a subida de juros, reconhece essa necessidade de ajuste.

Nem sempre juro para cima é ruim para economia. Na realidade o que é bom para economia é inflação na meta. Se para isso é necessário subir juros, por um momento devemos lidar com as consequências disso.

A regrinha de bolso “juro pra cima bolsa para baixo e juro para baixo bolsa pra cima” é só um jeito mais complicado de ficar lidando com sentimentos de euforia e pessimismo.

Outra grande expectativa para a semana era quanto ao envio do Relatório de Avaliação do governo federal, que foi entregue dentro do tempo legal (sexta-feira) e que será comentado amanhã.

Esse segundo fato que resumidamente trazemos aqui para tentar justificar a melhora dos preços do Ibovespa na semana que passou trouxe alivio pela expectativa de que, até onde tudo indica, não teremos rompimento de teto e teremos cortes necessários para as despesas serem comportadas pelas receitas.

Inclusive, sob este aspecto, existem receitas extraordinárias como privatizações (Eletrobras) que nunca são abordadas na mídia convencional, porém, os preços não ignoram aspectos como esse e possibilidades futuras de outros semelhantes.

Fatores que resumidamente, a meu ver, ditaram o humor na última semana.

Mas essa reflexão e esse resumo da última semana têm o objetivo de endereçar quais atitudes podemos tomar para os nossos investimentos e decisões financeiras, independentemente dos fatos sobre os quais não temos controles.

A última semana foi positiva, mas esta que se inicia como será? A resposta ninguém pode fornecer – e se alguém disser que sabe, é mentira.

Dito isso, a solução para não ficar à mercê de expectativas no mundo dos investimentos é se decidir, sair de cima do muro e gerenciar risco.

É isso que faço na minha estratégia de Opções na Levante, a Operação Fênix.

Com controle de riscos e precisão, busco encontrar as melhores oportunidades nesse mercado tão lucrativo para recomendar aos assinantes.

Apenas para você ter ideia do potencial, os resultados dessa semana que passou foram: +66,7%, +42,86%, +54,55% e +142,86% (sim, tudo isso nos últimos 5 dias).

Convido você a conhecer mais sobre essa estratégia clicando aqui.

Bom domingo a todos,

Enrico Cozzolino

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Duvide de projeções | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/duvide-de-projecoes-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/duvide-de-projecoes-domingo-de-valor#respond Sun, 17 Jul 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=39516 Quando tomamos uma determinada decisão ou fazemos qualquer tipo de escolha, devemos sempre nos questionar sobre a fonte e os fatos que nos fizeram tomar tal decisão. Devemos, também, olhar os períodos e mensurar os resultados, comparando o objetivo alcançado com o objetivo previsto. A única forma possível de medir sucesso nas escolhas é analisar… Read More »Duvide de projeções | Domingo de Valor

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Quando tomamos uma determinada decisão ou fazemos qualquer tipo de escolha, devemos sempre nos questionar sobre a fonte e os fatos que nos fizeram tomar tal decisão.

Devemos, também, olhar os períodos e mensurar os resultados, comparando o objetivo alcançado com o objetivo previsto.

A única forma possível de medir sucesso nas escolhas é analisar o maior número de informação possível e decidir, por fim, qual escolher.

Muitas vezes, temos que olhar períodos de referência longos, ainda que o objetivo seja de  prazo inferior ao da base analisada.

Por exemplo, ao escolhermos uma escola para nosso filho, queremos que este evolua no próximo bimestre. Para isso, nos baseamos no histórico daquela escola.

Ao escolhermos um fundo de investimento, uma ação, renda fixa ou renda variável, queremos, também, ter ganhos no próximo bimestre  — muitas vezes, já no próximo dia —, e, para tanto, olhamos a performance histórica.

Quando olhamos as projeções econômicas, fazemos o mesmo. E como já falamos em outras oportunidades, a inflação sempre frustrou.

Estamos em um ponto do mercado que, mais do que nunca, ficou evidente a falta de fidúcia na autoridade monetária, não apenas brasileira, mas também americana.

O famoso: “A inflação tende a arrefecer”; “A Selic atinge um pico em 12,75%”; “podemos subir juros sem gerar desemprego”.

Não vou citar nomes aqui, mas, para aqueles que acompanham nosso Morning Call — pelo menos desde janeiro deste ano —, é de conhecimento que  não temos poupado críticas a esses tipos de  projeções.

Críticas especialmente àqueles que têm a disposição melhor equipe técnica, melhor instrumental e melhor base de dados para projetar cenários. Claro, estamos falando dos bancos centrais e do consenso.

Exemplifico: no último ano, as projeções do mercado eram de que a inflação terminaria acumulada em 3,32%, enquanto a Selic permaneceria no patamar de 3,25% a.a. Já sabemos que ambas as estimativas foram equivocadas.

O IPCA registrou 10,06% no ano. O que aconteceu com a taxa de juros não foi diferente. Tão rápida quanto havia chegado aos 2%, voltou aos 9,25%.

2021 já é passado. Em 2022, já ouso dizer que 14% sequer me espanta.

Obviamente, as expectativas não representaram a realidade. Esse é um fenômeno comum.

O último ano foi escolhido ao acaso, mas o mesmo exercício pode ser feito em qualquer outro momento. Garanto a você: o resultado será o mesmo. Confira:

Isso remete à máxima “dart-throwing chimps”. A expressão é uma alusão ao estudo de Philip Tetlock, professor de psicologia da UPenn (Universidade da Pensilvânia) e membro do seleto grupo da IVY League.

Nesse estudo, o autor chega à conclusão de que certos especialistas são incapazes de prever o futuro.

Podemos associar isso à seguinte ideia: “macacos atirando dardos ao acaso são mais precisos em projeções” (apesar de Tetlock não gostar dessa comparação).

Então, resta a dúvida: o que justificaria o bom desempenho de alguns investidores, analistas, fundos etc. e o mau desempenho de outros? O puro acaso? Logicamente, não.

O mesmo autor, posteriormente, publicou o livro “Superprevisões”, no qual ele demonstra como indivíduos que projetam o futuro pautado em estratégias, adaptação e sem se apegar aos próprios dogmas são capazes de chegar a resultados mais precisos e com frequência.

Para mim, que nunca tive o objetivo de ser o mais esperto da sala — aliás, sempre que isso acontecia, mudava de sala — essa adaptabilidade e adoção de estratégias mensuráveis sempre trouxe ganhos para os times que joguei.

O mercado é mais do que um simples movimento de manada. As análises devem ser feitas sobre estratégias bem definidas, não sobre suposições gerais. É dessa forma que um investidor consegue se destacar frente aos demais

Em relação à adaptação, vamos pegar  a performance média dos fundos de ações este ano. O resultado é de -8,43% (levantamos 1230 fundos). Quando olhamos para aqueles que usam a estratégia Long and Short, por exemplo, o quadro muda. Temos desempenho médio positivo de 57% (apenas 100 fundos da amostra utilizam essa estratégia).

Queremos desqualificar os demais? De forma alguma. O que pretendemos, neste domingo, é deixar claro que se pautar no consenso não é suficiente e usar a estratégia certa em ações é importante.

Como diria, Ronald Coase, Nobel de Economia em 1991, “Os dados não podem falar por si mesmos; cabe a você dar uma voz.”

Essa capacidade de dar voz aos dados é, no fim das contas, o que diferencia aqueles que conseguirão se destacar no mercado daqueles que estão à mercê da fortuna.

Nesta semana, abrimos aqui na Levante o Programa T.A.P. – Trade de Alta Precisão.

É a minha mais nova estratégia focada em operações de Long & Short – que, como você viu, são ideias para cenários como o atual.

Convido você a conhecer mais sobre ela clicando aqui.

Abraços e bom domingo,

Enrico Cozzolino

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400 anos para conseguir retorno: Você investiria em algo assim? | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/400-anos-para-conseguir-retorno-voce-investiria-em-algo-assim-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/400-anos-para-conseguir-retorno-voce-investiria-em-algo-assim-domingo-de-valor#respond Sun, 26 Jun 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=39096 Ainda hoje me espanto com as surpresas no mercado de capitais. Me espanto com o fato de muitas delas sequer serem surpresas de fato. Quando o Banco Inter abriu seu capital, em 30/04/2018, a manchete era: “Primeira Fintech a abrir capital na Bolsa Brasileira”. Levantaram 721,9 milhões de reais. Isso era muito ou pouco? Vamos… Read More »400 anos para conseguir retorno: Você investiria em algo assim? | Domingo de Valor

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Ainda hoje me espanto com as surpresas no mercado de capitais. Me espanto com o fato de muitas delas sequer serem surpresas de fato. Quando o Banco Inter abriu seu capital, em 30/04/2018, a manchete era: “Primeira Fintech a abrir capital na Bolsa Brasileira”. Levantaram 721,9 milhões de reais. Isso era muito ou pouco? Vamos chegar lá.

Existe um múltiplo para quem olha mercado, especialmente bancos, chamado Preço/Lucro ou (PL). Consiste em pegar o preço da ação, dividir pelo lucro por ação desta empresa e chegar a um determinado valor. Vamos supor que o armazém do Sr. josé tenha 1000 reais de lucro no ano, que o preço da ação do Armazém do Sr. José (ARSJ4) seja R$ 10,00 e que essa empresa tenha 100 ações no mercado. Sabemos assim que o lucro por ação é de 10 reais, e, se dividirmos o preço da ação pelo lucro dessa ação, temos 1 de P/L. Sabemos assim que, em um ano, recuperaríamos o valor investido na ação (tudo mais constante).

Com as ações reais da nossa Bolsa, não é diferente. Se fizemos esse cálculo hoje para Itaú (ITUB4) chegaremos a um valor de P/L de 13,22, considerando o lucro passado. Investir hoje em Itaú nos permitiria recuperar o valor investido em aproximadamente 13 anos, desde que o lucro não cresça ou que o preço da ação não caia. O que é um Valor Histórico de Comparação bem razoável e condizente com o setor. Outros exemplos: temos Bradesco com 13,79 e Santander com 13,22…

Mas voltando às surpresas que não são tão surpreendentes assim, o mercado topou pagar no IPO (Initial Public Offering, ou em bom português “Oferta Inicial de Ações”, quando o capital de uma empresa é aberto em Bolsa) de Banco Inter algo em torno de 16,62. Até aí tudo O.K. de certa forma, pensando em um prêmio razoável para algum tipo de “disrupção”, seja lá o que de fato isso signifique.

Aí que os problemas começam na verdade – palavras da moda, histórias mirabolantes e muita liquidez no mercado com juros lá embaixo.

Com um grande fluxo de capital comprando a ideia, o cenário perfeito a frente, quem quer ficar de fora desse barco? Então os preços da ação começam a subir, em proporção muito mais rápida aos seus lucros.

Avançando um pouco no tempo, 2 anos e meio após o IPO e após a recuperação de preços da pandemia, em 02/09/2020, o múltiplo PL era de 127 anos para recuperar o investimento, enquanto o de Itaú estava na casa dos 13 ainda.

Esse cenário só é possível com a expansão de lucro e manutenção de cenário favorável às ações, caso contrário elas estão ficando caras comparativamente.

Para justificar, o mercado começou a comprar a história da disrupção, da manchete de fintech. As coisas, nessa medida, saem de um caso de valuation de banco e entram no caso de um valuation de tech, onde basicamente “tudo pode”.

Isso tudo levou Banco Inter ao PL de 2.373 em 21/07/2021. Não preciso lhe contar que foi a máxima da ação, mais de 200% de valorização desde o IPO – e, um detalhe: o mercado querendo mais.

Quando esses valores são alcançados, ou a empresa mostra logo o crescimento de lucro ou o mercado corrige ainda mais rápido o preço da ação. Foram pouco mais de 800 dia para a máxima de preço e pouco menos de 250 dias para o ativo valer menos da metade do seu IPO. Hoje, os múltiplos de Banco Inter estão assim:

Existem aqueles que estão achando uma pechincha, que está barato após a queda de 66% desde o IPO. Você investiria em Itaú ou Banco Inter? Avaliação de tech ou de banco? (Vamos fazer considerações à frente…)

Continuando a história, no dia 14 de abril, até então BIDI11, a empresa anunciou um programa de recompra de ações visando a listagem nos Estados Unidos. Não fora a primeira vez que a empresa tentou migrar para a Nasdaq.

Em 2021, com um valuation muito mais expressivo, a empresa iniciou o mesmo programa. Todavia, sem sucesso. Por quê? O cash-out­ era atrativo no momento.

Cash-out é a oferta feita pelo próprio banco para seus acionistas que não possuem a intenção de manter o papel e trocá-los por BDRs do ativo. Na época, o valor estipulado por ação era R$ 45,84. O resultado foi óbvio: os acionistas preferiram resgatar o valor, rompendo com o máximo permitido para o programa de recompra de R$ 2 bilhões. Onde tem fumaça tem fogo.

Desta vez, em um momento de mercado, de forma geral, mais deteriorado, as units foram estipuladas em R$ 19,35, e o total disponibilizado para o programa foi R$ 1,13 bilhão – relativamente, houve uma maior disponibilidade no total de ações recompradas.

No dia 23/06, o agora INTR começou a ser negociado na Bolsa americana. A intenção, segundo o próprio banco, é de que os múltiplos de empresas de tecnologia são mais elevados, o que poderia corroborar o valuation da empresa. O pacote vendido como a oportunidade de a marca tornar-se global foi então concretizado.

De fato, historicamente, as Bolsas americanas valorizam empresas do setor de tecnologia, mas e hoje em dia?

Conferindo o comportamento do Itaú (linha branca) contra a Nasdaq (“Bolsa de tecnologia”, linha laranja) desde dezembro 2021, vamos entender que o momento é diferente:

Qual o sentido de avaliar um banco como uma empresa de tecnologia? Banco Inter utiliza a tecnologia, mas ao nosso ver ele é um banco digital utilizando apenas a tecnologia AWS como base (diga-se de passagem, uma tecnologia da Amazon).

O pacote oferecido é o mesmo do Nubank em dezembro de 2021, a única diferença é a data de início. Aparentemente, o Banco Inter segue o mesmo caminho: abriu em queda de -12,05% num dia, tomou -9,77% no outro… Vamos ver o que virá a partir daí.

O ponto aqui é simples: evite comprar histórias ou pelo menos pagar muito caro por elas. Caso contrário você se surpreenderá levando “tech por lebre”. Muitas vezes no mercado financeiro, o preço não é igual ao valor, mas você pode evitar surpresas fazendo as escolhas corretas.

 

Um abraço,

Enrico Cozzolino

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Quando as expectativas são quebradas | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/quando-as-expectativas-sao-quebradas-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/quando-as-expectativas-sao-quebradas-domingo-de-valor#respond Sun, 19 Jun 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=38906 Alguns sinônimos para expectativa são: espera, anseio e possibilidade. O mercado estava na expectativa que o Banco Central americano subisse em 0,5% seu juro base, na reunião da última quarta-feira. Ocorre que esse anseio era verdadeiro até a última semana, antes de “vazar” ao mercado, pré reunião do FOMC (Federal Open Market Committee, responsável por… Read More »Quando as expectativas são quebradas | Domingo de Valor

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Alguns sinônimos para expectativa são: espera, anseio e possibilidade. O mercado estava na expectativa que o Banco Central americano subisse em 0,5% seu juro base, na reunião da última quarta-feira.

Ocorre que esse anseio era verdadeiro até a última semana, antes de “vazar” ao mercado, pré reunião do FOMC (Federal Open Market Committee, responsável por estabelecer a política monetária do FED, “equivalente ao nosso COPOM”), a possibilidade de um aumento de 0,75% no juro.

Você deve estar se perguntando: “Mas só 0,25% de diferença justifica tamanha queda nos mercados?” O Ibovespa, só na última semana, caiu mais de 6% e, nos últimos 15, dias 11%; levando a uma queda de 5,5% no ano. Isso sem comentar os Índices americanos como NASDAQ caindo mais de 30% e S&P caindo mais de 20% no ano, tecnicamente em Bear Market.

Minha resposta é direta: Apenas 0,25% não justifica. É muito preciosismo e já vi outras vezes o mercado subir por aumento de juros até maiores, então o ponto aqui é outro.

Ao meu ver, a quebra de expectativas que tem levado os mercados no mundo para baixo está atrelada ao discurso conduzido pelas autoridades monetárias. Semelhante à confiança que depositamos em qualquer líder. A condução da política monetária segue a mesma linha. Se “você” fala:  “A inflação vai arrefecer se subir os juros, ‘eu’ acredito.” Acontece que isso não tem ocorrido na velocidade que o mercado quer.

A função número um de um Banco Central é conter a inflação. Eles têm falhado nisso. Porém, pior do que subir os juros, é subir mais do que haviam inicialmente afirmado. Ainda pior é fazer isso em tão pouco tempo e em um problema que não é surpresa para mim, imagino que não seja para você e custo a acreditar que os “melhores economistas do mundo” se surpreenderam com um novo aumento da inflação.

A relação de confiança entre mercado e FOMC foi quebrada. O discurso da última quarta não foi novidade (aliás, o termo “super quarta” deveria ser removido, na minha opinião).

 O FOMC continua dependente e aguardando dados, como o próprio chairman Powell gosta de frisar em seus discursos. Já o mercado tem sua própria forma de analisar os dados e se antecipar.

Quando a expectativa é quebrada, os riscos são reajustados, não no cenário atual, mas sempre prospectivo. Ora, se a inflação continuar a subir, os juros continuam a subir e os ativos serão reprecificados agora, não amanhã.

O que vimos na última semana é a espera pelo pior, que pode também não acontecer. Dentre as inúmeras quedas, sempre há ativos que se valorizam e aqueles que ficam baratos. Nossa função, enquanto alocadores de capital, é avaliar os riscos. A pergunta não é se e nem quando, mas como alocar da melhor forma.

Não podemos esquecer que vivemos a última década de juros negativos, “falta” de inflação (Europa, Estados Unidos e Japão) e excesso de liquidez. Ativos da velha economia (petróleo, minério, energia, agrícolas) ficaram esquecidos. Porém, no momento atual, são destaque. “Somos uma Bolsa de commodities”, basta saber como alocar.

 

Um abraço e bom domingo,

 Enrico Cozzolino

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Ué, a privatização não era uma boa? | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/ue-a-privatizacao-nao-era-uma-boa-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/ue-a-privatizacao-nao-era-uma-boa-domingo-de-valor#respond Sun, 12 Jun 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=38882 Quem usou o FGTS para comprar as ações da Eletrobras deve estar pensando: “mais uma vez eu que vou pagar a conta”. O sentimento na largada após a alta demanda é: “além de pagar mais na conta de Luz, já tô perdendo 6%.” Aquele investimento de 3% + TR do FGTS, antes sem graça, pode… Read More »Ué, a privatização não era uma boa? | Domingo de Valor

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Quem usou o FGTS para comprar as ações da Eletrobras deve estar pensando: “mais uma vez eu que vou pagar a conta”. O sentimento na largada após a alta demanda é: “além de pagar mais na conta de Luz, já tô perdendo 6%.”

Aquele investimento de 3% + TR do FGTS, antes sem graça, pode parecer um excelente negócio agora.

Bom, vamos comentar sobre o sucesso da oferta e sobre perspectivas. O que esperar daqui pra frente e, para quem não entrou, será que a hora é agora?

Em números, foram mais de 800 milhões de ações vendidas, mais de 33 bilhões de reais a um preço de R$ 42,00. A demanda de pessoas físicas totalizou 9 bilhões, dos quais 6 bilhões de reais foram alocados por mais de 370 mil pessoas que decidiram usar o FGTS para isso.

Olhando para os tubarões, 45% do volume foi internacional. Destacamos o maior alocador, com 3,5 bilhões de dólares, na Eletrobras: o Fundo Soberano de Cingapura, (GIC).

Até os mais antigos de mercado devem estar surpresos com os números que colocam esse processo como o segundo maior da nossa Bolsa, perdendo apenas para Telebrás, em 1998. Sim, superou o movimento semelhante ao da Vale (1997) e ao da Petrobras (2000).

Ao olharmos fatores mais importantes que o fluxo, entendendo que esses pontos não mudarão tão cedo, permita-me repetir aqui o resumo da análise que fiz quando fui entrevistado pelo Valor Investe, em 20/05, dia de pré-oferta:

Dois pontos de destaque para, em poucas linhas, guardarmos o que esperar no longo prazo:

  • O setor é aquele que pode ter performance relativa melhor, considerando o cenário
  • O “risco-governo” mais atrapalha que ajuda a empresa

Dito isso, as perspectivas para longo prazo estão mantidas. Mas e o curto prazo? É nesse cenário que busco oportunidades todas as semanas. O jornal voltou a procurar respostas, assim como todos no mercado.

Me permita utilizar outro comentário para o Valor, do último dia de pré-oferta (09/06):

Antecipadamente, comentamos esses pontos com você, leitor do nosso Domingo de Valor, de forma muito transparente e sem viés.

No curto prazo, a queda de 5% deve ser colocada na conta. Precisamos e podemos nos beneficiar dessas distorções entre fundamento e expectativa.

A nossa eterna busca, enquanto analistas de mercado, é a diferença entre preço e valor.

Sempre lembrando que preço é o que você paga, valor é o que você leva. Preço é relacionado à expectativa, valor, aos fundamentos do ativo.

O mercado é irracional o tempo todo. Se não soubermos observar essas diferenças, vamos nos frustrar sempre no curto prazo e, pior que isso, teremos performance negativa no longo prazo.

Hoje, foi a Eletrobras. Há 20 anos, foi a Petrobras. Amanhã, o assunto será outro. E o que aprendemos com isso tudo?

Tento tirar sempre lições de mercado.

Considero que todos aprenderam:

  • Vale a “perda” dos 6% para quem usou o FGTS
  • Vale a sensação de alívio para quem não entrou e
  • Vale, também, a expectativa daqueles que aproveitaram o desconto ou que ainda buscam a oportunidade de balancear a carteira.

Espero que este texto possa ter contribuído na análise resumida e fria, sem o calor do capital em jogo.

Mais importante do que acertar sempre ou participar ou não de um processo de privatização é: aprender, gerenciar risco e rentabilizar a carteira.

Para isso, precisamos nos posicionar. Não fazer nada não é uma opção, a menos que fiquemos tranquilos em perder por hora 9% ao ano para a inflação.

Grande abraço,

Enrico Cozzolino

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FGTS e Eletrobras: E você com isso? | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/fgts-e-eletrobras-e-voce-com-isso https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/fgts-e-eletrobras-e-voce-com-isso#respond Sun, 05 Jun 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=38661 Acredito que você já deve ter se deparado com o tema nos últimos dias. Talvez um e-mail oferecendo a participação na oferta, um banco proporcionando a entrada “sem cobrar” nenhuma taxa ou algum amigo falando que vai investir o FGTS nas ações da Eletrobras. Aqui, como sempre, e longe da prepotência de falar o que… Read More »FGTS e Eletrobras: E você com isso? | Domingo de Valor

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Acredito que você já deve ter se deparado com o tema nos últimos dias. Talvez um e-mail oferecendo a participação na oferta, um banco proporcionando a entrada “sem cobrar” nenhuma taxa ou algum amigo falando que vai investir o FGTS nas ações da Eletrobras.

Aqui, como sempre, e longe da prepotência de falar o que você deve fazer, vamos abordar o tema de forma independente, como usualmente fazemos. E assim poderemos ajudar você a tomar a melhor decisão daquilo que fazer com seu capital.

Contextualizando: em decorrência do processo da venda de uma parcela acionária do governo na Eletrobras, abriu-se a possibilidade de utilizar até 50% do saldo do FGTS para investir nas ações da Eletrobras por meio de Fundos Mútuos de Privatização (FMPs).

Evidente, isso ocorreu mediante algumas regras, como, por exemplo, o “travamento” desse capital utilizado para a compra das ações por um período mínimo de 12 meses nas ações e, após isso, podendo retornar ao FGTS.

As primeiras comparações que ocorrem: (i) “o FGTS só rende 3% ao ano mais TR” e (ii) “com Petrobras e Vale aconteceu o mesmo, veja quanto valorizou até hoje”.

Essas relações de causa e efeito espúrias sempre me chamam a atenção. Antes de continuar, quero reforçar que não sou contra privatizações e, também, existe de fato um potencial de valorização para longo prazo após este processo ser concluído na Eletrobras.

Ocorre que, em situações como essa, parece que devemos assumir sempre o lado da maioria, mesmo ao receber mensagens de amigos e familiares que jamais compreenderam ou se identificaram com oscilações de preços na renda variável e estão decididos a entrar na “privatização” usando o FGTS.

Sem uma justificativa correta, clara ou sequer a ciência dos riscos.

Voltando à comparação simplista – a de número (ii) – (simples não, simplista mesmo): Ora, se aconteceu com Vale e Petro, acontecerá com Eletrobras! Não precisamos sequer explicar que não funciona assim, só precisamos ter um momento de reflexão aqui fora do ruído e da pressão da enxurrada de informações que recebemos – e o domingo é um ótimo dia para tal.

Diga-se de passagem, é no domingo que seleciono minha carteira semanal.

Ainda nesta comparação espúria (ii), é evidente que foi fantástica a valorização. Mas foi fantástico a qual custo? Antes dessa alta acontecer com as empresas que vêm sendo usadas de exemplo nesse caso, tivemos quedas exorbitantes, desvalorizações que levaram a Petrobras a ser cotada na casa de 1 dólar, quase 100% de perda.

Naquele momento, você teria aguentado a queda? Naquele momento você estaria confortável com suas finanças?

Ao responder isso, entenda que avaliar isso hoje é muito mais tranquilo do que avaliar há 10 anos atrás, com o dinheiro alocado.

Além disso, nos últimos 10 anos, você precisou de um recurso extra? Alguma emergência aconteceu?

Esses fatores vão além de uma análise fria de preço-alvo, de gráfico ou cenário macro.

Mais do que explicar a oferta, como fazer, ou pior ainda falar o que você deve fazer com seu capital, procurei trazer questionamentos que podem fazer você refletir sem alguém pressionar como essa sendo a última e a única oportunidade de investir em ações.

Se está chegando agora em Bolsa, talvez outra opção seja melhor, mas confesso que a (i) não nos parece muito atrativa.

Existem diversas formas mais tranquilas de investir em renda variável e com acompanhamento.

Existem formas de ganhar com o IPO da Eletrobras sem estar alocado no IPO, até mesmo sem investir em Eletrobras e, principalmente, sem deixar o dinheiro parado por um ano, fora do nosso controle.

Desculpe ter trazido mais questionamentos do que fatos neste domingo, mas ninguém melhor que você pode decidir isso – e tenho visto muito viés incentivando como sendo uma oportunidade única.

Todos os dias temos oportunidade em renda variável, desde que façamos nossos investimentos de forma racional e isenta de viés, como gostamos de abordar aqui aos domingos.

Acredito que contar com uma única ação nunca é a melhor estratégia. Eu diversifico e também não deixo um percentual significativo da alocação estagnado por um período tão grande de tempo.

Espero que ter compartilhado minha opinião e a forma como eu vejo situações recorrentes como essa no mercado de capitas ajude você a tomar uma melhor decisão.

 

Grande abraço,

Enrico Cozzolino

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Como saber se é hora de comprar uma ação? | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/como-saber-se-e-hora-de-comprar-uma-acao-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/como-saber-se-e-hora-de-comprar-uma-acao-domingo-de-valor#respond Sun, 29 May 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=38080 No último domingo comentei sobre a promoção da Bolsa brasileira, que pode acabar antes do esperado. Neste domingo, com um desconto aproximadamente 3% menor que na última semana, volto a afirmar que os descontos uma hora acabam. A temporada muda, o inverno chega, o produto sai de moda. No mercado financeiro funciona de forma semelhante. … Read More »Como saber se é hora de comprar uma ação? | Domingo de Valor

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No último domingo comentei sobre a promoção da Bolsa brasileira, que pode acabar antes do esperado. Neste domingo, com um desconto aproximadamente 3% menor que na última semana, volto a afirmar que os descontos uma hora acabam.

A temporada muda, o inverno chega, o produto sai de moda. No mercado financeiro funciona de forma semelhante. 

Como Ciência Humana que é, o mercado depende da atuação dos players racionais ou irracionais que o operam (investidores, gestores, especuladores, analistas, economistas etc.).

Isso faz com que os descontos apareçam. Nem todos avaliam da mesma forma e nem mesmo da forma correta. Existem formas de calcularmos essa irracionalidade.

No último domingo falamos sobre o modelo de fluxo de caixa descontado. Neste, quero trazer números e mostrar os descontos quando fazemos as somas das partes em holdings, por exemplo.

Confesso que esse é bem mais fácil de entender. Pode parecer simples, mas saber o momento de usá-lo é que fará a diferença. Procuro fazer isso nas minhas carteiras e quero dividir com você.

Só para colocar todo mundo na mesma página, a definição de holding é: uma empresa que possui como atividade principal a participação acionária majoritária em uma ou mais empresas.

Dito isso, essas companhias são um caso clássico de desconto. A empresa é instituída especificamente para gerenciar outras, as chamadas subsidiárias, desde que sócia majoritária. A crítica principal é que não é a operação em si do negócio que estamos falando.

Existem benefícios também, mas não é o tema de hoje. Vamos pegar o caso de Cosan (CSAN3). Para quem não sabe, a empresa  atua nos segmentos de energia e logística, distribuição de combustíveis, produção de açúcar, etanol, distribuição de gás natural e lubrificantes, e de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem.

 Quando falo de soma das partes me refiro  literalmente a somar todas as partes desta empresa, ou seja, somar a participação que a holding detém em suas investidas.

A tabela abaixo é auto explicativa, basta sabermos quanto a Cosan tem de participação e quais são suas investidas:

Ou seja, se pegarmos o valor da participação que a Cosan tem em Raizen, Comgás, Rumo e Moove e descontarmos demais ativos e passivos da empresa chegaremos a um total de aproximadamente R$48 bilhões.

Pronto, ao compararmos esse valor com o valor de mercado da COSAN (CSNA3), chegaremos a um desconto de 28% uma vez que a holding vale aproximadamente R$34 bilhões.

Mas aqui é o pulo do gato. Fazer isso é fácil, porém falamos que as holdings, historicamente, são descontadas, então 28% de desconto é muito ou pouco?

Precisamos olhar um segundo gráfico:

Aqui observamos que esse nível de desconto é uma máxima entre novembro 21 e maio 2022, ou seja, está muito descontada, foi um indicador de compra. Cosan valorizou aproximadamente 17% no último período. 

Essa é uma das formas que utilizo para a seleção de ativos, trazendo maiores chances de acerto.

Existem diversas outras holdings, mas, para hoje, não teríamos tanto tempo. Preparei um relatório específico sobre as holdings do Ibovespa, que aqueles que assinam a minha série têm livre acesso.  

Assim, convido você, mais uma vez, a acessar essa restrita fonte de dados que tem possibilitado performarmos mais que o Ibovespa há algum tempo. Repito que os preços das ações podem subir antes do esperado, ou você imaginava que Cosan subiria 17% na última semana?

Clique aqui para conhecer o meu método exclusivo de investimento.

Abraços e até logo,

Enrico Cozzolino

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A promoção na Bolsa de valores pode acabar antes do esperado | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/a-promocao-na-bolsa-de-valores-pode-acabar-antes-do-esperado-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/a-promocao-na-bolsa-de-valores-pode-acabar-antes-do-esperado-domingo-de-valor#respond Sun, 22 May 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=37827 Você deve ter lido esse título e imaginado: “Lá vem mais um otimista que não lê jornal.” Desculpa avisar, mas vou frustrar a sua primeira impressão nesta edição do Domingo de Valor. Faço isso pois acredito, de fato, no que estou falando e julgo importante você saber do que estou falando. Ah, e você pode… Read More »A promoção na Bolsa de valores pode acabar antes do esperado | Domingo de Valor

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Você deve ter lido esse título e imaginado: “Lá vem mais um otimista que não lê jornal.”

Desculpa avisar, mas vou frustrar a sua primeira impressão nesta edição do Domingo de Valor.

Faço isso pois acredito, de fato, no que estou falando e julgo importante você saber do que estou falando.

Ah, e você pode ter se enganado, pelo menos na parte da leitura do jornal. Faço isso todos os dias.

Hoje, vou compartilhar com você de forma resumida uma das técnicas que uso para calcular e recomendar a compra ou não de ações.

Afirmo termos promoção na Bolsa de valores brasileira seguindo esse método.

O assunto desconto sempre chama atenção. Quem não gosta de comprar por menos algo que vale mais?

Bom, particularmente, eu aproveito esse tipo de oportunidade em alguns hobbys que tenho. Minha esposa encontra quase semanalmente esse tipo de oportunidade em roupas, e imagino que você também busque por descontos ou conheça alguém que faça isso.

Brincadeiras à parte, na renda variável a lógica é a mesma. Desconto é um substantivo masculino e refere-se ao ato de descontar, de deduzir, de diminuir o valor de algo.

Contudo não necessariamente essa diminuição de preço reflete o valor correto de uma ação, mas sim apenas alguma estimativa de um indivíduo ou de um grupo (mercado).

Uma decisão que muitas vezes pode ser arbitrária, e não necessariamente segue uma regra.

Nesse caso, então, por que afirmo que temos descontos na Bolsa?

O mercado é irracional o tempo inteiro. Você sabe disso, e existem diversas formas de atribuir o valor a algo. O preço de uma pipoca no cinema é muito maior do que o preço cobrado pelo pipoqueiro da esquina.

De forma simplista e objetiva, acredito que concorde, o ambiente nesse caso fez variar o preço do bem. O custo do milho provavelmente foi o mesmo.

Ora, se o ambiente é um fator que afeta preço, as ações ficam mais baratas em um ambiente pior.

Exigimos pagar menos em um mercado que tem muita incerteza, guerra, inflação, política etc.

Agora, para atribuir valor justo a uma ação, temos de considerar esses fatores. E, de fato, isso é bem diferente do preço.

Preço é o que você paga (5 reais na pipoca), valor é o que você leva (a melhor pipoca, que lhe proporciona apreciar muito mais o filme com a família no cinema).

Uma das formas que vou trazer aqui para se calcular o valor justo da ação é o Modelo de Fluxo de Caixa Descontado.

Ele é muito utilizado pelos Analistas e consiste em projetar um fluxo de caixa futuro da empresa, trazido a valor presente por meio de uma taxa de desconto.

Parece difícil, mas não é.

Vamos a um exemplo prático: suponha que a empresa ABCD é listada em Bolsa com o código ABCD3 e esta ação está com preço de tela de 10 reais, possuindo 15 ações em circulação. O preço desta firma é 150 reais (segundo o mercado).

Porém, você sabe que, nos próximos três anos, os fluxos de caixa dessa empresa serão 100,00 reais, 200 reais e 300 reais. A taxa de desconto para trazer isso ao valor de hoje pode ser a nossa Selic 12,75%.

Sendo assim a matemática é: 100/1,1275^1 + 100/1,1275^2 + 100/1,1275^3 = 237,12 reais hoje.

Segundo o modelo de fluxo de caixa simplificado, essa empresa vale 237,12 reais. E para achar o valor justo da ação basta dividir por 15 (quantidade de ações em circulação).

Chegamos, portanto, a 15,80 reais.

Pronto. A ação está barata. É hora de comprar e buscar essa valorização.

É evidente que não é tão simples assim, mas achei importante trazer esse conceito de forma objetiva e simplificada. É parte do meu trabalho.

Esse não é a única forma que utilizo para avaliar o preço de uma ação. Inclusive, no próximo domingo, vou trazer exemplos reais da nossa Bolsa, com um cálculo de desconto segundo um outro método que pode ser utilizado em conjunto com esse, trazendo maiores chances de acerto. 

Busco fazer isso desde 2008 em todas as carteiras e Fundos que geri ou dos quais fiz parte do time de Análise.

Para além de se debruçar sobre um fator ou outro, torcendo para as coisas darem certo, é essencial ter uma visão ampla das coisas. Tanto do lado macroeconômico quanto do micro.

Por isso, por fim, tenho um convite especial para lhe fazer.

Na semana que vem, nos dias 24, 25 e 26, eu vou realizar um evento extraordinário.

Trata-se da Imersão de Curto Prazo na Bolsa: O Segredo das Opções Lucrativas.

Nesse evento, vou destrinchar a minha estratégia de Opções para você, e revelar o segredo por trás dos ganhos extraordinários que proporcionei com ela neste ano.

Para mim, as Opções são os ativos com maior potencial de geração de lucro daqui em diante, em 2022.

A volatilidade dominará – assim como já vem fazendo – o mercado e as ações.

Quem souber usar o mercado de Opções, poderá colher bons frutos.

Esse evento é de graça, e você pode participar dele clicando aqui!

Te espero desse lado.

Abraços e boa semana,

Enrico Cozzolino

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Após fortes emoções, Ibovespa fecha semana em alta | Domingo de Valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/apos-fortes-emocoes-ibovespa-fecha-semana-em-alta-domingo-de-valor https://levanteideias.com.br/artigos/domingo-de-valor/apos-fortes-emocoes-ibovespa-fecha-semana-em-alta-domingo-de-valor#respond Sun, 15 May 2022 15:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=37748 Não podemos dizer que a última semana foi fácil para a Bolsa, mas, no geral, o saldo do período foi positivo para os investidores brasileiros. Após os índices de inflação ao consumidor terem superado as estimativas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos na terça-feira (10), os mercados passaram por um breve momento de pânico,… Read More »Após fortes emoções, Ibovespa fecha semana em alta | Domingo de Valor

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Não podemos dizer que a última semana foi fácil para a Bolsa, mas, no geral, o saldo do período foi positivo para os investidores brasileiros.

Após os índices de inflação ao consumidor terem superado as estimativas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos na terça-feira (10), os mercados passaram por um breve momento de pânico, que logo foi substituído por uma revisão mais racional das expectativas para o ano.

A inflação persiste na maior economia do planeta, mas já dá sinais de desaceleração. Ainda assim, para fazer com que o índice de preços ao consumidor (CPI) convirja para a meta no próximo ano, esperamos que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) acelere ainda mais o ritmo de aperto monetário até o final de 2022.

No cenário doméstico, uma nova elevação da Selic no próximo encontro já está na mesa, mas de menor magnitude do que a última. O mercado projeta que a taxa deva subir 0,5 ponto percentual no próximo encontro do Copom, para 13,25 por cento ao ano.

Apesar da preocupação com a alta dos juros, o aumento dos preços das commodities favoreceu as companhias brasileiras nesta semana, enquanto o balanço mais forte do que o esperado divulgado pelo Banco do Brasil sustentou a alta das ações do setor financeiro.

Os investidores brasileiros acompanham as sinalizações de que as medidas impostas pelo governo chinês contra a Covid-19 estão surtindo efeito, e a perspectiva de retomada da demanda por produtos brasileiros no mercado chinês contribuiu para a melhora de humor dos mercados ao longo da semana.  

Temos reforçado nas últimas semanas que os próximos meses devem ser marcados pela alta volatilidade dos mercados, uma vez que inúmeros fatores tanto externos quanto internos têm trazido incertezas para o mercado.

Sendo assim, o momento demanda cautela na seleção dos ativos que entram em sua carteira, e é importante ter algumas cartas na manga para proteger seus investimentos.

Aqui na Levante temos a solução ideal para o cenário atual.

Enrico Cozzolino acaba de gravar um vídeo especial revelando o Novo Trade dos 5 Dias.

Enrico é Analista Técnico Certificado com mais de 12 anos de mercado.

Também conquistou a posição de TOP 3 Trader do mercado brasileiro em rentabilidade com o seu método dos 5 dias.

O Novo Trade dos 5 Dias possui potencial de gerar ganhos de até +15 por cento a cada 5 dias úteis (por isso o nome do método).

Com esse método, você vai receber, no mínimo, 4 oportunidades de ganhos com ações por semana. Serão 16 por mês e 192 por ano.

Ah, e tem mais: você NÃO vai precisar se comprometer financeiramente para acessar o Novo Trade dos 5 Dias nesse primeiro momento.

Enrico vai liberou 7 Dias de Garantia Incondicional para você testar o método, ler os relatórios, checar as recomendações, falar com o time de atendimento da Levante…

Se você achar que não é para você, tudo bem.

Devolvemos todo o seu dinheiro.

Ficou interessado em saber mais?

Clique aqui para conhecer a proposta do Novo Trade dos 5 Dias com exclusividade.

 

Atenciosamente,

Equipe Levante

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