EUA - Estados Unidos

Susto com o emprego americano

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos anunciou, na manhã desta sexta-feira (07), a criação de 266 mil empregos em abril, muito abaixo da projeção da abertura de 978 mil vagas. O índice de março também foi revisado para baixo. Agora, a estatística oficial é que foram criadas 770 mil vagas em março, ante o número anterior de 916 mil. O índice de desemprego subiu, avançando para 6,1 por cento em abril, ante os 6,0 por cento registrados em março.

Divulgado todos os meses pelo Departamento do Trabalho, o nível de emprego não agrícola (“non farm payroll”) sempre foi um dos indicadores econômicos mais importantes. O dado de abril é ainda mais relevante por ser o primeiro a revelar o impacto do pacote de 1,9 trilhão de dólares aprovado pela Casa Branca em março.

O resultado frustrou as expectativas. Esperava-se uma alta relevante nos empregos do setor de serviços, especialmente nos segmentos de hotelaria e lazer. Pelas regras atuais, todos os cidadãos americanos com mais de 16 anos podem receber a vacina contra o coronavírus. Isso levou estados relevantes como Nova York, Nova Jersey e Connecticut a suspender a maioria de suas restrições à circulação de pessoas. O relaxamento das medidas para conter a pandemia vem permitindo a reabertura gradativa de atividades intensivas em mão de obra, como restaurantes, bares e parques de diversão. A expectativa era que isso gerasse uma onda de contratações, o que não ocorreu.

A queda nas contratações frustra as expectativas de a economia americana teria iniciado o segundo trimestre em um ritmo ainda mais acelerado do que no primeiro. A queda deverá levar a uma revisão nas estimativas para o crescimento econômico deste ano. Os prognósticos para o Produto Interno Bruto (PIB) americano em 2021 eram de um crescimento de 6,5 por cento neste ano, seguido de um avanço de 3,1 por cento em 2022, ou seja, uma expansão acumulada de 9,8 por cento no biênio. Agora, com os números fracos do emprego, esses números terão de ser revistos

Já do outro lado do Oceano Pacífico, as notícias econômicas foram positivas. Considerando valores em dólares, as exportações totais da China aumentaram 32,3 por cento em abril, resultado bastante superior às expectativas, que eram de um crescimento de 24,1 por cento. As importações chinesas cresceram 43,1 por cento em dólares americanos, também superando as expectativas de crescimento de 42,5 por cento.

Em abril, as exportações chinesas para os Estados Unidos aumentaram 31 por cento em relação a 2020, para 42,05 bilhões de dólares. As importações dos Estados Unidos aumentaram 52 por cento, para 13,94 bilhões de dólares.

A demanda global por produtos chineses permaneceu elevada em meio aos vários estágios de enfrentamento da pandemia do coronavírus. As exportações foram impulsionadas pela demanda por produtos eletrônicos e produtos de alta tecnologia, enquanto a China comprou mais circuitos integrados devido às sanções dos Estados Unidos e a uma escassez global de chips.

Indicadores Econômicos I

As vendas no comércio varejista caíram 0,6 por cento em março, após recuarem 0,5 por cento no mês anterior. É o terceiro resultado negativo nos últimos quatro meses. Apesar da queda, porém, o resultado foi bem melhor do que os prognósticos, que eram de uma retração de 5,6 por cento. Com o resultado de março, as vendas registram queda de 0,6 por cento no primeiro trimestre e alta de 0,7 por cento no acumulado dos 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE). A maior queda foi registrada no segmento de eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos, cujas vendas caíram 22,0 por cento em março.

Indicadores Econômicos II

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,22 por cento em abril, acima dos 2,17 por cento de março. O índice acumula alta de 10,38 por cento no ano e de 33,46 por cento em 12 meses. Em abril de 2020, o índice havia variado 0,05 por cento. A variação em 12 meses até abril de 2020 era de 6,10 por cento. A causa foram novas altas das commodities agrícolas e minerais, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação no atacado subiu 2,90 por cento ante 2,59 por cento em março, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou para 0,23 por cento ante 1,00 por cento e os preços na construção civil desaceleraram para 0,90 por cento em abril, ante 1,30 por cento no mês anterior.

E Eu Com Isso?

A surpreendente queda na geração de empregos nos Estados Unidos deve movimentar os mercados. Espera-se uma baixa nas taxas de juros americanas no mercado futuro, pois o número justifica a manutenção dos juros baixos e da política monetária frouxa por mais tempo. Com isso, os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 iniciam o dia em alta.

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Leia também: Avaliação realista do Copom mostra cenário com muitas incertezas.

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