Na noite desta quarta-feira (24), após o fechamento de mercado, a Petrobras anunciou a aprovação e a assinatura da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) na Bahia para o grupo Mubadala Capital, pelo valor de 1,65 bilhão de dólares, cerca de 9,27 bilhões de reais, convertidos pela última taxa de câmbio do real para o dólar.
A refinaria representa cerca de 14 por cento do da produção potencial total do parque de refino de combustíveis no Brasil, com capacidade de processar cerca de 333 mil barris de petróleo por dia.
A Petrobras continuará a operar os ativos durante a fase de transição para o Mubadala por meio de um contrato de prestação de serviço, o que não irá gerar nenhum tipo de interrupção na produção da refinaria.
E Eu Com Isso?
A notícia é bastante positiva para a Petrobras (PETR3/PETR4), que enfrentou turbulências na recente troca de comando da companhia de maneira a gerar um temor de ingerência por parte do governo federal. Esperamos uma reação positiva no preço das ações da companhia (PETR3/PETR4) no curto prazo.
Apesar da nomeação do general Silva e Luna, anunciado antes de uma formalização e deliberação a respeito da continuidade ou não do último CEO, Roberto Castello Branco, e um risco de intervenção maior na estatal em relação ao preço dos combustíveis, a venda da refinaria representa um importante passo para o plano de venda de ativos da estatal, podendo destravar as demais vendas de refinarias em curso.
Com a venda da metade do parque de refino nacional, haverá a possibilidade de modernização dos ativos, aumentando a capacidade de processamento, além de maior concorrência o que tende a beneficiar cada vez mais os consumidores com produtos de melhor qualidade e preços mais baixos, típicos de qualquer processo de abertura de mercado e aumento de participantes.
Além disso, a responsabilidade sobre o preço alto dos combustíveis recairá para a má gestão das políticas públicas ao invés da Petrobras ser usada como uma espécie de “bode expiatório” e ter o dedo apontado de maneira equivocada.
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