A JHSF (JHSF3) divulgou na quinta-feira, 18 de fevereiro, após o fechamento do mercado, o resultado do seu quarto trimestre de 2020. Apesar dos impactos da pandemia do coronavírus, a companhia conseguiu entregar um bom desempenho em suas principais linhas operacionais, com destaque para as vendas de incorporação e o desempenho das vendas em mesmas lojas dos shopping centers.
Em termos de receita líquida, a companhia apresentou uma alta de 111,3 por cento no ano contra ano, totalizando 395 milhões de reais no 4T20. Seu EBITDA ajustado também apresentou alta de 225 por cento no a/a, totalizando 206 reais no quarto trimestre. Sua margem EBITDA teve uma alta de 21,37 pontos percentuais, sendo 60,8 por cento no trimestre.
Seu lucro líquido apresentou queda na comparação anual de 10,4 por cento, totalizando 189 milhões de reais no trimestre. No acumulado de 2020, no entanto, este resultado apresentou alta de 98,6 por cento, fechando o ano com R$ 639 milhões de reais.
Em termos de endividamento líquido, a companhia encerrou 2020 com uma posição de caixa líquido (dívida líquida negativa) de 104 milhões de reais, ao se considerar o saldo de recebíveis e os recursos da oferta de ações (follow-on) de 380 milhões de reais.
Dessa forma, a geração de caixa, medida pela variação da dívida líquida, foi de 98,6 milhões de reais na comparação anual e de 38,3 milhões de reais na variação trimestral.
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Com um resultado sólido em termos de receita líquida e Ebitda, além de um lucro também mais forte, é esperado um impacto positivo no preço das ações (JHSF3) no curto prazo.
A companhia surpreendeu ao apresentar forte desempenho no setor de shopping center, com resultados de vendas em mesmas lojas e aumento de aluguéis muitos superiores às demais empresas de shopping center listadas, que apresentaram um aumento de 10,3 por cento no ano contra ano, com aluguéis nas mesmas lojas também aumentando em 7,1 por cento em relação ao ano anterior. Tal resultado reforça a tese que a companhia está bem-posicionada para aproveitar a flexibilização das restrições de isolamento.
Outro ponto bastante positivo para a companhia foram as vendas de imóveis, segmento que a companhia apresentou resultados sólidos, impulsionados principalmente devido as vendas da Fazenda Boa Vista e Vila Boa Vista, que totalizaram valores de 194 milhões de reais e 143 milhões de reais, respectivamente.
Tais resultados são reforçados com o anúncio de que a companhia possui cerca de 500 milhões em estoques da Fazenda Boa Vista e banco de terrenos expressivos para fases seguintes da Boa Vista. As perspectivas são bastante positivas para a companhia se beneficiar com o bom momento de baixos juros.
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